Capítulo 27

1095 Palavras
Capítulo 27 – P.O.V – Lily  A mulher estava como uma assombração na minha porta, como eu poderia fugir daquele demônio especificamente? - Não está acontecendo nada... só uma discussão normal de casal mãe..., mas já resolvemos não é mesmo Lily? - disse Benjamin sendo o mesmo falso submisso de sempre, eu acabo de dizer que quero me separar e o cara me diz que está tudo resolvido? Olhei nos olhos dele, mas senti um pouco de pena, droga, eu não podia desabar o mundo dele naquele momento, não quando ele me ofereceu uma segunda vida depois do acidente. Bom, eu não sabia como tinha sido minha primeira vida, mas acho que não era exatamente uma boa vida... se não alguém teria me procurado depois de todos esses anos. - Sim, resolvemos mesmo... só foi... um descontrole do seu filho, logo ele vai se homenageado e acho que está sentindo o peso da coroa! - eu fui irônica, mas aquela bruxa parece ter entendido muito bem do que se tratava. - Oh... entrando aqui eu sei muito bem o porquê o meu filho está tão estressado, essa casa está um lixo! Lily você não faz nada aqui durante o dia? vive de sonequinhas e vinho no meio da tarde? - apontou para a garrafa vazia na minha pia. - Qual é o seu problema? - eu olhei diretamente para ela - Droga Ben você não vai dizer nada? O meu nome é Lily! E não Lily... sinto muito que eu te ofenda por isso sua maluca... essa aqui é a minha casa e você não tem nenhum direito de ser essa i*****l que você é! Eu vou subir Ben, recebe aí a sua mamãe... - Filho você vai deixar a SUA MULHER - isso sempre me irritava - falar assim comigo? Eu olhei diretamente nos olhos do Benjamin, para saber como eu ele iria reagir a mais uma agressão, eu não sou exatamente a pessoa mais legal do mundo, eu traio o meu marido com o vizinho da frente, mas acreditem, NINGUÉM merece a sogra que ele me deu. Nem mesmo o próprio d***o. - Mãe, você não pode falar assim com a Lily... - ele se aproximou de mim devagar e me puxou pela cintura - ela é a minha esposa, e ela faz o possível... - isso definitivamente era mentira - e essa é a casa dela, você não pode ofendê-la dentro da casa dela, a senhora entendeu? Isso me magoa e não ajuda! - ele estava tentando ser doce, mas se eu pelo menos tivesse uma mãe eu também tentaria ser legal. Ele não falou exatamente o que eu teria falado, mas eu já estava satisfeita com uma pequena vitória para variar um pouco. Ela ganhava em tudo desde o meu casamento, então acho justo que ele tenha pelo menos gritado com ela um pouquinho. - Tudo bem meu filho... você quer que eu vá para um hotel? - ela me olhou com cara de coitada, esperando que eu falasse alguma coisa, era os mesmos olhos que o filho dela usava para me convencer de alguma coisa. - Não vá embora Patrícia, fique... vai ser... - as palavras iam sair um pouco mais amargas da minha boca - um... prazer receber você aqui... - respirei fundo - eu não deveria ter, desabafado, tudo isso na sua cara, deveria ter esperado você virar as costas para reclamar na orelha do Benjamin. Se você não se importa, eu vou subir! - eu subi as escadas, o Benjamin ia falar m*l de mim aos montes, iria reclamar na minha orelha a noite inteira, mas a vida é essa. Eu subi as escadas, e fiquei esperando-o acomodar a mamãe e recomeçar a me infernizar. Eu conseguia ouvir de onde eu estava ela reclamar de cada peça que eu tinha escolhido para minha casa, da comida da geladeira, das cores das paredes e tudo mais. Quando eu ouvi os passos na escada eu sabia que era ele - Fala... vai logo... desce a bronca e aí... eu já me acostumei, é o efeito Patrícia! - Ei, a culpa da nossa briga não foi a chegada da minha mãe Lily, a nossa briga aconteceu porque você quer me deixar para ficar com o nosso vizinho da frente! - ele disse isso tão melancólico que eu cheguei até sentir um pouco de pena pelos primeiros dois segundos. - Eu estou ano após ano te avisando que eu estou infeliz, nos pequenos detalhes... em um subúrbio, todas as vezes que eu pensava em reclamar você me afogava com meu dinheiro, falta de atenção e um sexo morno, o que você quer que eu faça em relação a isso? - Não era mais fácil você me dizer! todos esses anos... e por que você simplesmente não falou para mim? Eu te amo tanto que estou aceitando me rebaixar, você entende isso? Eu estou aceitando você tratar a minha mãe como um lixo... e se agarrar com um cara que você nem conhece p***a! - Eu não disse? p***a, quantas vezes eu deixei claro? entrei no banheiro ou subi em cima de você? e tudo o que você levou a sério foi uma p***a de uma homenagem que uma esnobe promoveu para inflar o seu ego! Você é perseguido e não me conta, você só liga para o que você parece para as pessoas... droga! - Você me ama? - ele disse chegando mais perto - responde, você me ama? Aquela sim era uma pergunta espinhosa, porque eu não conseguia dizer um sonoro NÃO! Porque no fundo eu não podia deixá-lo ir. - Eu não sei mais Benjamin... eu não consigo dizer que não amo, e nem dizer que amo... isso não deveria ser normal você entende? - Se você não consegue dizer não isso quer dizer que eu tenho alguma chance afinal, então eu não vou desistir... eu não consigo desistir e você. Mas podemos resolver tudo isso quando a minha mãe for finalmente embora? Consegue aguentar sem algum drama até lá? - Já tem data? podemos levar ela em casa AGORA! A deixamos no aeroporto! - Por favor... eu estou pedindo para você... - Sim, eu vou manter as aparências por você não se preocupa com isso... o nosso problema é você manter as aparências, e você me pede para fazer exatamente isso! Você é maluco Ben, sério! Me deixa dormir pelo amor de Deus... eu não estou suportando olhar para a tua cara no momento. Me joguei nos cobertores, e não consegui dormir. E aquela não era nenhuma novidade.
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