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1267 Palavras
Olivia Narrando Entrei em contato com alguns conhecidos meus, eu queria chegar já com o alvará dela em mãos, não poderia sair dali sem ela, isso eu não admitiria. Cobrei alguns favores é claro, todo mundo tem r**o preso e esses juízes então nem se fala, aquele advogado e merda é a mesma coisa, quero nem saber, vou conversar com o tio Lobão não quero mais ele a frente de nada da nossa família e se o comando for muito esperto não ficaria com ele também não. Ananda - Está aqui minha filha, tudo que ela vai precisar, provavelmente ela não comeu nada, não deve ter aceitado nada do que eles ofereceram lá, coloquei um lanche pra ela, se precisar de mais coisas você me diz. - ela chega falando e me entregando uma sacola. Olivia - Não irá precisar de mais nada, ela dá pra sobreviver com isso aqui aquela cheia de luxo. - falo e ela rir carinhosamente pra mim passando a mão no meu rosto e dando um beijo na minha testa. Não quero dizer que há a possibilidade dela sair de lá ainda hoje, pra não criar expectativas por aqui. A Dinda sempre foi carinhosa com todo nós, mas eu como afilhada tive meus previlégios, todos pensavam que eu iria seguir a mesma carreira dela por eu ter sido tão grudada com ela, mas sangue não é comigo não. Falo com todos que estão ali, olho pra trás e vejo dois vapores que estavam já em cima de uma moto, entro no meu carro e dou partida saindo do morro com eles seguindo o meu carro. Ligo o gps que me leva direto pra delegacia, não é tão longe do morro e o trânsito está tranquilo, então não vou demorar pra chegar. Assim que paro o carro na frente da delegacia vejo poucos homens ali, estou pegando as coisas dela e as minhas quando recebo uma ligação do Juíz que o alvará já foi liberado e enviado para o meu e-mail e para o e-mail do delegado, foi até mais rápido do que eu imaginava, agradeço a ele mas lembro que se eu precisar eu irei aciona-lo novamente. Saio do carro e respiro fundo, hora de ver a Alicia depois de tantos anos longe e sem vê-la. Entro na delegacia e cumprimento os policiais que estão ali na frente, vou até o balcão aonde um se encontra e peço informações aonde o delegado se encontra e peço pra falar com ele pra poder ver a minha cliente mostrando o meu documento pra ele que verificou tudo e mandou eu seguir ele. Murilo - Hora de começar a falar irmãzinha, já te dei tempo demais pra pensar. - escuto ele falar assim que estou abrindo a porta da sala que eles estão. Olivia - Que isso senhor delegado, colhendo depoimento da minha cliente sem a presença da advogada dela, esse procedimento está correto? - falo assim que abro a porta e vejo a Alicia arregalar os olhos e mudar a sua postura na hora. Murilo - Quem te deu o direito de entrar assim sem ser convocada? - ele pergunta com os olhos brilhando em chamas e eu sorrio de lado. Olivia - O mesmo direito que você tem em interrogar a minha cliente sem a presença da advogada dela, me admira o senhor saber das leis e não segui-las. Prendeu a minha cliente sem provas concretas, a manteve sem contato com os seus familiares e advogados por mais de doze horas e o fato de que interrogar a minha cliente. - falo tudo de uma vez e ele bufa de raiva. Murilo - Então já que a ilustríssima chegou, posso finalmente começar o meu interrogatório? - ele fala e eu abro mais uma vez um sorriso de lado e me aproximo mais da Alicia que observava tudo em silêncio e que já passou o olho em mim de cima pra baixo várias vezes e tentou disfarçar quando eu olhava bem pra ela, ô mulher pra mexer com as minhas estruturas. Olivia - Ótimo, comece me chamando de Doutora, segundo, quero ver o mandato de prisão e as acusações concretas que você tem contra a minha cliente. - pergunto seria pra ele que chega a vacilar o olhar, ele não tem nada. Murilo - Ela é a chefe do tráfico de drogas do morro da Rocinha e no ato da prisão ela está com uma arma que foi entregue aos seus comparsas. - ele fala seguro de si e eu concordo. Olivia - Certo, existem provas da primeira acusação? Você sabe que minha cliente tem porte de armas legalizado e pode possuir qualquer uma que ela quiser e precisar? Deixa eu ir diretamente ao ponto Senhor delegado, o senhor foi prender a minha cliente sem provas, sem um mandato de prisão e ainda coagiu a mesma, ao contrário do senhor eu já vim pronta e se o senhor verificar o seu e-mail o alvará de soltura dela já está pronto e disponível no seu e-mail, então eu solicito imediatamente a liberação dela, sabendo que você não provas nenhuma para mantê-la aqui. - falo séria com ele que me olha com fúria. Ele estava a ponto de explodir ali e era isso que eu queria que acontecesse pra eu lascar um processo nele, mas ele sabe o que eu queria e por isso não se dignou a dizer mais nada, só acenou com a cabeça e saiu da sala batendo a porta e eu soltei a respiração que eu nem sabia que estava prendendo. Olivia - A sua mãe mandou pra você, tem um lanche também, você está bem ? Eles te machucaram? - pergunto de uma vez agora olhando bem pra ela, como ela está linda, mais do que sempre foi. Alicia - Estou bem, só cansada, eles não me machucaram não, você fez um bom vôo? - ela pergunta calmamente me analisando e eu concordo. Ficamos nos encarando por um bom tempo, muitas coisas a serem ditas e ao mesmo tempo sem poder serem ditas, é um conflito muito grande pra nós duas e eu sempre disse que o tempo curaria e mostraria muita coisa, mas não sei se é o nosso caso. Ali tinha um banheiro aonde ela se levantou de onde estava sentada e quebrou nossa conexão visual e foi se trocar. Mandei uma mensagem para o Gg avisando que estava tudo bem, mas não falei da liberdade dela, quero saber quais serão os próximos passos da dondoca, penso isso e sorriu de lado. Alicia - Pronto, será que já podemos ir? - ela sai do banheiro já com a roupa trocada, cabelo preso, e de rosto lavado sem maquiagem que fica mais linda ainda. Olivia - Esperar a boa vontade do seu querido irmão de vir te liberar, se ele demorar muito eu vou até a sala dele. - falo e ela concorda e não demora muito e um policial entra com uma papelada pra ela assinar que é de praxe. Após todo protocolo lá na delegacia, o Delegado não apareceu mais, resolvemos tudo com um policial. Saímos da delegacia e fomos em direção ao meu carro, ela cumprimentou de longe os vapores que estavam ali ainda nos aguardando e entramos no carro. Olivia - Vamos direto pra o morro ? - pergunto a ela assim que eu ligo o carro já colocando o cinto de segurança. Alicia - Vamos para o meu apartamento no Leblon, preciso descansar um pouco antes de voltar para o morro. - ela fala e eu concordo com a palavra Vamos ecoando na minha cabeça.
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