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DESCOBRINDO O AMOR (MORRO)

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Blurb

Ele vinha, ela ia. Eram opostos que se esbarraram na estrada da vida, e sonharam. Ele buscava sempre de forma fria ser calculista, e ela lindamente sonhava. Não eram bons uns com os outros, e não sabiam andar de mãos dadas, mesmo que os caminhos sempre fossem os mesmos. Ela calmaria, ele furacão. Ela, linda, paciente. Ele era noite, ela dia. Eram sorrisos, noites sem fim, depois calmaria. Eram brigas e deitar na grama, guerra e o azul do céu. Ele pre amargo, ela mel. Ela beijo molhado, ele abraço apertado. . .

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cap 01 eu apenas sinto isso
Jade . . Sonho . . . O papai estava muito zangado como trânsito, pois como sempre, ele tinha que chegar em casa para partir para o seu tão amado trabalho. Ele tinha um amor fora do comum pelo o que fazia, contabilidada sem sombra de dúvidas era o seu primeiro amor. - olha mamãe.. - Eu disse mostrando minha boneca favorita. - Que linda, minha princesa. - Aperta minha bochecha. - Agora senta que é muito perigoso ficar de pé no carro. - Disse e logo a obedeci. - Droga de trânsito. - Papai grita irritado me assustando. disse segurando em sua mão. - Fernanda, está me deixando irritado, fique quieta. - disse sem um pingo de paciência. Algumas lágrimas brotaram em meus olhos. Eu não gostava de ver meu pais brigando, de alguma forma eu sabia que isso poderia afastar eles de mim. - Felipe! - Mamãe grita. Arregalei os olhos e senti o impacto contra 0 meu corpo, apenas fechei os olhos perdendo todos os meus sentidos. Abro meus olhos vagarosamente e sinto uma luz muito forte. Fechei eles e os abri novamente me acostumando com a luz branca. Olhei ao meu redor e eu estava em uma sala, para ser mais exata, uma sala de hospital. - Mamãe?- suSSurro Com medo. - Tudo bem, minha querida. - Ouço uma vOz. Era Rosa, minha babá. - Rosa... Cadê minha mamãe?- Sorri e ela se manteve séria. -Ó querida. - Funga. - Seus papais partiram... Viraram uma estrelinha lá no céu. Rosa me envolveu em seus braços e eu me alinhei nos mesmos, ela beijou minha testa com amor. - Uma estrelinha? Quem vai cuidar de mim? Como eu Vou falar com eles de novo?- Choro desesperadamente. - Eu nunca mais vOU ver eles? - Eles estão bem aqui. - toca em meu coraçã0. - Eles sempre vão estar com VOCe, para o que você precisar minha princesinha. - Eu quero eles de volta. - Murmuro deixando um soluço alto escapar. *** Acordo assustada e me sento na cama. -O que foi, querida? Ouvi seu grito de lá de baixo... - Rosa disse com a mão sobre o peito. - Só mais pesadelos daquela tarde. - Digo entristecida. - Estou aqui contigo. - Ela me abraça carinhosamente. - Eu sei, muito obrigada por tudo. - Beijo seu rosto com amor. - Agora vamos levantar, já está na hora de você ir para o colégio. - Dá um tapinha de leve na minha coxa. - Já vou. - Sorri amarelo. Levanto e caminho até o banheiro, faço minha higiene. Visto a blusa da escola, minha calça jeans e calço meu vans preto. Faço um r**o de cavalo alto e passo apenas uma camada de rímel. Tomei café da manhã, forçando muito, pois a Rosa sempre me obriga. Eu não sentia nenhum pingo de fome pela manhã, me causava um certo enjoo Comer a esse horário. Me despedi de Rosa e saí de casa. Olhei a rua e sorri abertamente por conta da vista. Nós morávamos na Rocinha desde que meus pais vieram a falecer. Eu amava aquela favela e amava mais ainda a forma que me acolheram. Tirando o tráfico, sempre foi maravilhoso. As pessoas são felizes aqui. Era tudo muito harmônico, todo mundo se ajudava de uma forma linda. Eu conheço muitas pesSoas aqui, sou querida por muitos, por conta dos meus pais, que realizavam muitos serviços comunitários e ajudavam a todos que podiam. Mas diferente de muitas meninas da minha idade, eu sou bastante fechada e tímida, diz Rosa que puxei a minha mãe nesse sentido. As meninas daqui vivem se exibindo e querendo ser mulher de traficante, coisa que é muito diferente da minha realidade. Os traficantes daqui, vivem andando para cima e para baixo, exibindo a postura e suas armas gigantes, nas quais eu nem sei diferenciar. O único que eu conheço éo Caio Lucas que cresceu comigo e eu o considero um irmão, Rosa tem um amor imenso por ele e acreditamos que um dia ele ainda sairá dessa vida. . . Gabriel. . . - Os armamentos chegaram? - Pergunto com uma certa preocupação. Sim, tudo em ordem. - Disse e saiu da minha sala. Acendi um beck e analisei aquela lista de devedores que já estava me deixando muito puto. Me dispercei assim que ouvi alguém bater a porta. - Chefe, tem uma mina aí fora querendo falar contigo. - Capivara diz. -É gostosa? - Pergunto maliciosamente. - Com certeza.- Lambe os lábios e balança a cabeça. - Manda entrar. - Sorrio. Alguns segundos depois, Larissa chegou sorrindo maliciosa. Sentou no meu colo e beijou o meu rosto. - Oi lindo. - Disse com sua voz enjoativa. O que tinha de gostosa, tinha de chata e irritante. Fazia tudo que eu queria e da forma que eu queria, mas quando abria boca, tinha um poder fora do comum de fazer eu ficar fora de mim. - Cala a boca, só faz o que tem que fazer, sem cutcharra. - Ela revira os olhos. Abusada. . . Jade. . . Cheguei na escola rápido. Eu sempre ia de ônibus e o trânsito não era uma das melhores coisas, mas dessa vez, por incrível que pareça, a pista estava completamente livre. - Abram o livro na página quarenta e três. -0 professor pediu e assim fizemos. *** Quando a aula acabou, fui até o refeitório, estava morrendo de fome. Comprei uma cOxinha que com a promoção vinha com um suco de abacaxi com hortelã. Assim que acabei de lanchar, caminhei até a frente da escola e esperei minhas amigas que estudavam no turno da tarde. - Oi meu amor. - Digo e Malu sorri correndo até mim. Que saudades. - Abro um sorriso e abraço a minha morena favorita. Eramos amigas desde muito pequenas. Nós nos conhecemos no Colégio, maternal II. Ela desde pequena sempre me ajudou no que precisei e vice-versa. Ela foi é a irmã que nunca tive na vida. Devo muito a ela, me apoiou e cuidou de mim na pior fase da minha vida, quando meus pais faleceram. - Fala aí, sumida. - Júlia diz e beija a minha bochecha. Jülia sempre foi a mais malandra do trio. Ela mora na Rocinha, mas a vejo muito pouco pois ela trabalha de segunda a sexta como babá na casa de sua vizinha. Conheci ela através de Maria Luiza, o que foi uma coincidência já que morávamos no mesmo lugar e nunca havíamoS nos visto. - Oi amiga. - Sorri. - Sextooou bebê, hoje tem. - disse fazendo uma dancinha esquisita. O baile acontece praticamente toda semana, a Júlia sempre vai e acaba arrastando Malu para esse meio. Nunca nem se quer fui, sim, por falta de vontade e p0r não saber como me comportar. Lá não é ambiente para mim e isso está estampado na minha testa. - To dentro. - Malu pula batendo palminhas. - Você vại né Jade? - Claro que não, vou maratonar netflix. - Digo e elas reviram os olhos. - Bom... eu vou indo, só fiquei para dar um beijo em vocês mesmo. - Sorri e me despedi delas. O ponto de ônibus era muito perto da minha escola, em menos cinco minutos eu chegava lá. E graças a Deus, para a minha alegria, hoje ele chegou mais rápido do que o normal, o que foi ótimo, já que estava um calor absurdo. Eu fazia o percurso de subir a Rocinha, era um exercício e tanto. Que isso, - Um vapor disse mordendo Os lábios. Continuei andando, o ignorando completamente, fingi que nem estava olhando! Eu estava nervosa mas minhas pernas agiam por si mesmas. -Qual foi? - Puxou meu braço e me imprenssou na parede. - Me larga.. - Eu disse entre dentes. Ele sorriu malicioso e beijou o meu queixo. - Deixa a mina, não é as putas que tu come não. - Ouço uma vOZ masculina e viro para o lado. - Qual foi Caio?A princesa está Só se fazendo de dificil, deixa ela comigo. Quem que tu pensa que é para falar assim comigo filho da p**a? - Grita o peitando. - Foi m*l aí cara, não sabia que a mina era tua, - Rende as mãos e sai do nosso campo de visão. - Nossa Caio, muito obrigada mesmo, não sei o que poderia ter acontecido. - Sorri timidamente. - Que nada, você é minha irmäzinha. - Ele envolveu seu braço no meu pescoço. Subimos juntos, provavelmente Caio almoçaria lá em casa. Nossos pais sempre foram muito amigos e Caio vivia na minha casa quando éramos pequenos, então ter sua presença na minha casa era mais que normal. Confesso que eu amo isso, pois sei que posso Contar com ele para O que eu quiser. - To com uma larica danada. - Ele disse fazendo cara de dor e passou a mão sobre a barriga exposta. -Vou por a comida. - Rosa sorriu abertamente e caminhou até a cozinha. - Jade, toma cuidado com alguns vapores, se eu não estivesse lá, sabe lá deus o que ia acontecer. - Sussurrou. - Pode deixar, vou passar a vir pela principal. - Caio apenas concorda. Subo as escadas e vou direto para o meu quarto. Tomo um banho quente e relaxante, saio enrolada na toalha e caminho até meu quarto. Abro o guarda-roupa, visto um short jeans e uma blusinha solta listrada, calço meus chinelos e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. - Ué... O Caio não me esperou porque?! - Faço beicinho. - Ele foi para aquilo que ele chama de serviço. - Murmura. Pelo o pouco que eu sabia, o Caio era o braço direito do comandante da Rocinha. Ele não gostava de falar comigo sobre essas coisas, então eu ouvia da boca do povo. Eu vi o comandante apenas duas vezes na rua, para nunca mais querer lembrar do mesmo. Homem tenebroso, só de andar perto dele dá um certo arrepio na espinha, ao contrário do que muita gente pensa, ele não é bom, eu apenas sinto isso. . .

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