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1070 Palavras
ALMA NARRANDO. CARTEL DO MÉXICO SINALOA. — Alma? — Era a voz do Emilio. Eu fui até a porta, abri e puxei ele pelo braço. — Você está ficando louco? Se alguém pegar você aqui, vão te matar. — Eu só queria te entregar isso aqui, acho que nunca mais vamos nós ver. — Ele disse e tirou do bolso um pingente de nossa Senhora do Guadalupe. Ele beijou o pingente e me entregou. — Que nossa Senhora do Guadalupe te proteja. — Emilio, você sabe alguma coisa dele? — Ele é um homem muito r**m Alma, tudo o que dizem sobre ele é que ele é o próprio demónio. — Eu nunca questionei las decisiones de mi padre, mas como ele foi capaz de me entregar para esse homem. — Vamos fugir, vamos sumir daqui e ficar longe de toda essa mierda. — Não, não, a primeira rua que entrarmos mi padre nos acha e ele irá te matar Emilio. — Alma. não me importo de morrer por você. — Não, está louco, você não sabe do que está falando. De repente, ele me puxa pelo braço e eu caio em seus braços. Nossos olhos se encontram, consigo sentir a respiração dele próximo ao meu rosto. — Eu te amo, Alma. — Ele sussurrou. — Emilio, não podemos, eu sou uma mulher comprometida. — Não me importo. — Ele disse e me beijou. Foi a primeira vez em que beijei um homem, eu não sabia o que fazer, a língua dele estava invadindo a minha boca, num impulso eu empurrei ele e dei um tapa em sua cara. Em questão de segundos, a porta do meu quarto estava no chão, mi padre e os seus homens estavam puxando o Emílio pelo braço. — Me soltem, eu não fiz nada. — Alma, responde, Alma. — Mi padre me balançava pelos braços, só que eu não conseguia raciocinar o que estava acontecendo ali. — O que está acontecendo? — Mi madre entra no quarto apavorada. — Esse desgraçado, tentou desonrar a nossa chica. — Isso é verdade, Alma? — Mi madre questiona. — Não, isso não é verdade, ele apenas me beijou. — Você é uma mujer comprometida, isso não poderia acontecer Alma. — Mi padre gritou. Eles arrastaram o Emilio para o quintal, fiquei na janela olhando o desespero da família dele implorando para que não fizessem nada, colocaram ele de joelho e o mi padre começou a gritar. — Esse homem, entrou no quarto da minha filha e tentou tirar a sua honra a força, todos aqui sabem que não aceitamos estrupadores, então ele irá pagar com a vida. — Mi Padre gritou. A madre de Emilio, estava ajoelhada no chão, desesperada. O Emilio tentando explicar o que realmente tinha acontecido, ali talvez tivesse algo a ser feito, sem pensar duas vezes, sai correndo de dentro daquele quarto e entrei na frente de Emilio. — Por favor, não façam nada, Emilio não fez nada comigo. — Saia da frente Alma. — Mi padre gritou. — Não, ele não fez nada, foi apenas um beijo, por favor não faça nada com ele. — Não há nada ser feito Alma, esse é o meu destino, saia da frente. — Emilio disse. — Saia da frente Alma. — Mi padre gritou ainda mais alto. — Não faça nada, nós nos amamos. Mi Padre me puxou pelo braço, colocou o cano da arma na boca de Emílio e sem pensar duas vezes ele atirou, fazendo o Emilio cair no chão de olhos abertos na minha direção, a sua família chorando, os miolos dele espalhados pelo chão. — Yolanda, leve Alma, ela só sai daquele quarto amanha cedo. — Vem chica, vem com a su madre. — Não, não, Emilio. — Eu tente me debater enquanto ela me levantava do chão. Mi Padre fez um sinal com a cabeça, os seus soldados me pegaram pelo braço e me arrastaram para o quarto. Quando entrei no meu quarto, estava aos prantos, com ódio, raiva e tudo de r**m dentro de mim por conta daquela sensação. — Sinto muito Alma, eu sinto muito. — Mi madre tentou me consolar. — Eu quero ficar sozinha, por favor, me deixe sozinha. Ela abaixou a cabeça e saiu do quarto, eu deitei na cama, encolhi as pernas e fiquei ali chorando, por mais que o Emílio tenha errado em me beijar, ele não merecia morrer daquela forma. Eu odeio mi padre, odeio as coisas ruins que ele faz. Não conseguia dormir, cada vez que eu fechava os olhos, conseguia ver o Emilio morto me olhando, eu poderia ter feito, mais para salvar ele, poderia ter tentado mais. O sol nasceu, eu levantei, tomei um banho, terminei de fechar as minhas malas e me arrumar. A santinha que o Emilia havia me dado ainda estava em meu vestido, coloquei ela no meu colar, a beijei e chorei outra vez. — Me ajude Nossa Senhora de Guadalupe, guie os meus caminhos e nunca me deixe só. Abri a porta do quarto, coloquei todas as malas para fora e em seguida desci para a sala. — Chica, está tão bela. — Mi padre disse e veio em minha direção. — Não se aproxime de mim, por favor, o carro já está pronto? — Não vai se despedir de mim Alma? — Ele questionou. — Não Omar, graças a Nossa Senhora de Guadalupe irei ficar longe de você. — Chica, ingrata. — Madre... — Disse quando ela se aproximou de mim. Eu abracei a mi madre com bastante força, ela não conseguia parar de chorar. — Não chores, eu irei te ligar todos os dias e prometo que venho te visitar. — Eu disse e ela confirmou com a cabeça. Os soldados terminaram de levar as minhas malas para o carro, eu entrei no carro e quando o carro saiu, fiquei olhando pelo vidro de trás a mi madre ajoelhada no chão, aos prantos, enquanto Omar tentava acalma-lá. Era isso, eu estava a caminho de cumprir um destino que não foi determinado por mim... Fico em dúvida, de quem é pior nesse livro! Don Ivo ou Omar? Vocês já me seguem no i********:? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤
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