Pré-visualização gratuita Capítulo 01 Hades
Hades Narrando
O vento cortava o meu corpo, enquanto caminhava pela margem do porto, meus passos pesados ecoando no concreto úmido. As luzes da cidade piscavam longe, mas o cheiro salgado do mar, misturado a porrä do fedor de peixe podre e óleo de motor, era o que dominava o lugar. O sol já havia sido posto há horas, mas o clima quente e úmido da noite no Rio de Janeiro não dava trégua. Era uma terra de homens endurecidos, e eu sabia que o legado e nem eu não perdoava fraquezas.
Acompanhado por Gula, Dan e Túlio, nós avançamos entre os contêineres empilhados, o cenário de um comércio sujo e implacável. A noite era nossa aliada fiel, e, como sempre, nós quatro estávamos em busca de mais um trabalho, mais uma missão que nos faria sobreviver mais um dia no império que eu havia herdado do avô.
Gula, um dos mano me olhou com uma mistura de respeito e temor. Seu estômago roncava, e seus olhos estavam mais fixados na ideia de um bom prato quente do que na missão em si.
— Isso não é tua barriga não né, caraï? – Pergunto olhando pra ele.
Gula — Tá tenso, chefe. — Gula disse, com a voz abafada pela fumaça do cigarro que ele segurava. — Esse negócio de procurar coisa no porto é sempre um jogo de paciência. Tu acha que vamos achar algo de bom por aqui? – Ele fala tentando fugir da pergunta que eu fiz e o Dan, o mais calado e com uma expressão sombria, olhou para Gula com uma sobrancelha erguida, como se pedisse silêncio.
— Pra sair com tu agora tem que andar com a porrä de uma quentinha? Tô vendo que Fabiana te estragou. – Ele me mostrou o dedo do meio e eu balanço a cabeça negandö e seguimos.
Eles sabiam que eu não gostava de conversas desnecessárias. Túlio, o mais novo do grupo, se afastava um pouco, tentando se manter neutro sem mostrar muito da sua insegurança. Todos sabiam que a nossa busca não era sobre encontrar algo qualquer. A missão tinha um objetivo mais sombrio, algo que eu não podia falar abertamente.
Eu parei de repente, meu olhar fixo nos contêineres à frente, os músculos tensos. Eu não falava muito, mas todos sabiam que, quando o Imperador das Trevas se calava, a tensão aumentava. Eu podia sentir o cheiro da mentira no ar, como um lobo farejando a presa.
— Calem a boca. — Eu disse, com a voz grave, arrastada. Meu tom parecia uma ameaça, mas ninguém ousou me contestar. — Esse porto não é só para mercadoria. Tem algo mais aqui. Algo sujo. E quem tentar fazer algo contra nós, vai morrer, simples assim. – Eu avanço para o lado de um dos contêineres, meus olhos escaneando cada canto como se pudesse ver através das paredes de metal.
Gula, Dan e Túlio o seguiam, tentando não ficar para trás, mas sempre mantenho uma distância respeitosa. Eles conheciam a regra: Eu não gostava de ser tocado ou abordado por qualquer um.
TL — Aqui! — Túlio gritou, quebrando o silêncio. Ele estava com a mão no pescoço de um homem caído, visivelmente abatido e ensanguentado.
Eu me aproximo, observando a cena com um sorriso de revolta no rosto. O sangue das vítimas pareciam se misturar com a água da chuva que começava a cair. Não havia surpresa em meu olhar. O porto era um lugar de morte, e eu já estava acostumado com os ecos dessa realidade.
— Isso é bom... — Eu murmurei ,me agachando ao lado do homem. Eu segurei o rosto do caído com uma mão firme, analisando a expressão dele. — Esse aí tentou fugir, não é? Fez algo errado, mas não é quem procuramos. Vai morrer mesmo assim. Coloco o silenciador dando tiro de misericórdia.
Eu me levantei com a mesma calma e frieza, olhando para os outros.
— Continuemos. Nada de empolgação. Gula, procura daquele lado. Dan, Túlio, fiquem alertas. Não podemos vacilar.– Dei a ordem.
O jogo de gato e rato entre nós e os outros traficantes que dominavam o porto não era algo novo. No entanto, naquele momento, algo estava no ar. Eu sentia que o destino estava se aproximando mais rápido do que eu imaginava.
Horas se passaram. O grupo percorreu o porto, encontrando apenas corpos, rastros de algo maior e mais violento. Nada de novo. Eu estava começando a perder a paciência, meu olhar se tornando ainda mais duro, mais impiedoso.
Dan — Nada... — Dan disse, estendendo as mãos. — Nenhuma pista.
— Continue procurando, caralhö! — Rosnei, sentindo a raiva dominando momentaneamente minha voz. Eu sabia que o tempo estava se esgotando e que aquele lugar poderia ser uma armadilha para quem não soubesse jogar.
Paramos diante de um último contêiner, mais isolado, mais sombrio. Eu olhei para os outros com apenas um sinal com a cabeça. Eu sabia que estava perto. Algo estava prestes a acontecer.
Meu nome é Mateo, vulgo Imperador das Trevas, sou cria do Morro do Tuiuti, o Caçula, entre três irmãos. Herdei o legado do meu avô, o grande Imperador. Tenho 28 anos, 1,99 m de altura, corpo coberto por tatuagens. Filho do grande e temido Master, e da princesa do Tuiuti a Barbie. Somos três herdeiros legítimos do Tuiuti, eu tô à frente do Morro, Sofia na frente do comando, Samira está à frente dos negócios na Itália.
Geral deve tá perguntando o que eu tô fazendo no meio desses contêiner, né? Mas deixa eu te falar... faz uns cinco anos que o grande Hades, o Imperador, foi dado como morto. Só que eu nunca comprei essa ideia. Tá ligado? Não abracei a versão oficial. Desde então, tô na busca. Procurei por ele aqui no Rio, fora do Rio, onde quer que fosse.
Papo reto, assim como o Sol nasce todo dia e se despede todo fim de tarde, eu boto fé que ele tá vivo. Não tem caô, irmão, esperança aqui não morre. Se eu tiver que gastar a vida inteira nessa missão, eu vou gastar. Não aceito o "não" como resposta, porque Hades não é qualquer um. Ele é cria do morro, e cria não desaparece assim, sem deixar rastro.
Temos mais quatro herdeiros do Tuiuti. Só que, presta atenção: três deles ainda tão no Tuiuti. Vou desenrolar pra você entender. Fora o meu coroa, o grande Master, o grande Imperador meteu logo trigêmeos , pra dentro da Imperatriz – Helena, Heloísa e Júnior.
Luan, vulgo Marrento, é cria do Tio Júnior. Murilo, o Tralha, é filho da Tia Helena. Aí vem a Marcela, filha da Tia Heloísa. E olha só a fita: a Marcela não é só herdeira do Tuiuti, ela também carrega o sangue do Morro da Mangueira, porque o pai dela é herdeiro de lá. Hoje, casada com o Mangalarga, sub do Morro da Providência, ela mete banca de patroa na área.
Por último, mas não menos importante, tem o Benjamin, vulgo Buchecha. O moleque é brabo no ramo da tecnologia, neto do Tio Matheus, vulgo Pastor, irmão da Grande Imperatriz. Pegou a visão? Se não pegou agora, fica suave. Mais pra frente, cada um vai lançar o papo e dar a visão completa pra vocês.
Mas não esquece, cria. No mundo dos herdeiros, cada passo é calculado, e eu, o Hades Imperador das Trevas, só observo, sempre à sombra, onde ninguém ousa me encarar.
Sigo comandando o Morro a punho firme, do meu jeito frio e sombrio, mas sem desmerecer o trabalho de ninguém. Sou um cara que sorrio pra poucos. Sem sorriso, sem palavras. Cara fechada. Todo mundo anda comigo, mas só alguns sabem quem realmente sou. Sempre fui fechado, mas com uma porrä de uma rasteira que a vida me deu me tornei esse cara frio tô fazendo valeu meu vulgo "Imperador das trevas".
Eu me virei e fui o primeiro a empurrar a porta do contêiner. A temperatura dentro era ainda mais abafada, e o cheiro de podridão era insuportável. Mas nada disso me afetou. Eu sou o Imperador das Trevas. Nada me assustava.
Dentro, havia apenas silêncio e sombras. Eu dei mais alguns passos, meus olhos se ajustando à escuridão. De repente, eu me virou para os outros.
— Todos mortos, que porrä tá acontecendo aqui? – Falo passando o pé por cima de um cara que quase caiu sobre mim quando a porta se rompeu.
Por fim, depois de horas de procura, nos rendemos ao fato de que a missão foi um fracasso. No caminho de volta, eu estava irritado, mas mantive minha compostura. A raiva já não me dominava mais; eu já havia me tornado um mestre em dominar as minhas emoções. A noite ainda é jovem, mas eu já sentia o desgaste físico e emocional da busca.
Chegando em minha sala, me sentei atrás da mesa, a luz suave das lâmpadas iluminando minha figura imponente. Pego um baseado e coloco na boca, acendendo com calma, enquanto um balão subia com a fumaça que se espalhava pelo ar. O mundo parecia tá distorcendo à medida que eu me permito relaxar, mesmo que por um breve momento.
O cheiro da maconha se misturava com o peso do ambiente, eu sei que a noite ainda não tá nem perto do fim. E, de repente, o som de batidas na porta interrompeu o silêncio.
Toc, toc, toc...
— Entra – Eu nem me mexi, apenas levantei um pouco a voz, e mandei para a pessoa entrar.
A porta se abriu lentamente, e a ruiva, com a postura de quem sabia exatamente o que queria, entrou. Ela fechou a porta com força e, sem hesitar, abriu o zíper de seu vestido, ficando ali, sem nada à sua frente.
Eu a observei com meus olhos sombrios, meu corpo ainda firme e contraído , mas minha mente já se preparando para o que viria a seguir.
— Tu não veio aqui para ficar parada aí. Então vem ajoelha e faz teu serviço. – Ela tenta passar a mão no meu peitö eu dou um tapa fazendo ela afastar, abro meu zíper tirando o meu paü para fora.
Ruiva – Nossa gostoso,se tu soubesse o quanto eu queria ter um carinho teu? – Eu sorrio jogando a cabeça para trás.
— Tu não é paga pra receber carinho porrä, Tu é paga pra chupär minha rola então vem, carälho. – gritei, ela se ajoelhou colocando o cabelo para trás.
Ela tenta manter o contato visual comigo, mas há algo no ar que se torna denso, quase sufocante. Sinto a minha mão queimar contra o rosto dela.
— É sem frescura porrä....
Um calor que parece consumir, enquanto ela se ajeita. Com um gesto lento e cheio de determinação, leva meu paü à boca, como se fosse uma força inevitável, como se já soubesse que não há volta.
— Isso porrä, isso carälho, É disso que eu tô falando, tu me entende direitinho quando tá de boca fechada, na verdade de boca cheia. – Enquanto falo ela aumenta a mamada.
A fumaça subia pelo ar, misturando-se com o cheiro do suor e do desejo que preenchia a sala. A ruiva ainda estava ali, se dedicando ao "trabalho" que ela mesma havia decidido assumir. Eu a segurava firme pelo cabelo, conduzindo cada movimento com a precisão de quem sabe que o controle nunca pode escapar das mãos. Mas, enquanto o corpo dela estava ali, meu pensamento já havia partido.
A noite no porto ainda martelava na minha cabeça. O fracasso daquela missão, a ausência de respostas, o sangue espalhado como uma assinatura de algo muito maior do que nós, não me deixavam em paz. Algo estava errado. E no meu mundo, erros significavam uma coisa só: alguém tinha que pagar.
— Levanta. — Minha voz saiu seca, cortante como um punhal.
A ruiva obedeceu, os olhos ainda cheios de luxúria, mas também com um resquício de medo. Eu ajeitei as calças, puxei meu zíper e acendi outro baseado, olhando para ela sem dizer mais nada.
— Sai. — Foi tudo que eu disse. Ela hesitou por um segundo, como se esperasse mais alguma coisa. Um gesto, uma palavra, qualquer coisa que quebrasse o gelo no ar. Mas não teve nada. Ela vestiu o que pôde e saiu em silêncio, deixando a porta se fechar atrás dela......
IMPERADOR DAS TREVAS - O Legado continua.
Venham embarcar comigo nessa obra , onde o surto e garantindo e o amor sempre vence . Então adicione na biblioteca e vamos saber como será o desenrolar dessa históriä onde envolve um coração ferido, esse terá uma pegada de romance dark, e muita guerra, tanto física como interna..... Atualização Aparti do dia 02/01 marquem essa data na sua agenda.... comentem aí o que acharam desse primeiro capítulo.... Boa leitura, amo vocês 😘😘
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