CHERRY SAINT
Chego na empresa como de costume, papeando no celular com um boy GG que eu conheci há uns dias atrás numa balada no Recreio dos Bandeirantes, gato e gostoso. Rezo mil Aves Maria pra não encontrar meu chefe – também gato e gostoso, diga-se de passagem, porém um i*****l – no elevador. Não estou com a mínima paciência pra suas provocações e suas oscilações de humor, de mau humorada, já basta eu. Passo pelo meu andar igual foguete, cumprimentando apenas algumas pessoas que estavam prestando atenção em mim e agradecendo a Deus por não ter dado de caro com o ogro ao cubo. Entro dentro da minha sala e dou beijo no rosto dos meus dois dengos.
— Hoje o dia será longo. – Murmuro esticando meus braços e pegando na minha garrafinha pra dar um gole no meu café.
O dia passa lentamente enquanto eu corro pra lá e pra cá tomando conta de relatórios, imprimindo contratos, avaliando pedidos de empresas pro Carrielo's A.C gerenciar. Após sentar pela sétima vez naquele dia, ouço o meu telefone tocar.
— Cherry Saint na linha.
— Senhorita Cherry, o senhor Ethan Carrielo está a sua espera na sala dele. – Engulo seco quando ouço a voz da Luciana do outro lado da linha e quase pulo da cadeira quando ela me dá o recado. Agradeço demonstrando calma e quando desligo, coço a testa sentindo meu coração ir na boca. O que aquela peste quer comigo?
Peço licença para os meus colegas explicando a situação e acrescentando no final um: Fodeu. Bem gostoso. Como ela não pediu para eu levar alguma coisa, então coloco apenas meu óculos em cima da mesa e solto meu cabelo, caminhando pelo extenso corredor que da acesso ao elevador. Assim que entro e a cada andar, sinto meu coração semelhante a uma escola de samba. Por que o nervosismo, afinal? Ele deve querer apenas minha ajuda para alguma coisa. Certo? Certo. Assim que o elevador chega ao último andar, saio andando em direção a sala da presidência. Luciana já me espera sorrindo e estendendo os braços para eu entrar. Bato duas vezes na porta de madeira lisa e escuto apenas suas voz grossa permitindo minha entrada.
— Sim? Mandou me chamar, senhor Carrielo? – Balbucio calmamente, cruzando as mãos na frente do meu corpo.
— Sim, não preciso nem que se sente. O que irei falar, é breve. – Me assusto. Fodeu! É agora que eu sou demitida. Vejo-o caminhando até a mim, mas não me intimido, permaneço olhando seu rosto e cruzando a sobrancelha para ele poder ver que, mesmo sendo o dono da p***a toda, não pode sair intimidando quem bem entende.
Ele diz sobre eu não ter falado nada do Coquetel pra ele, mas eu mandei um e-mail e disto me recordo muito bem. Odeio quem me cobra algo do qual já tenho feito há tempos! Sem duvidas, uma das piores sensações. E quando eu o afronto, ainda saio como abusada. Mereço esse troglodita? Não mereço. Êta, homem difícil.
— Você é bem ousada. Não acha que está sendo abusada demais com o seu chefe?
— A partir do momento em que ele me dá motivos, não, não acho. – Sorrio amplamente, cruzando os braços.
— A principio, adorei a calcinha rendada na cor vinho que vi jogada no chão do seu carro. – Sinto o sangue esvair do meu rosto. Oi?
— Co-como?
— Isso mesmo, dona Cherry.
— Seu enxerido. Está espionando meu carro? – Me seguro por mil forças divinas pra não dar uma bofetada na cara linda desse profano.
— Eu? Imagina. Mas imaginei e creio que ficaria lindo em você.
— Pois isso é uma coisa que você nunca irá ver na sua vida! Saiba que isso é uma p**a invasão de privacidade! – Me altero. Que i*****l! Ele é mais i*****l do que eu sonhava em pensar!
Viro as costas indignada pronta pra sair do mesmo ambiente que meu digníssimo chefe, mas minhas costas batendo na madeira da porta e braços fortes em volta do meu corpo me fazem cortar a linha de raciocínio que estava tendo. Que baderna é essa? Com os braços suspensos e uma barba por fazer roçando do meu maxilar acrescentando com beijos leves, sinto meu corpo de contorcer todo, totalmente arrepiado. Prendo meus lábios entre meus dentes e arqueio as costas soltando um gemido baixo quando sinto-o morder minha orelha.
— Quero você. – Ele diz com a voz grossa e rouca no meu ouvido, mandando embora toda minha sanidade junto da minha calcinha, que a essa altura do campeonato, já deve estar encharcada. Solto minha mão da sua, agarrando seu pescoço e beijando-o com desespero.
Era para eu estar fazendo isso? Com certeza não. Mas quem disse que, no momento, estou ligando pra isso? Sem limites é uma palavra que é repetida constantemente no meu vocabulário. Se meu chefe é uma delícia, e me quer, por que não? Eu me jogo mesmo. Sei que não passará de dois corpos ocupando o mesmo espaço, um se chocando contra o outro e depois um adeus para finalizar. Sua língua dança em perfeita sintonia com a minha e nossas bocas se encaixam de uma forma incrível.
Ethan agarra na minha b***a me fazendo arquear o corpo e envolver minhas pernas no seu quadril, esfregando desavergonhadamente seu exuberante p*u duro na minha i********e. Socorro! Isso tudo é seu, ou um marimbondo te picou? Ele me coloca em cima da sua mesa presidencial quadrada sem desgrudar nossos lábios e fica entre minhas pernas.
Tiro sua camisa social de dentro da calça e deslizo minhas mãos pelo seu peitoral definido, arranhando-o e fazendo-o arrepiar. Meu chefe desgruda nossos lábios e puxa meu cabelo para trás, fazendo-me ir junto e apoiar o corpo com o cotovelo, ele beija meu pescoço até o b***o arrancando-me pequenos gemidos roucos. Espalmo minha mão no seu p*u, fazendo-o crescer ainda mais. Ele retorna com o beijo e quando coloca sua mão sacana dentro da minha saia arrastando minha calcinha pro lado, o telefone toca instintivamente. Empurro seu corpo grande pra longe de mim quando ele geme frustrado na minha boca. Me recomponho saindo de cima da mesa e arrumando minha roupa, desamassando a mesma e prendendo meu cabelo com um coque.
Me viro pronta pra ir embora e vejo-o me puxando pelo braço, de novo. Me solto.
— Virou moda ficar me puxando pelo braço quando eu viro para ir embora? – Pergunto, olhando no seu olho e arqueando a sobrancelha.
— Nada mudou. Ainda quero você, mais que antes. – Ele me puxa pela cintura fazendo-me bater com os s***s em seus músculos rígidos. Abaixa a cabeça para dar um cheiro no pescoço devido à altura, por ser bem mais alto que eu, e eu curvo o pescoço pro lado facilitando o acesso das suas carícias na minha pele. Ele segura no meu queixo mordendo meus lábios e retomando com um beijo agora mais calmo, porém erótico, quente.
— Ok, é melhor eu ir embora. Você é meu chefe e isso não pode acontecer. Um equívoco. – Interrompo o beijo me recriminando muito por isso, afasto do seu corpo me recompondo. Dou uma última olhada em seu rosto e não da para decifrar sua expressão, ele é um mistério que estou fora para saber. Bato a porta atras de mim e jogo um beijo pra Luciana, que pisca pra mim. Será que ela sabe? Ai, Deus. Pra quê? Me explica. Pra quê eu fui beijar aquele cara? Só por ele ser um t***o? Não. Porque ele tem um efeito filho da p**a sobre mim. Que ódio!
♠️♥️♣️♦️
Ao entrar na garagem, passo sem olhar para os lados. Vai que ele está aqui? Entro dentro do meu corro e fujo igual o d***o foge da cruz. Sei que foi eu que cacei isso tudo, até porque ele não fez nada além de provocar, eu que o beijei e estava cagando para as consequências. Mas isso, pode custar até o meu emprego. Se envolver com alguém da corporação é dar murro em ponta de faca, não estou nada preparada para isso. Nada preparada para encarar ele ou o mundo. Burra! Soco o volante do carro, entrando no estacionamento do meu prédio. Antes de deixar o carro, olho no banco do passageiro e pego a calcinha rendada.
Essa foi a calcinha que eu usei pra ir à balada e consequentemente com o boy GG. Em falar nisso, estou super atrasada pra me encontrar com ele. Corro pro elevador e pro meu apartamento olhando em volta e notando que minha melhor amiga está, muito provavelmente, fazendo plantão no hospital. Vou pro meu quarto tomando um banho relaxante e tendo cuidado para não molhar o cabelo, não estou afim de secar, já que irei apenas comer e t*****r logo após. Ponho um hidratante de bambu no corpo, uma calcinha pequena de seda na cor branca que realça minha pele e um vestido preto frente única de mangas curtas colado no corpo, uma lamboutin bege e uma bolsa de mão. Faço uma maquiagem rápida, e saio disparada para o carro.
Hoje a noite é minha, e irei, com certeza, esquecer o episódio de hoje.