A nossa noite está muito agradável, falando sobre as nossas viagens. As minhas sempre em família, diferentes das do Pedro que na grande maioria era ele sozinho. Mesmo quando ele era adolescente. Apesar de ele não parecer ligar muito para o fato, me senti um pouco m*l por ele. Grande parte da vida dele teve que ser sozinho, isso parece triste.
- A sua família parece ser legal. – Pedro comenta. Terminamos o jantar, mas ainda estamos aqui conversando e tomando vinho.
- São incríveis! Você certamente iria gostar muito deles. – Digo animada, depois me arrependo de falar, parece que quero apresentar ele para minha família agora. Ainda não quero apresentar eles, mas sei que todos vão gostar do Pedro, se a nossa relação avançar. – Os meus pais são pessoas maravilhosas. – Digo com menos empolgação.
- Tenho certeza que sim. – Ele diz com naturalidade. – Para terem criado uma mulher tão incrível assim, com certeza são. – Ele deposita a sua taça na mesa.
- Quem sabe apresento você para eles. – Digo de forma brincalhona.
- Claro que vai, não existe não apresentar o seu namorado para sua família. – Ele me olha sorrindo.
- Pedro, não podemos – digo com surpresa.
- Calma, não foi um pedido. Ainda. – Os seus olhos ficam fixados nos meus. O seu “ainda” sai tranquilo, porém firme.
- Não é muito cedo para falar de compromisso? – fico envergonhada, nervosa, não sei ao certo.
- Talvez seja. Mas. Eu, por outro lado, já penso que estou atrasado, porque qualquer espaço de tempo com você, não será o suficiente para uma vida inteira. – o meu coração fica acelerado, minha boca seca.
- Eu não sei o que dizer. – Bebo um pouco do meu vinho. – É estranha a nossa conexão, parece que eu te conheço de uma vida, mas, ao mesmo tempo sinto que tudo está indo rápido demais. Não quero me enganar.
- Exatamente. Sinto que a nossa conexão é tão forte, como se eu te conheço de outras vidas. – Ele pega na minha mão por cima da mesa. – Não sei se estamos indo rápido demais, ou se é simples uma conexão forte. Mas Sinto que já estou me apaixonando por você Hember. – fico em silêncio por alguns segundos.
- Eu também - a minha voz sai baixa e tremula, é estranho falar sobre esse sentimento que nem eu mesma ainda identifico.
- Somos dois adultos, que m@l existe em dar uma oportunidade para o que estamos sentindo? – ele me olha com curiosidade.
- Não quero me machucar Pedro. – Respiro fundo, tentando passar tranquilidade. Mas a verdade é que estou muito nervosa.
- Eu jamais machucaria você. Só me dê essa chance de te mostrar que sou um cara incrível e que posso te fazer feliz. Porque eu sei que vou ser feliz ao seu lado.
- Sabe, na minha família tem tantas histórias incríveis de romances arrebatadores. Mas sempre tem um ex louco para estragar alguma coisa. Não vou ter que lidar com isso, não é? – ele começa a sorrir. Foi uma mudança brusca de assunto. Mas eu preciso saber antes de me entregar a Isso.
- Não, nenhuma ex-louca vai parecer, pode ter certeza. – ele beija a minha mão. – Eu preciso me preocupar com isso? – pergunta erguendo uma sobrancelha.
- Não. – digo entre os risos – Nenhum ex-louco também.
- Então isso é um, sim, ao meu pedido de namoro? – olho assusta.
- Você disse que não era um pedido de namoro. – Quase gaguejo para falar.
- Não era antes, mas agora é. – o seu sorriso é perfeito. O seu olhar é intenso sobre mim.
- Cedo demais. Não acha? – não sei o que dizer.
- Não. O que é o namoro? Um período em que o casal se conhece, depois vem o noivado e casamento. Tudo que eu pretendo com você. – Puxo a minha mão da dele como se tivesse queimado. Ele só pode ser louco.
- Não pode fazer isso. Acabamos de nos conhecer, não pode falar sobre casamento. – estou tão nervosa que bebo todo o vinho da minha taça.
- Tudo bem. Não falo sobre casam... – ergo uma sobrancelha para ele. Que logo abre um sorriso. – Sobre esse negócio aí que não posso falar o nome. Mas sobre namorar qual o problema? Vamos nos conhecer e se der certo como eu tenho certeza que vai. Falamos sobre aquela outra coisa. – ele pisca. Sei que é cedo, tudo na minha mente grita que é muito cedo para me deixar se envolver desta forma. Mas, ao mesmo tempo, o meu coração grita que é ele.
- Isso pode ser a coisa mais ousada que vou dizer na minha vida. Mas eu aceito. – ele se levanta e me puxa para um beijo.
A sua língua invade a minha boca, fazendo todo o meu corpo se arrepiar. A sua mão se entrelaça nos meus cabelos mantendo o meu pescoço firme na macieis dos seus lábios.
- Pedro. Estamos em público. – digo envergonhada. Reparando que algumas pessoas estão nos olhando.
- Qual o problema, duas pessoas que se gostam demonstrando afeto. – Ele cola os seus lábios aos meus novamente, de forma sutil desta vez. – Vou pedir a conta, pensei que poderíamos ir para um lugar mais reservado. – o seu olhar fica safado. E eu tensa pensando no que dizer para ele. – Tem um barzinho aqui perto em que podemos ir. – Acho que ele percebeu que fiquei tensa.
- Claro, vou ao toalete e já volto. – ainda não contei para ele que sou virgem. Se ele quiser ir para um hotel, ou seu apartamento, não sei o que fazer. Será que já é hora de conversar sobre isso.
Assim que sai do banheiro ele já estava a minha espera.
- Vamos? – ele me oferece a mão.
- Sim.
Deixamos os carros ali mesmo e fomos a pé até o barzinho. Discreto, com luz ambiente, ficamos em uma mesa no quanto com poltrona que nos permite ficar bem perto um do outro. A luz ambiente do local deixa um ar romântico e ao mesmo tempo discreto para nós beijarmos sem que gire um evento público.