Eu, agora limpa e renovada e devidamente com roupas quentes deitei na cama só um instante antes de descer pra comer novamente, mas vi meus olhos pesarem, aquecida...
***
-É melhor deixa-la descansar mais.
-aposto que a Mia vai adorar ir comprar enfeites pra árvore de natal!
-mas também precisa descansar da cidade.
-ela ama escolher enfeites! Acordei com esses cochichos atrás da porta. Levantei devagar meio tonta sem saber que horas era e abri a porta. Meu pai e minha mãe levaram um susto.
-Disse pra não acorda-la. Falou minha mãe.
-eu não acordei você acordou. Rebateu meu pai.
- boa noite?
-noite? Já é dia, você não desceu pra jantar ontem.
-nossa. Senti o cheirinho de café vindo da cozinha e desci com eles.
-Bom dia, Mia.
-bom dia vovó, que delicia de cheirinho.
-os pães já vão sair.
-vou escovar e já volto.
Fiz minhas higienes e voltei para mesa, sentamos todos e começamos a comer.
-vamos colocar algumas coisas na casa ao lado? Perguntei. Era a casa mais bonita do vilarejo, contudo nunca tinha recebido ninguém e como levamos o natal bem a serio por aqui eu sempre colocava alguma coisa na casa.
-eu fiquei sabendo que alguém vai vir esse ano. Minha mãe falou.
-vai? Perguntei intrigada nunca virá ninguém nela, embora fosse linda.
-deve ser a dona.
Concordamos, a comida estava ótima como qualquer coisa aqui.
Depois eu me arrumei e fui visitar alguns amigos e comprar coisas com minha mãe e minha avó.
A noite ia chegando e tudo ficava mais frio, voltamos pra casa e colocamos aquelas sacolas de lindas coisas de pendurar na sala.
-Já posso por minha meia na lareira não? Falei empolgada pendurando a mais bizarramente linda que encontrei.
-claro, eu também vou por a minha... começou uma bagunça na sala, meus pais já eram pessoas de idade avançada, mas com um espirito de jovem enraizado, meu pai então já começará a pensar que ele tinha síndrome do Peter Pan.
***
-Mia, quer mais uma coberta? Perguntou minha mãe assim que entrei no meu quarto.
-não, está ótimo.
-olha, falou minha mãe observando a janela e eu olhei também.
-faz tempo que chegaram? As luzes estavam acesas.
-eu não vi.
-amanhã vou fazer uma torta de framboesa, vamos entregar e desejar boas-vindas.
-vai fazer uma pra mim também?
-claro...
Confesso que fui dormir intrigada, queria saber quem habitava a casa a qual eu sempre quis entrar. Seria uma moça jovem com um bebê fofo? Um casal recém-casado que queria curtir realmente a magia do natal? Uma senhora viúva?
Bem amanhã descobrirei.
Levantei cedo recebendo umas mensagens da Lyli já em casa com seu cachorro fofo. Respondi e levantei, a janela estava aberta da casa a frente e eu não resisti a não tentar espiar.
Espero que tenha um bebê fofo!
Desci às escadas e fui direto pra cozinha.
-Bom dia família!
-Bom dia Mia, reconhece esse cheiro?
-claro! Ela deu um tapinha na minha mão quando ia pegar a torta.
-essa é da vizinha.
-e a minha?
-esta no forno.
-então eu vou levar essa, assim minha vizinha pode me convidar pra comer junto dela.
-você não cria jeito ne?
-acho que não. Peguei a torta e fui até a casa ao lado.
-bati na campainha da porta e fiquei esperando, talvez fosse cedo pra está acordada? Não, já não é tão cedo assim.
Quando passar alguns minutos escuto passos e logo a porta é aberta.
Mia ficou sem fala por um longo momento em pé com as mão segurando a torta, ela pensará que podia ser qualquer coisa, menos um homem maravilhoso. Continuou sem falar nada e ele ergueu as suas sobrancelhas sugestivo pra que ela falasse algo já que bateu à porta.
-cadê o bebê? Disse rápido e depois piscou varias vezes quando percebeu que falou nada com nada.
-bebê? Não tenho nenhum que eu saiba.
-não é que... bem minha mãe fez pra... bem você como forma de boas vindas. Esticou os braços e ele pegou a torta.