Capítulo 2

974 Palavras
– Nuvens, esta carta simboliza sensação de perigo, pressentindo tempestades que irão se formar em sua vida... Valentina ficou tensa, mas queria saber mais. Escolheu outra carta logo em seguida. – O caixão, morte de algo ou alguém muito importante para você... – Já chega vó, tantas coisas ruins....eu renego esse destino! – Diz ela nervosa. – Não faça isso...bem ou m*l. Precisa saber de tudo, as cartas são um oráculo e precisa confiar nelas. Valentina tentou se acalmar para terminar a leitura mesmo depois de ouvir tantas coisas ruins se aproximarem de sua vida. Ela escolheu sua última carta. – O cigano, isso significa que um homem chegará em sua vida Valentina. – Certamente Salazar! – Diz ela. – Não...Salazar já está nela. A carta se refere a alguém que vem de fora! – Carmem e Valentina ficam intrigadas. A jovem ficou pensando em tudo aquilo que as cartas previram de se futuro. Mas o casamento com Salazar estava mais forte em sua mente, não queria se unir a ele não sentia amor ou vontade de se tornar dele para sempre. Amanhece e Valentina resolve então conversar com o pai. – Papai. – Diga princesa! – Preciso lhe falar seriamente sobre Salazar. – Sim temos mesmo que acertar o casamento de vocês e todos os detalhes da festa. – Responde ele, bem convicto do que fazia. – É justamente sobre isso...papai, sabe que jamais te desobedeci em toda minha vida. – Sim...sempre foi meu maior orgulho. A filha que qualquer pai gostaria de ter. – Obrigada por sempre me amar tanto...minha mãe sempre fez tanta falta a nós dois. Mas o senhor nunca deixou que me faltasse carinho e amor e eu vou ser sempre grata por tudo o que fez e faz por mim! – Filha não tem que me agradecer...você é minha vida! – Eu preciso dizer pai...Salazar é um bom homem, mas não quero me unir a ele. – Desde criança prometi a família dele que você seria sua esposa eu dei minha palavra filha. – Me perdoe por isso, mas não nos condene a sermos infelizes. – Ela sabia que nunca poderiam ser de verdade um do outro. – E como sabe que ele não pode te fazer feliz? – Donato levanta a voz. – Eu sei...por que não o amo. – Mas pode vir a amar um dia! – Se fizer isso papai...se me forçar a casar com ele eu vou morrer de tristeza! – Ela diz enquanto as lágrimas lavam seu olhar. – Por Deus Valentina, não me deixe nessa situação constrangedora com ele e sua família. – Donato limpa a lágrima no rosto de sua filha. – Eu falo com ele pai, vou explicar tudo e ele vai entender. – Está bem...fale com ele. Irá partir o coração desse rapaz que te ama tanto filha! – Me dói fazer isso, mas é melhor para nós dois e muito obrigada papai por ser tão bondoso! Onde estiver sei que minha mãe se orgulha de você. – Ela se orgulha de você também princesa. – Os dois se abraçam. Valentina Talvez Salazar me odeie no momento em que eu desfizer nosso compromisso, mas um dia ele vai entender que o que estou fazendo é para o nosso bem. Que tipo de vida eu poderia dar a ele, sem amor e vontade de estar em seus braços? ... Valentina foi até a cidade para suas aulas, saiu mais cedo naquele dia. Sofia era uma colega de curso e naquela noite elas iriam dar uma volta em um parque havia chegado na cidade...ela se arrumou bem linda e as duas foram de carro com o irmão da amiga. Valentina se divertia feito criança, passearam em todos os brinquedos. Comia um algodão doce enquanto Sofia paquerava um rapaz. – Oi moça está sozinha? Valentina se vira para descobrir de quem era aquela voz máscula e sexy, era um jovem muito bonito de olhos verdes. Valentina Os olhos daquele homem percorreram dos meus pés até a cabeça, me senti constrangida. Nunca tinha visto um rapaz assim tão bonito e certamente deve ser de fora da cidade, pois eu certamente me lembraria se já o tivesse visto alguma vez em minha vida. – Boa noite, estou...quer dizer estava com uma amiga. – Me chamo Bernardo e você? – Ele estica a mão gentilmente para cumprimentar a moça. – Me chamo Valentina. – Valentina, que nome lindo. Tão lindo quanto a dona dele! Aquele jovem é tão galanteador que eu fiquei encantada com o sorriso dele...com cada detalhe e a sua forma de me olhar como se não houvessem mais pessoas ao nosso redor. – Posso te acompanhar enquanto sua amiga não volta, Valentina? – Pode sim. Começamos a caminhar juntos e curtir aquele passeio olhando crianças correrem ao nosso redor. – Você usa roupas diferentes e coloridas. – Ele disse me olhando novamente, corei e fiquei com medo de dizer a verdade. Algumas pessoas não gostam do nosso povo e nos julgam como criminosos e até pessoas ruins. – Eu me visto assim, por que sou cigana. Vou entender se não quiser mais caminhar comigo! – Quem disse isso a você Valentina? É uma honra estar junto de você, veja como todos os homens olham para cá...certamente sentindo inveja por que eu estou ao seu lado. Sorri timidamente. – E você e daqui Bernardo? – Sou de Hidalgo, mas estou tentando me estabelecer aqui, para isso, preciso conhecer melhor as pessoas e fazer amigos. O irmão de Sofia chama as duas para irem embora pois já era tarde. – Eu posso te ver em frente a faculdade amanhã Valentina? – Pode sim! – Bernardo dá um selinho na moça antes de ir. Valentina chega no acampamento e parecia estar nas nuvens ainda com aquele rapaz. Tirou as sandálias e se sentou pensando nele.
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