Fugindo da realidade.

1038 Palavras
ALICIA NARRANDO. Os dias aqui nessa casa estava piores, a minha mãe pressionava o meu pai para me casar com alguém, a doença dela estava avançada e a pressão de me ver casando, construindo uma família, era grande demais. Eu já estava cansada de ver ela discutindo com o meu pai, hoje é quinta-feira, os remédios forte da minha mãe fizeram com que ela dormisse cedo. O meu pai aproveitou que a minha mãe dormiu e também foi deitar, tem sido cansativo para ele lidar com tudo isso que vem acontecendo. E eu estou aqui andando de um lado para o outro, insatisfeita com toda essa situação, me sentindo presa. — Eu preciso respirar. — Falo e me olho no espelho. Decido que vou sair para respirar, estou me sentindo sufocada. O difícil era como eu ia sair daqui mas, pelo menos eu preciso tentar. Jogo uma água no corpo, faço uma maquiagem marcante, batom vermelho e coloco um vestido apertado, solto os meus cabelos, salto e pego a minha bolsa. A casa está toda em silêncio, desço as escadas devagar e abro a porta. O motorista estava parado conversando com os seguranças da casa, quando me viu se aproximar do carro, ele veio até mim. — Eu não sabia que iríamos sair senhorita. — Sim vamos, tem uma boate na avenida principal, me leve por favor. — Desculpe senhorita Alicia, o seu pai não me informou nada, preciso que ele autorize. — Ele deve ter esquecido, você sabe ultimamente as coisas com a minha mãe não está fácil, hoje ela conseguiu dormir cedo e o papai está descansando, você não vai querer incomodá-lo não é mesmo? — Ele sabia como estava difícil para o meu pai. — Olha, espero que seja verdade, não quero problemas para a minha cabeça. — Fica tranquilo, não terá. — Respondo e entro no carro com um sorriso no rosto. É a primeira vez que eu frequento esse tipo de lugar, eu não sei nem como me comportar, só que eu preciso colocar essa energia para fora, preciso respirar outros ares. O carro parou na frente da boate, tinha bastante gente na entrada. — Eu saio em três horas, me espera tudo bem? — Tudo bem, qualquer coisa estarei do outro lado da rua. — Ele respondeu e eu abri a porta do carro para sair. Entrei na fila, aos poucos os seguranças da boate ia liberando a entrada das pessoas. Quando chegou na minha vez, ele me olhou da cabeça aos pés e perguntou: — Tem nome na lista? — Não. — É a primeira vez que você vem aqui não é? — Ele perguntou e eu apenas afirmei com a cabeça. Ele levantou a fita e eu passei. Entrei naquela boate, com aquele monte de luzes piscando, o som alto e o cheiro de bebida misturado com cigarro. Era a minha primeira vez naquele lugar, eu não sabia nem como me comportar. Me aproximei do bar, sentei em um banco que tinha lá e fiquei olhando as diversas opções de bebida. — Primeira vez aqui? — Um homem perguntou enquanto virava uma garrafa de whisky em um copo. — Sim, me vê uma água por favor. — Água? — Ele riu. — Não entendo de bebidas. — Posso te servir algo? Acho que você vai gostar. — Ele perguntou e afirmei que sim. Ele então começou a preparar, eu fiquei atenta a cada movimento dele, ele virou o líquido em uma taça grande e me entregou. — Obrigado. — Agradeço. Eu experimentei e realmente é muito bom. — Nossa, é muito bom. Fiquei ali sentada, vendo todo o movimento, já estava na terceira taça da bebida gostosa que aquele homem me serviu. A música alta, as luzes e a bebida estava me deixando alegre demais. — Allison, a de sempre por favor. — Ouço uma voz rouca atrás de mim. Um perfume exalou no ambiente, o tom daquela voz me arrepiou. Quando me virei, os meus olhos foram de encontro com o dele. — Boa noite. — Ele disse. — Oi. — Respondi. — Nunca te vi aqui, é a primeira vez? — Sim, é a primeira que venho e você vem sempre aqui? — Todos os dias, eu sou o dono. — Ele sorriu e bebeu um gole do whisky. — Interessante. — A propósito, muito prazer o meu nome é Caio. — Ele disse e estendeu a mão. — Prazer, Alícia. — Vamos lá pra cima, a visão do camarote é bem melhor. Eu olhei a parte de cima da boate, fiquei com um pouco de medo de subir mas, quem está na chuva é para se molhar. Quando levantei do banco, me senti um pouco tonta e acabei me segurando nele. — Opa, parece que alguém bebeu demais. — Ele brincou. — Só três taças. — Allison, me vê uma água por favor. O rapaz entregou a garrafa de água e o Caio abriu. — Toma, você vai se sentir melhor. — Ele disse e me entregou. Com a mão na minha cintura, ele me guiou até o camarote e eu fiquei ali em pé apoiada na grade vendo o movimento. No espaço que ele me levou, tinha poucas pessoas ali. O embalo da música, as luzes e o álcool que percorria dentro de mim me fez fechar os olhos e entrar no ritmo da música. Ali, naquele momento eu me senti livre, eu pude esquecer tudo o que aconteceu e tudo o que poderia esquecer. Senti duas mãos passando pela minha cintura, só pelo cheiro eu sabia quem era. O meu corpo encostado no corpo dele, o rosto dele no meu pescoço e tudo o que eu queria era estar ali, exatamente naquele lugar, sendo desejada por algum homem e não sendo uma moeda de troca. — O seu cheiro está me deixando louco... — Ele sussurrou no meu ouvido. Eita, quem será esse Caio? E esse clima entre eles? Vocês já me seguem no i********:? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤
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