Capitulo 06

850 Palavras
Acordo com um solavanco, só então percebo onde estou deitada e um rubor sobe as minhas bochechas, eu estava com a cabeça apoiada nas coxas de Nicolas, e devo dizer que coxas... Rapidamente afasto estes pensamentos e me levanto rapidamente só então noto que Nicolas está dormindo com a cabeça encostada no banco e pelo que estou vendo, ele teria um belo torcicolo. - É melhor acorda-lo meu amor, já vamos chegar. Diz minha mãe. Gentilmente coloco a mão em seu ombro e o chamo. - Nicolas, Nicolas acorde, já vamos chegar. Lentamente vejo duas esferas azuis se revelarem e me encararem abertamente, seus cabelos bagunçados o tornavam ainda mais atraente, se é que isso é possível. Sinto o carro parar de se mover e então finalmente desvio o olhar. Descendo do carro olho para a casa a minha frente e fiquei encantada mais uma vez com o estilo rústico mas ao mesmo tempo atual, uma casa de dois andares como aquela era exuberante. E sem querer lembro dos momentos felizes que Caio e eu vivemos, mas, eles somem rapidamente quando sinto uma mão enlaçar a minha entrelaçando nossos dedos. - Vamos? Chama Nicolas. Respiro fundo tomando coragem e por fim respondo. - Vamos. Entrámos na casa e o local estava completamente vazio então pergunto a minha mãe. - Mãe, onde estão todos? - A querida todos estão na cidade comemorando, mais tarde estarão de volta. Agora venham vou mostrar o quarto de vocês. Subimos ao segundo andar e andamos pelo corredor passando por portas e mais portas. Até que por fim, minha mãe para em frente a uma. - Este é o quarto de vocês, descansem, a viagem deve ter sido cansativa. Vou pedir para que preparem algo para vocês comerem e amanhã vocês cumprimentam a todos. - Tem razão, já passam das 21:00 horas, foram 7:00 horas de voo que infelizmente teve um atraso e mais uma hora de carro, estamos exaustos. - Melissa, mais uma coisa, já estava me esquecendo. Seu pai alugou um carro pra você, ele achou que você não aguentaria ficar todos os dias aqui na fazenda. Diz me entregando as chaves. Mentalmente agradeço meu pai por isso. Nicolas e eu nos despedimos da minha mãe e adentramos ao quarto. A decoração do quarto era toda em branco e marrom, os móveis de mogno eram lindos. Uma porta de vidro a esquerda a poucos passos da cama tinha uma varanda com vista para o jardim. A direita havia uma porta que levava ao banheiro, os móveis bem distribuídos davam a sensação de aconchego. Vou até minha mala posta ao lado da cama por Nicolas e começamos a desfazer as malas em silêncio. Colocamos todas as roupas e apetrechos no guarda-roupas e então por fim batem à porta. Me encaminho até ela e deixo entrar um empregado com um carrinho repleto de comida. - Eu não te vi no voo. Fiquei pensando que havia desistido. Começo enquanto comemos. - Tive um imprevisto, mas não desistiria. Responde calmamente. - Vim o voo inteiro bolando planos mirabolantes para me livrar deste casamento. Solto distraída mexendo na comida Ele sorri. - Aposto que funcionariam muito bem. - Todos falhariam e eu ficaria presa nessa furada. Ele solta uma gargalhada. E por um momento eu me perco com esse som, sorrindo feito boba, até que volto a mim e o ouço dizer. - Vou tomar um banho. - Ok. Nicolas abre o guarda-roupas tira algo de lá e se encaminha para o banheiro. Me jogo na cama imersa em pensamentos até que vou me preparar para o banho enquanto Nicolas não sai. Pego um pijama curto preto pois era o mais confortável e meus itens de higiene. O banheiro é desocupado e então entro, ligo o chuveiro e me deixo relaxar pela primeira vez no dia. Saio do banheiro receosa encontrando Nicolas sentado na cama sem camisa com a coberta puxada até pouco acima do quadril, as costas apoiada na cabeceira da cama com um livro nas mãos e.... Ele estava usado óculos! - Você usa óculos? Pergunto surpresa. Ele rapidamente desvia o olhar para mim, me olhando de cima a baixo. - Apenas para leitura. Diz dando de ombros. Me sento na cama ao seu lado e puxo a coberta, o frio já se mantinha forte. - Eu posso dormir no chão se quiser. Diz fechando o livro e tirando o óculos. Penso por alguns segundos no que ele propôs e o vento gelado me faz tomar uma decisão. - Pode ficar, está frio. - Tudo bem. Me levanto e vou até a porta da varanda a fechando e puxando um pouco as cortinas. Novamente deitada digo. - Isso vai ser difícil. - O que? Curiosidade domina sua voz. - Esse casamento, mentir para as pessoas. - Ele era seu noivo, agora é noivo da sua irmã é normal que se sinta abalada, você foi traída por ele. E quanto a mentira, fica tranquila vai dar tudo certo. Diz me trazendo confiança. - Eu já não sentia nada por ele, o que me doeu foi o fato da minha própria irmã ter feito isso comigo. - O que realmente aconteceu? - Não quero falar disso agora. - Tudo bem, fale quando se sentir confortável para isso. - Nós podemos ser amigos. - É, nós podemos. E dá um sorriso de lado. - Amigos então. Sorrio - Amigos. - Boa noite Nicolas. - Boa noite Melissa.
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