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1098 Palavras
Rod Narrando E aí galera tudo em cima? Cheguei para falar um tantinho e mim pra vocês. Como já sabem me chamo Rodrigo, mais conhecido como Rod e braço direito do Dih. Sou n***o, com algumas tatuagens, uso brincos, barbinha de cafajeste e cabelinho sempre na régua, tenho 1,85 de altura e um corpo bem malhado. Eu e o Dih nos conhecemos desde moleques, sempre moramos aqui no morro e sempre pensamos basicamente a mesma coisa, não entrar para o mundo do crime, tivemos vários exemplos para não querer entrar e infelizmente o destino quis que fosse assim e não podemos fazer nada a não ser aceitar e pedir a Deus que nos proteja. Eu perdi meus pais muito cedo, tinha 15 anos quando eles sofreram um acidente de carro e os dois morreram no local, meus pais só me tinham e não tem nenhum parente próximo. A partir desse momento pensei que estava só no mundo e foi aí que os pais do Dih me acolheram como um filho e daí em diante eu fui criado com eles, a Nina era pequena quando tudo aconteceu, ela cresceu me chamando de irmão e assim fomos criados, ela e a Louise são minhas princesas, sou padrinho da Louise, quando o meu mano Dih me convidou para ser o dindo dela eu fiquei super feliz e aceitei na hora. Sou formado em contabilidade, sempre quis ter meu escritório, adoro números, geralmente quem faz a contabilidade é o Dih, como ele tem muito mais demandas do que eu, eu sempre reviso a contabilidade e as contagens de armamentos e drogas para nada passar batido, também faço as distribuições dos pagamentos dos vapores e a distribuição das drogas paras a vendas diárias. Eu sou bem tranquilo em relação a ter fiel, eu tinha uma na faculdade, que quando ela descobriu que eu morava na favela ela mudou comigo, quando me apresentou aos pais e eles viram que eu sou n***o me rejeitaram na hora e ela, ela meteu foi o pé na b***a do otario aqui. Na faculdade sofremos bastante preconceito por morar onde moramos e ser negros, sempre foi nós por nós lá, até hoje não temos vínculo com ninguém da nossa turma, só com um mano de outra sala que fazia administração que hoje em dia é o gerente geral daqui o Ítalo, mais conhecido como Pingo. Desde esse ocorrido eu não assumi mais ninguém e quando eu quero relaxar vou pegar as Paty no asfalto, não quero ninguém daqui, tudo pé de briga e se acham melhor que os outros, só querem fama e status e isso comigo não rola, comigo tem que ser uma mina que fecha 10/10 comigo e eu com ela, sem perreco e nem nada. Quando eu vi que o Dih se interessou pela branquinha eu fiquei surpreso e feliz ao mesmo tempo, eu vi de perto o quanto ele sofreu, já tinha tido três perdas e depois de um tempo a Bella se foi e deixando nossa princesa. Ele merece ser feliz, merece um recomeço, não ligamos para cor, status, físico da pessoa, contanto que venha na pureza e seja uma pessoa leal a gente fecha 10/10 e defende até a morte. Eu moro com a mãe Nivia e a Nina, eu não consegui ficar onde eu morava com meus pais, a casa segue lá do mesmo jeito fechada, só dona Maria passa por lá pra limpar. Mas desde que meus pais faleceram e eu vim morar aqui eu não pisei mais la. As minhas princesas viajaram e a casa fica um silêncio só e eu não gosto muito, mas foi necessário para poder a mãe descansar um pouco, ela não para de trabalhar desde que o Pai faleceu e pega sempre vários plantões para está com a mente ocupada. Hoje seria dia de baile, mas como o Dih não gosta de fazer tudo em cima da hora e essa semana foi correria não vai ter não, mas amanhã tem pagode e hoje vou ficar de boa em casa mesmo. Estava num app de relacionamento e do nada me aparece uma loira gata pra c*****o, toda linda com os olhos claros, um sorriso lindo, caraca eu vou curtir vá que eu tenha a sorte que ela me curta também. E num é que ela já tinha me curtido e já chamei pra conversar né, ela estava on-line e o papo fluiu, ela é linda, engraçada e bem humilde pô. Trocamos números e vamos sempre está nos falando, Sabrina o nome dela. Sabadão chegou e hoje tem pagodinho, levantei cedo para fazer meu giro pela favela e a branquinha já me mandou mensagem perguntando se poderia trazer algumas coisas para a casa dela e eu autorizei, vai subir caminhão mas ela disse que é pouca coisa. Tomei meu banho e coloquei uma bermuda de pano mole preta e uma camiseta branca porque o calor tá demais, passei meu perfume e desodorante, coloquei meu kenner no pé e meu escapulário do pescoço, peguei minhas coisas e subi na minha R1 e fui dar meu giro antes de parar na padaria pra tomar café. Não vou nem chamar o Dih, pq ontem ele pegou direto lá na principal e deve tá cansado, já avisei que qualquer coisa é pra me acionar e ele só se chama no último caso. A branquinha passou e deixou as coisas dela e depois foi embora, a mina bem educada e na dela, muito linda também, espero que ela goste de morar aqui e se dê bem com a nossa comunidade. Tomei meu café e passei na principal pra ver como estavam as coisas, fiz os pagamentos dos menor e deixei já algumas coisas alinhadas pra mais tarde. Desci para o bar de dona Zélia que vai ter o pagode, já adiantei também os pagamentos das bandas e verifiquei se estava tudo ok. Partir pra casa pra descansar antes de descer novamente pro pagode, entrei no w******p e chamei a Sabrina pra ver se ela queria vir no pagode, não tinha dito ainda que eu morava na favela, mas ela topou na hora e perguntou como chegava. Não sei pq mas tô bem nervoso com a vinda dela, espero que ela não seja cheia de frescura e que nem as emocionadas venham de perreco que eu chamo rapidinho a Dani pra dar uma boas maneiradas nela. Subo tomo um banho porque tá muito calor e deito na cama só de cueca branca ligo o ar e fecho as janelas, vou descansar um pouco antes do pagode que eu acho que vai render.
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