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540 Palavras
— Você precisa dos remédios, eu vou até a porta pegar os remédios e volto para aplicação, mas não tem como mandar o rapaz embora sem que ele me entregue às medicações. Você entende isso? Maldita hora que não emendei meu plantão, podia ter ficado no hospital trabalhando e teria evitado encontrar esse homem no meu caminho que vai com certeza causar muitos problemas para mim. Esse homem é o próprio problema em pessoa, primeiro não percebi que estava armado se não tinha dado um jeito de sumir com essa arma e a munição dela. Segundo é que ele parece ser um bandido, mas ao mesmo tempo não parece ser, ele tem uma postura muito elegante até da forma de segurar a arma, deve ser um assassino de aluguel com certeza parece ter um controle além do normal, pois apesar de parecer nitidamente nervoso não perde a pose de assassino. Preciso sair daqui urgentemente a minha vida depende disso, esse homem parece que quer me dar um tiro e que vai fazer isso a qualquer momento, ele acaba permitindo que vá até a porta para pegar os remédios, mas continua com a arma apontada das minhas costas, o rapaz da farmácia sorri para mim mostrando os remédios, ele tenta entrar, mas impeço, não posso permitir que alguém morra por minha causa. — Paciente nervoso ai? Quer ajuda, doutora? — Não, é aquele tipo de paciente, você sabe, não é? Difícil de lidar... Entende, não é? Tentei falar em códigos com ele, mas infelizmente não entendeu, olhei para trás percebendo o nervosismo do homem que continuava com a arma apontada para mim, fiquei tão apreensiva que mandei o rapaz ir embora pegando as medicações. Não posso correr o risco de morrer por não ter conseguido ser clara com o enfermeiro. — Demorou demais, mulher! — Pode, por favor, parar de me chamar assim? Já está ficando chato, além do fato de não parar de apontar essa merda de arma em minha direção. Estava com os nervos à flor da pele, resolvo que não vou ficar a mercê desse louco desconhecido que infelizmente meu senso de salvadora da pátria me fez ajudar, coloco as mãos na cabeça totalmente atordoada, mas decidida a ir embora sem pensar muito. — Vou embora, preciso tomar um banho e descansar, pode ficar tranquilo, pois ninguém vai fazer nada contra você, pedirei para o outro médico que me ajudou na sua cirurgia avaliar você durante a noite. — Você não vai para lugar nenhum, vem aqui e se deite comigo assim vai descansar melhor, mulher, prometo que não vou fazer nada que não queira. Não acredito que depois de apontar uma arma na minha direção, esse homem que nem ao menos sei o nome está jogando charme em mim, só posso ter cometido vários pecados graves para passar por isso, não é possível. Seguro a correntinha de Sant’Ana, um presente da minha madrinha que está em meu pescoço para ter paciência com esse total desconhecido. — Estou bem nessa cadeira, já que você não vai me deixar ir embora. Agora descanse, precisa se recuperar assim vamos nos livrar um do outro mais rápido. — Não entendeu, mulher, você não vai se livrar de mim tão fácil assim.
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