A Babá

Capítulo 3

Pov. Bia

Depois daquele dia cansativo de aula e fui para casa almocei sozinha, como sempre. Mas logo depois tomei um banho e me arrumei para ir a casa dos Hatanm.

Chegando na mansão eu entro e vou logo para o quarto do Arthur que surpreendentemente não estava sozinho.

- O que você está fazendo aqui? - eu pergunto-

- Eu moro aqui. - respondeu Lucas indiferente-

- Mas... eu pensei que você passasse todo dia fora de casa.

- Eu quero mudar meus hábitos. - disse ele dando uma piscadinha para mim. -

Eu reviro os olhos e ignorando totalmente a existência dele eu vou até o berço do Arthur.

- Oi, Arthur.

Ele olha em minha direção com aqueles olhinhos azuis. Ele dá um sorriso muito fofo.

- Ele gosta de você- disse Lucas atrás de mim-

- Eu também gosto muito deles. De todos eles. - eu me viro na direção de Lucas que estava a pouco centímetros.- Licença.

- Ah você é muito chata, sabia?

- E você egocêntrico. Dá pra fazer o favor de me dá licença. - ele se distancia.- Obrigado.

- Qualquer garota do colégio gostaria desta aproximação.

- Mas eu não sou qualquer garota e eu também prefiro você distante e calado, do que perto e tagarela. Mas eu não estou aqui para cuidar de você e sim dos seus irmãos.

- É... de certa forma. Mas poderia.

- Poderia o que?

- Cuidar de mim.

Eu dou um longo suspiro . Pego o Arthur e saio do quarto.

- Ah... qual é essa foi até boa.

- Claro. Boa para um adolescente de 14 anos.

- Então o que seria um bom flerte para uma pessoa de 18 anos?

- Sei lá. Você é o pegador aqui, e não eu. Mas talvez a do "você é uma graixinha" ainda funcione.- digo rindo-

- Ha Ha Ha. Muito engraçada você hein. Deveria ser comediante. -disse sarcástico-

- Esse negócio de flerte é do passado. Se a pessoa gostasse de mim de verdade se ela falasse dos sentimentos dela pra mim eu já ficaria feliz.

- E esse é o lado sentimental de Bianca Cooper. - disse ele rindo-

- E é por isso que nós não podemos interagir como seres humanos normais. Você é muito infantil.

- Só estou brincando. Fica calma

- Você é um i****a, sabia?

- E você é muito irritadinha. Se acalma.

- Por que você está me seguindo? Não tem nada de melhor para fazer, não?

- Na verdade... - ele finge pensar- Não.

- Dai-me paciência. Olha seus irmãos estão chegando se você puder parar de me seguir eu agradeço.

- Por que você é tão irritante?

- Sei lá. Por que você é tão i****a?

- Senhorita Cooper?

- Sim, Afred.

- As crianças chegaram.

Ele abre a porta dando passagem a elas.

- Bia!!! - gritou mel correndo para me abraçar-

Eu coloco Arthur na cadeirinha de alimentação e a pego no colo.

- Oi, Mel.

- Eu senti saudades. - ela diz-

- Sério?- ela assente com a cabeça- Eu também. - digo dando um beijo na bochecha dela.

- E eu? - perguntou Erick nos olhando-

Eu dou um beijinho na bochecha dele também.

- Oi Bia. -fala Camilla- Eu preciso conversar com você depois.

- Tá bom. É algo sério? -pergunto-

- Não, não. É sobre a escola e...

- E sobre o Diego. O namoradinho dela- disse Erick com uma voz fina-

- Eu prefiro o Gustavo- resmungou Mel ao meu lado-

- Cala a boca Erick. - disse ela jogando uma almofada nele. -

- Ei! Pode parando vocês dois. Você 3 agora vão subir e trocar de roupa.- eles continuam parados- Agora!

Eles sobem para trocar de roupa.

- Você é boa - disse Lucas-

- Se eu não fosse boa, não teria sido contratada.

- Para de ser grossa comigo. -disse fazendo boquinho-

- Desencana. Com a Mel esse biquinho é até fofinho. Mas com você é tosco- digo rindo-

- Você não tem graça.

- É por isso que sou Babá, e não comediante- digo dando a papinha do Arthur. -

- Viu como ela é malvada, Arthur?

- Arthur ignora seu irmão. Ele é um chato, bobo.

- Não esqueça o "metido à b***a".

- Isso. Chato, bobo e metido a b***a. -eu dou um sorriso-

- Você fica bonita sorrindo.

- O que você disse ?!

- Nada eu... eu vou subir- Lucas disse envergonhado-

- Seu irmão é muito estranho Arthur.

- Bia voltamos- disse Mel já com outra roupa.-

- Eu vi meu amor.

- A mamãe chamava a gente assim -disse Camilla com uma expressão séria-

- Ah... desculpe eu não queria ser indelicada.

- Não tudo bem. Você pode chamar a gente assim. Lembra ela.

- Tem certeza?

- Sim. Agora vamos comer. Por que depois do almoço eu tenho que conversar com você Bia.

Eles almoçam. E depois vamos todos para o enorme quintal do fundo. Onde tem uma enorme piscina com cadeiras de praia ao seu redor e mesas com um guarda sol. Também Um campinho de futebol, uma casa na árvore com balanço.

- Bia posso ir na casa da árvore?- disse Mel fazendo carinha de cachorro abandonado -

- Pode. Só toma cuidado.

- Tá bom.

- Eu posso ir jogar bola. - disse Erick-

- Pode.

- Isso! Vamos Mel.-disse Erick-

Eles saíram correndo.

- Agora podemos conversar Camilla. - disse me sentando em uma das cadeiras em baixo do guarda sol com o Arthur em meu colo-

- É que... eu tô gostando de um garoto e ele me convidou para sair...

- Digamos que eu não me dou muito bem com garotos, mas... o que você quer exatamente?

- Queria primeiramente saber se eu posso sair no sexta a noite, e segundo queria ajuda com a roupa e por último conselhos- ela diz envergonhada-

- Primeiro sobre sair a noite você tem que perguntar para o seu pai ou para o seu irmão, segundo com a roupa eu posso te ajudar, posso não me vestir bem mas tenho bom censo para isso, é terceiro os "concelhos" pede ao seu irmão. Porque como eu disse eu não me dou bem com garotos.

- Pede pra mim...- disse implorando-

- O que?! Eu pedir conselhos a seu irmão. Ata. Eu não você está doida? Febre? Usou drogas ou algo do tipo? - digo chegando sua temperatura. -

- Vai. Por favor eu sempre gostei deste garoto, ele é o menino mais bonito do colégio.

- Tá. Mas você ainda vai pedir a permissão para o seu pai. Fechado? - digo estendendo a mão-

- Fechado! Obrigado.- diz me abraçando-

- Calma aí. Eu ainda nem consegui. Vigie seus irmãos. Eu vou colocar o Arthur para dormir e depois eu vou falar com o Lucas.

- Obrigado!

Eu entro novamente na casa e subo para o quarto do Arthur. Eu o coloco para dormir e depois ando pelo enorme corredor procurando o quarto de Lucas. Eu chego em uma porta toda preta com um aviso de "Nao entre". Deve ser este o quarto. Eu bato na porta.

- Entre. - disse Lucas do outro lado da porta-

- Com licença.

Eu digo abrindo a porta. E acabo me deparando com Lucas sem camisa secando o cabelo.

- D-desculpas - digo envergonhada, me virando de costa para ele -

- Ah é você. Calma aí. Você está com vergonha? - ele diz rindo-

- Não eu... - eu respiro fundo- Eu preciso da sua ajuda. - eu digo rápido-

- O que? Eu não ouvi

- Eu preciso da sua ajuda- digo um pouco mas devagar-

- Ainda não intendi- disse cínico-

Eu me viro sem paciência em sua direção.

- Eu quero a porcaria da sua ajuda. - ele ainda está sem camisa- Vá colocar uma blusa.

- E se eu não quiser. Vai me colocar de castigo?- disse se aproximando-

- Deixa pra lá. Não dá para conversar com você. - eu me viro em direção a porta -

- Agora que você veio, fala!- ele segura meu braço me afastando da porta-

- Ei, me solta. - digo tentando soltar me braço-

- Fala logo! - ele diz-

-Tá bom eu vou falar. - eu digo e ele solta o meu braço- Só coloca uma camisa.

- Por que? Você não consegue se controlar? - ele disse aproximando seu rosto do meu-

- Primeiro você não está na praia, segundo: Que nojo- eu digo empurrando ele-

- Nossa eu sou tão f**o assim?

- Você não é f**o.

- Hum...

- Só é chato, nojento, galinha e irritante.

- Eu não sou galinha.

- Claro que não. Só beijou a boca de metades das meninas do colégio e teve relações sexuais com dois terços delas. - eu digo a ele-

- Nossa. Me magoou

- E daí?

- Caraca. O que eu te fiz?

- Ordem cronológica ou alfabética?

- Tá bom. Qual era sua pergunta?- ele disse enquanto colocava uma blusa-

- Ah... sobre isso.... eu tenho uma amiga que quer conselhos sobre garotos e encontros... Então com os eu não conheço ninguém eu queria seus conselhos. Pronto falei.

- Isso é sério?!

- Não. Eu só praticamente invadi seu quarto e iniciei uma pequena discussão com você por que eu gosto de viver intensamente. - digo sarcástica- É claro que isso é sério.

- Você tem um encontro?!

- Não eu, minha amiga que tem. - eu digo cruzando os braços-

- Eu finjo que acredito.

- Acredite no que quiser, eu só quero os conselhos.

- Tá... eu te ajudo.

- Sério?! Obriga..

- Mas...

- Que d***a. O que você vai querer?

- Você..

- Eu?

- Vai ter que....

- Eu terei que fazer?

- Me ajudar nas provas do período.

- O que? Eu não vou te ajudar a culpa não é minha se você é burro.

- Nossa obrigado.

- Tô brincando. Eu te ajudo. Mas você ainda sim é burro. Depois eu volto para pegar os concelhos.

- Então tá. Mas agora eu sério. Quem te convidou para sair?- ele pergunta rindo-

- Aish. Tchau. - eu digo saindo do quarto-

Eu vou até o quarto de Arthur, vê se o mesmo ainda dorme. E sim, lá estava ele tranquilamente dormindo. Os olhinhos fechados e a barriguinha levantando e abaixando em um movimento sincronizado, que significava a calma respiração do pequeno.

Esse é o verdadeiro motivo de eu querer cuidar de crianças. Elas são como argila, pronta para ser moldada em um belo e resistente vaso de flores. Parece bobo, eu sei, mas é assim que eu me sinto.

Eu saio do quarto dele e ando pelo corredor até as escadas. Depois eu vou em direção ao jardim.

- Então? Falou com ele? O que ele disse?

- Primeiramente: calma. Ele disse que vai dar os concelhos. Mas tem um problema. Ele tá achando que os concelhos são para mim.

- Por que você não falou que fui eu que pedi?

- Eu achei que se ele soubesse que a irmãzinha dele quer concelhos com garotos o que você acha que ele iria fazer? - eu digo-

- Verdade... Então tá.

- Depois ele me fala os concelhos. E sobre a sua roupa eu tenho alguém que pode te ajudar.

- Quem?

- Eu tenho uma amiga que entende bastante do assunto.

- Então tá.

- E como você vai pedir permissão? -pergunto-

- Hum?- ela me olha sem entender-

- Você precisa de permissão para sair. - digo-

- Eu dou um jeito. - ela diz com um olhar estranho-

- Você está brincando, né?

- Não. Por que?- ela pergunta-

- Você me fez conversar com uma das pessoas que eu mais detesto no mundo. Você vai agora falar com o seu irmão. Agora. - digo-

- Fala sério Bianca. - ele resmunga-

- Agora. E vá chamar seus irmãos para entra

- Aish, tá bom.

Eu volto para a mansão. E Lucas estava assistindo TV.

- E aí. Vai falar com quem você vai sair?- ele pergunta-

- Não me enche. - digo brava-

- Que tal você começar a pagar adiantado?- ele pergunta-

- Do que você está falando?-pergunto com a testa franzida-

- Você tem que me ajudar a estudar. É justo começar a partir de agora.

- Você que ajuda para estudar e não para fazer o dever de casa. Até seus irmãos fazem o dever sozinhos. Você deveria se envergonhar.- digo-

- Você é muito sem graça. - as crianças entram-

- Do que vocês estão falando- diz Mel com os cabelos bagunçadinhos-

- A Bianca decidiu ajudar todo mundo no dever de casa hoje. - Lucas fala-

- Eu o que?!- eu o encaro-

- Sério? - Erick fala- Eu estou precisando de ajuda em História.

- Eu também quelo quero sua ajuda- Mel fala manhosa-

- Eu sou uma negação em matemática- Camilla fala-

- Que bom. Agora subam e pedem seus materiais que a Bianca vai ajudar todos. - Lucas fala e os três sobem correndo-

- E-eu não acredito que você fez isso. - eu falo sem entender a situação-

- Cada um joga com as cartas que tem. - ele fala rindo e se levantando do sofá. -

- Eu vou te m***r. Por que eu?

- Sim você é nerd pode muito bem ajudar.

- Eu estava pretendendo sair cedo daqui. - digo-

- Para encontrar seu namorado? - ele diz-

- Ha ha ha. Eu ia encontrar alguém. Você pode não acreditar mas eu tenho vida social.

- Ata. Eu vou pegar meu material. Não é todo dia que tenho uma professora particular dentro de casa.

- Comediante você, hein.

-Eu sei que você me ama. - ele diz da escada-

- Claro. Tanto amor que da v*****e de vomitar só de olhar para você.

- Revoltada ela. - ele diz me irritando -

- i****a.

Depois eu fico esperando eles descerem.

- Tá. Todos que estão aqui. Eu só vou conseguir sair quando todos vocês terminarem. Então se puderem cooperar

- O que é isso? - Mel pergunta-

- Coopera significa ajudar- eu a respondo.-

Eu os ajudo. Sem perceber já estava tarde e eu estava lá ajudando Lucas e Camilla. Neste tempo o Arthur já tinha acordado, tomou banho, comeu e dormiu novamente.

- Acabei- Camilla fala se levantando-

- Que bom. E você Lucas? - eu digo já cansada. -

- Estou quase lá.

- Eu estou indo dormir. Tchau Bia.

- Tchau Camilla.

Eu bocejo.

- Você pode ir em bora se quiser- Lucas diz escrevendo algo no caderno.

- Eu só vou quando terminar tudo aqui.

Pov. Lucas

- Você é teimosa, hein- eu digo já esperando um fora ou algo do tipo mas não ouvi nada- ficou sem respostas? - eu me viro para ela, a mesma estava dormindo-

Bianca? - Eu cutuco seu rosto- Parece que ela dormiu mesmo.

Eu me aproximo em silêncio para olhar seu rosto, respiração lenta e controlada... olhos fechados... lábios entreabertos...

- Bia. - Mel falou alto da escada e eu levo um susto e a Bianca acorda, logo me afasto dela-

- Mel? - ela pergunta esfregando os olhos-

- Eu não consigo dumi - a pequena diz da escada. -

- Eu estou indo lá.

- Ei é melhor você ir embora. Já são onze horas.- digo a ela-

- Eu só vou colocá-la para dormir e depois eu vou. E você pode terminando a conta. - ela me fala e depois sobe para o quarto da Mel.

Essa garota é doida. Parece que gosta de sofrer.

Eu já tinha terminado todo o dever e só estava implicando com ela. Eu vou até meu quarto guardar meus matérias. Quando eu estava voltando para sala eu decido passar no quarto da Mel.

A Bianca estava deitada ao lado da pequena, elas já estavam dormindo. Eu me aproximo e puxo uma mexa de cabelo dela.

- Ai! Você está doido? - ela coloca a mão na cabeça- Ai.

- Ela já dormiu. - eu digo me referindo a Mel. -

- Tá. Obrigado.

Ela se levanta, da um beijo na cabeça da Mel e depois sai do quarto

- Você já terminou os cálculos. - ela pergunta coçando os olhos-

- Vai embora logo.

- Tá. Eu vou da um beijo nos seus irmãos e já estou indo.

Assim como ela disse ela fez. Foi em cada quarto e deu um beijo na testa de cada um.

- Tchau eu estou indo.

- Desculpe por ter que te fazer explicar matéria minha e dos meus irmãos. Eu acho que eu exagerei.

- Tá. Tanto faz. Eu tô indo. - ela pega as coisa dela e sai. -

- Senhor? - Alfred diz do meu lado- O senhor não irá seguí-la? Já está tarde e ela está sozinha na rua... de noite...

- Ah. Que d***a. Até sem querer essa garota me causa problemas. - eu pego o meu casaco e vou atrás dela-

Ela estava andando lentamente pela rua iluminada pelo poste enquanto eu a sigo a distância.

Depois de um tempo a rua se torna mais escura e somente um beco, com um homem, provavelmente sob o efeito de algumas substâncias, estava iluminado. Ela sem perceber passa em frente ao local e esse homem a segura pelo braço.

- Tudo bem mocinha? - ele pergunta a puxando para perto dele.- O que você está fazendo sozinha nesta hora? Quer ajuda? Está perdida?- ela se soltar mas ele a puxava.-

- O que você pensa que está fazendo ? - eu digo segurando o outro braço dela e a puxo para mim.- Eu acho que terei que chamar a polícia. Um homem no meio do nada assediando minha namorada.

- N-namorada? - Bia sussurra-

- Acho que não será preciso, certo? - eu digo lançando um olhar mortal para o homem, que sai correndo.- Você está bem? - eu pergunto e ela assente de cabeça baixa. - Desculpa por ter obrigar a ficar até mais tarde. Agora vamos. - eu começo a puxa-la-

- Hum? Onde você está me levando? - enquanto eu a puxo-

- Você estava indo por aqui. Sua casa é mais para frente, certo? - eu digo parando de andar e me virando para ela.-

- Sim. Mas não precisa me levar eu consigo ir. Pode soltar meu pulso agora. - Ela fala e eu solto o seu pulso. -

- Tá. Se você vai querer do jeito mais difícil. -eu seguro a mão dela entrelaçando nossos dedos e voltando a andar-

- Ei! Me larga. - ela tenta soltar a mão, mas eu não deixo-

- Você agora é minha namorada por uma noite.

- Me solta. - ela diz fazendo bico-

- Eu não vou soltar. Esse bico na Mel é até fofo. Mas em você... fica mais fofo ainda. Vamos logo eu te ajudei. Você está me devendo essa. Além do mais. Eu estou sentindo frio e sua mão está quentinha. - eu digo olhando para ela-

- Você não vai desistir certo? - ela fala -

- Provavelmente.... Não.

- Então tá. Vamos. Mas depois vamos fingir que essa noite nunca aconteceu. - ela diz -

- Por mim tudo bem. Agora vamos.

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Continua...