tudo se encaminhando

1092 Palavras
Na sala Madeleine sentou ao lado de Cristina e puxou assunto. — como se sente? — não sei. — sei que tudo é muito complicado, mas aqui está segura, jayson é um bom homem. — você é parente dele? — não, sou amiga e governanta dessa casa. — não entendo, por que ele quer me ajudar? — a irmã gêmea dele era minha amiga, eu tinha dez anos e ela quinze, mas um dia ela foi vendida para um mafioso italiano e ele não pôde fazer nada pois ainda era apenas um adolescente, anos depois o mesmo estava para acontecer comigo, mas ele conseguiu impedir. — mas e a irmã dele, ela está bem? Ele disse que as garotas que passam por isso não tem um bom destino. — a verdade é que não sabemos o que aconteceu com a Marina o mais provável é que esteja morta, mas como já lhe disse não tem com que se preocupar, está segura, vou cuidar de todas as suas necessidades, mas precisa colaborar com a gente. — das pouca, essa é a melhor opção que tenho, ainda não acredito que meu pai me fez isso. — acho que nem todo homem nasceu para ser pai, você precisa de um banho e descansar, vou te emprestar um roupa, vai ficar um pouco grande mas serve por enquanto. Madeleine a guiou até um quarto em seguida lhe trouxe uma roupa, depois de um banho Cristina se vestiu e deitou. Já era noite quando ela acordou com alguém batendo na porta. — sou eu, Madeleine, trouxe seu jantar. — entra — disse Cristina sem muito ânimo. — tudo bem? — sim — Madeleine colocou a bandeja sob o colo dela e sentou a seu lado na cama. — andei pesquisando e encontrei um ótimo colégio para você estudar. — não posso continuar em meu antigo colégio? — o melhor é que fique distante de tudo. — entendo. — colégio Cecília pasqualle, Jayson conhece o diretor de lá. — pera, esse colégio é particular. — sim, um dos melhores da cidade, agora come, amanhã vamos sair pra comprar algumas roupas. — tá. No dia seguinte Madeleine emprestou outra roupa a Cristina, esse havia caído um pouco melhor, era um vestido preto soltinho que não ficou tão grande em seu corpo magro. — essa loja é ótima. — e parece bem cara também. — não se preocupe, jayson que vai bancar tudo. — por que? — em primeiro, ele quer te ajudar, em segundo, ele tem mais dinheiro do que poderia gastar em toda sua vida, alguns milhões para ele é troco de pão — disse Madeleine piscando o olho para ela. — você disse que é amiga dele, então por que ele te faz trabalhar como governanta na casa se é tão rico assim? — ele não me faz trabalhar, na verdade ele nem queria que eu trabalhasse, mas esse é meu jeito de agradecer tudo que ele fez por mim e também é uma ocupação, não gosto de ficar sem nada para fazer, agora vamos as compras. Depois de escolher várias roupas e calçados, estavam na parte de peças íntimas, Cristina havia escolhido várias calcinhas, mas queria umas dicas sobre uma coisa e estava com vergonha de falar. — escuta, como faz para... é, eu queria. — pode falar. — eu queria algo para aumentar ...— disse ela discretamente tocando os s***s — bom, não tem muito o que aumentar, não tenho quase nada. — você ainda é jovem, vai crescer. — não sei, as garotas da minha escola tem muito mais que eu, até às mais novas, eu sou muito magra. — você é linda, não se compare com ninguém, cada garota no seu tempo, mas se isso te incomoda podemos dar um jeitinho, olha só esse sutiã aqui, tem enchimento e parece muito confortável. — obrigada. De volta a casa de Jayson, Cristina tratou de guardar tudo que havia comprado em seguida foi em direção a sala onde o viu xingando seu notebook, ela o olhou assustada e ele percebeu sua presença ali. — algum problema? — ela perguntou receosa. — meu notebook, sumiu tudo que havia aqui, que inferno, eu precisa das coisas que estavam nele. — é...posso ver, eu concertava celulares e computadores do pessoal da minha rua pra ganhar um trocado — ele ficou receoso, mas o que uma garota de treze anos faria se encontrasse as informações que haviam ali? Nada. — ok — ela sentou no sofá, colocou o notebook sob seu colo e o reiniciou, nos registros ela começou a buscar o motivo de tudo ali ter sumido e logo descobriu. — apenas desconfigurou o notebook, fez backup? — sempre faço, mas não consegui encontrá-lo de forma alguma. — primeiro tem que reconfigurar — ela refez as configurações do notebook em seguida abriu uma tela para a busca de backup. — coloca seu e-mail e sua senha. — ok — ele colocou em seguida ela fez a confirmação e novamente tudo estava lá. — prontinho, agora é só checar se está tudo aí — ela colocou o notebook sob o colo dele que logo tratou de checar se estava tudo ali e sim, estava exatamente tudo. — onde aprendeu essas coisas? — um amigo do meu pai que sempre ia lá em casa jogar baralho me ensinou muitas coisas, ele sempre estava drogado e me chamava pelo nome da filha dele — ela disse o deixando perplexo. — aquilo não era ambiente para uma criança. — eu vou para o quarto — ela saiu e logo Madeleine chegou. — estavam conversando? — ela concertou o notebook que desde cedo eu quebro a cabeça inutilmente na tentativa de arrumar. — sério? — sim, ela disse que concertava aparelhos dos vizinhos para ganhar uns trocados, acho que ela bancava a casa com isso, aquilo era um pardieiro, caindo aos pedaços e sujo. — coitada, resolveu a questão da guarda? — está tudo encaminhado, subornei o juiz, ele disse que logo me entregará os papéis confirmando a guarda, falei com Marcos diretor do colégio, próxima semana ela já pode começar, compre pra ela o que achar de mais tecnológico, celular, computador, tablet, ao que parece ela tem talento para lidar com tecnologia, isso pode me ser muito útil. — não está pensando em a incluir na máfia né? — não, mas como concertou meu notebook pode concertar outros aparelhos meus, sabe que não posso me dar ao luxo de descartar tais coisas ou levar para que qualquer um concerte. — entendo.
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