Anne sentiu o vento suave da primavera tocar seu rosto enquanto subia as escadas da antiga mansão dos Medici. Ela estava decidida a se libertar de tudo, mesmo que por alguns momentos. As memórias da sua infância, os sonhos que a perseguiam, tudo parecia mais próximo naquela casa. Olhou-se rapidamente no espelho, ajustando o lenço que amarrava os cachos e colocando as pulseiras e anéis que, de certa forma, a faziam sentir-se mais próxima de sua verdadeira essência. Ela não estava mais apenas com as roupas da esposa de Pietro Medici, mas com as vestes de uma cigana que ainda estava viva dentro dela. A saia rodada se movia livremente enquanto ela descia as escadas, sentindo a leveza de ser quem ela realmente era.
Com passos decididos, Anne entrou na sala onde Pietro e Arman estavam conversan
