CARMEM

1745 Palavras
CARMEM NARRANDO Enfim, de volta a minha casa. Estava entre idas e vindas entre Barcelona, Palermo e Boston, mas agora ficaria em definitivo aqui. Às 8h aterrizamos, a Liza queria mandar alguém nos buscar, mas falei que não era preciso. Fomos direto para casa, e não ficava longe do condomínio que ela morava, e ela nos chamou para almoçarmos lá, e claro que perguntei se ele estaria e ela me falou que não. Claro que eu ainda não estou preparada para vê-lo. Essa droga de coração se ao pensar nele já dispara imagina vê-lo e além de tudo em um cartão postal de família feliz, como eu posso ficar bem?? Eu não tenho psicológico pra isso. Seguimos para casa e a Karol já conhecia, ela já tinha vindo turistar por aqui em outros momentos. Fiquei olhando as passagem e lembrando da primeira vez que eu e ele viemos juntos. Eu volto no tempo sempre, por mais que eu tenha tentando tirá-lo do meu coração é um amor tão grande que me toma a alma, o corpo. Sempre fico me culpando pelo meu erro infantil, pela minha impulsividade. Mas no fundo sei também que tinha medo, eu acabei me entregando de corpo e alma para esse sentimento e na minha cabeça i****a eu achava que nao deveria ser dominada daquela forma e hoje as minhas atitudes impensadas refletem em uma Carmem machucada, em uma Carmem que nao consegue mais se entregar a ninguém, em uma carmem voltada pra ela e não para mais ninguém e isso me torna meio que vazia. Sou tirada dos meus pensamentos pela a Karol. — Pode voltar ao seu corpo? Porque claramente você se encontra em outra dimensão e vou além, tem macho no meio. Ela fala no meu ouvido e já rindo. Falamos em inglês, mas mesmo assim poderia ser que o motorista entendesse. Eu não me aguento com ela, ela e a Susan é a pessoa mais de bem com a vida que eu já vi na vida. — Estava pensando nele, né? - Agora ela falava sério. — Não consigo não pensar amiga. Sei que as nossas atitudes refletem em tudo na nossa vida, e as consequências muitas vezes são bem dolorosas. E aqui estou eu, olhando para alguns lugares que passei com ele em momentos maravilhosos. - Enxugo uma lágrima. — Amiga, sei que muitas vezes a gente faz coisas sem pensar nas consequências, mas você tentou, você buscou contornar o seu erro. Não se martiriza mais, não pensa mais nisso, sei que é difícil, mas você precisa passar por isso. Ele fez a escolha dele, e o FDP ainda foi capaz de te chamar de vaca, apesar que errado ele não está. - Começamos a rir, não tem como não rir dela, e que bom que ela veio para minha vida. — Agora, não chora mais, a gente vai chegar agora descansar um pouco e depois vamos para a casa da Eliza, e você vai encontrar a sua afilhada belíssima que você tanto ama. - Dei um sorriso. — Obrigada por estar comigo, por ser essa amiga incrível. — A historinha é essa, basta chegar perto da Liza que eu sei bem quem vai ser a sua the best. — Deixa de coisa, te amo também. - Ela rio. Chegamos na nossa casa, agora é nossa, afinal ela estava morando lá comigo, iremos partilhar uma vida, somos amigas e isso é incrível. Coisas que a medicina me deu. Fomos para os nossos quartos, muitas coisas nossas já estavam lá e a minha funcionária já tinha arrumado tudo que tinha chagado. Ela era uma fofa e queria vir hoje, eu decididamente não deixei, hoje é domingo dia de ficar com a família. Tínhamos tomando café no avião e só estava com vontade de deitar. Tomei um banho e em seguida deitei. Acordei com o meu celular berrando, não era nem tocando porque a p***a estava muito alto. Nem olho quem é e atendo. — Alô, quem me incomoda essa hora? - Eu imaginava que seria a Liza. — Eu incomodo você agora? só porque agora está com uma nova amiga? - ela fala séria mas sei que quer rir. — Ah não, ciúmes essa hora da manhã me poupe. - Sento na cama. — Você por acaso olhou o relógio ? Já são 12:30. Anda, levanta dessa cama e vem para cá, que eu estou morta de saudade de você e sua afilhada nem se fala. — Tudo bem, você venceu, já ja estaremos ai para pegar essa Aninha e matar de beijo, porque a titia não tá aguentando de saudades. — Então estamos te esperando. — Isso, daqui a pouco estou ai. — Ei? - ela fala. — Oi - Respondo. — Obrigado por ter voltado para minha vida, ela é mais doce quando você está por perto- Aquilo ali me deixa de um jeito e as lágrimas quase saem. — Eu nunca deixei de estar do seu lado, sempre estarei onde você estiver. — Você sabe que eu também - Ela me diz. — Sei sim. Agora anda me deixa trocar de roupa. - Rimos e desligamos. Fui chamar a Karol, mas ela já estava acordada, essa tem uma energia que nunca vi. De roupa trocada, no computador só esperando por mim. Então fui me arrumar. As duas prontas seguimos para pegar meu carro, aliás tanto eu como ela tínhamos comprado outros carros, vendemos os nossos lá e compramos novos aqui, a família da Paola tem várias concessionárias e aí eu e ela compramos e quando chegamos já estavam aqui na garagem. Chegamos lá e o Tom veio nos recepcionar . — Ola meninas que bom que chegaram, como foram de viagem?. - Nos abraçou. — Foi bem, só é longa a viagem, é que é grande né. - Lá vem a Liza e a Ana, meu Deus como está linda e grande. — Ai meus dois amores, que saudades- Nos abraçamos e beijamos. — Que saudade de você minha irmã- A liza é muito emotiva e é lindo o carinho que ela tem por mim. — Também estava muito. - Pego a Ana no Colo — Olha a tia trouxe um monte de presentes para você. — Sério isso? você não cansa? - A Liza fala. — Não, posso? é a minha afilhada e sobrinha, me deixe. - Todos riram, mas eu levei presente para todo mundo. A tarde foi incrível, conversamos muito, ficamos na piscina, e por volta das 18h voltamos para casa, ela não queria deixar. Chegamos em casa tomamos banho e resolvemos comer na cantina que tinha quase do lado do nosso apartamento, era 5 minutos andando e fomos para lá. Antes de entrar na cantina o meu celular toca e quando vejo era o Akin Yaman, o Dr Gotosão como é chamado no hospital. — Oi Akin, tudo bem. — De volta? - A Liza tinha falado no hospital que eu estava voltando hoje. — De volta enfim. — Que bom, que jantar? — Eu estou aqui na Cantna Osteria Peper’s, vem para cá. — Tudo bem, estou saindo do hospital, chego ai daqui a pouco. - Ele desliga. — Hum, é o cara que tá te cercando? — É, ele é um fofo, mas não sei, medo de me machcuar. - Fomos entrando. Sentamos e quando eu levanto a cabeça não acredito no que vejo. A Karol sentou meio que de costas para ele. — Que cara é essa? - Ela me perguntou. — Não se vira, mas você não vai acreditar que está aqui. — Não? tu tá me dizendo que Alex tá aqui? — Exatamente, p***a tanto lugar para eu ir . Respiro fundo. — Ele não tira o olho daqui. — E nem você dele. - Ela fala rindo. — E você quer que eu faça o que? — Daqui a pouco o delícia vai chegar, tenta se animar. - Não demora muito e o Akin chega. Foi ótimo, acabei esquecendo um pouco a presença dele, e passou um tempo quando vejo ele chegar em nossa mesa. O diálogo é superficial e ele vai embora. Não consigo ficar mais normal, e aquilo é uma merda. Ainda bem que consegui disfarçar pelo menos eu acho que para o Akin eu consegui. Mas a Karol certeza que não, e fora que ela já sabia que ele já estava me incomodando antes. Ficamos mais um pouco em seguida fomos para casa. O Akin insistiu para nos trazer e nos despedimos, nos encontramos na quarta, porque eu e a karol só começamos a trabalhar na quarta. A Karol preferiu não falar nada, e confesso que adorei isso. Não estava querendo falar a respeito. Nos despedimos, estávamos cansadas e cada uma foi pro seu quarto. Tomo um banho e deito. Pego o celular e quando vejo tem uma mensagem dele. — Oi. - meu Deus, não sei se devo responder, mas quer saber?, eu vou responder — Oi Alejandro. — Porque agora você só me chama assim? - Ele me questiona. — Não é seu nome? — Sim, mas todo mundo que tenho i********e me chama de Alex, por isso a pergunta. — Quero que fique bem claro que não tenho mais i********e com você. — Ué, nem uma amizade restou? — Por enquanto não, enquanto certas coisas não se sedimentar em mim, não quero nenhuma i********e com você. — Porque essa revolta? — A mesma que você teve tempos atrás em não me deixar falar, em me escutar. — Você é bem rancorosa, não é? — Não Alejandro, não sou rancorosa, só não esqueço certas coisas que marcam uma vida, coisas essas que poderiam ter sido resolvidas, mas se não foram era porque não tinha que ser e se não foi. — Bom noite, eu vou dormir já está tarde. - Falo para ele. — Ah, cade sua esposa? - queria cutucar ele. — Em Barcelona. — Então aproveita e liga para ela, que era isso que você deveria ter feito. — Bom noite. Desligo e as lágrimas vem, me dói , machuca , porque ainda tenho que amá-lo assim, porque. Ixi e agora Alex? O Dr. gotozão ta na área ne?? Vocês já nos seguem no i********:? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam @autora_edeneide_xavier e Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem nos nossos grupos de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem os nossos livros na biblioteca clicando no ❤
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