Não passou nem 10 minutos, o Luan parou o carro com tudo na minha frente. Abaixou o vidro e me encarou sério
L2: Entra. - mandou com a cara fechada, e eu já olhei pra ele no deboche.
Marina: Vou entrar p***a nenhum não, eu em. Tô esperando meu Uber. - menti, cruzando os braços.
Me levantei do banco e sai andando dali, e ele veio com o carro devagar ao meu lado me acompanhando. Sabia que ele estava puto, e se segurando pra não surtar de vez, mas eu sinceramente estava pouco me fodendo já.
L2: Entra nessa p***a agora, Marina! - gritou, parando com o carro. - Olha a hora que é, c*****o, tá pedindo mesmo pra ser assaltada ou até pior?
Respirei bem fundo, e entrei naquele carro batendo a porta com força. Ele me olhou serinho, mas nem disse nada, só acelerou saindo dali a milhão.
Cruzei meus braços e fiquei em silêncio o caminho todo até o PPG. Estava p**a e bolada pra c*****o com esse cara, queria arranhar o rosto dele todinho por me tratar daquele jeito.
Ele realmente esqueceu que eu não sou qualquer uma pra ele vir de ignorância? Olha, sinceramente...tô me cansando!
Quando ele parou o carro na frente de casa, eu desci do mesmo, batendo a porta com força outra vez.
Peguei a chave de casa e depois de abrir a porta, já fui entrando tirando minha roupa.
L2: Na moral, tu as vezes parece aquela criança de 15 anos que eu conheci. Tem cada atitude b***a. - negou com a cabeça, fechando a porta.
Marina: E você as vezes ainda parece aquele m***a que eu conheci, que me bateu, e que me obrigou a ser sua amante...
L2: E aquele que foi preso pra te ajudar também.
Marina: Da um tempo, inferno. - gritei, me estressando de vez.
Taquei meu sapato com tudo no chão, e ele me olhou negando com a cabeça.
Marina: Eu não aguento mais! - soquei o colchão.
Passei a mão em meus cabelos tentando me segurar ao máximo pra não surtar pra cima desse homem.
Marina: Eu tô cansada! Cansada!
L2: Qual foi? Tu...quer terminar? - olhei pra ele na hora, e vi ele engolindo em seco.
Marina: Não, eu só quero que você pare de ser assim comigo!
L2: Assim como c*****o? Te trato normal, garota.
Marina: Mas o seu normal me machuca, L2. - suspirei, me ajeitando na cama. - Você arranja caô na rua, e chega em casa descontando tudo em mim com grosserias ou me ignora, como se eu nem existisse...
L2: Te ignoro pra não soltar tudo em cima de você. - bufou, sentando na ponta da cama. - Garota, tu me conheceu daquele jeito lá, mas eu tô tentando mudar, só que não esquece que não dá pra mudar assim do nada, do dia pro outro.
Marina: Só que já faz dois anos que tu tá tentando mudar, Luan. - alterei a voz, me estressando outra vez. - Eu realmente tô me cansando, e quando eu cansar de vez, eu vou embora!
Ele me olhou nos olhos na hora, e eu vi um pouco de desespero em seu olhar, mas eu nem disse nada, e nem ele!
Me ajeitei ali na cama, e o Luan se levantou tirando um cigarro do bolso. Acendeu ali e foi fumar na janela.
Estava realmente p**a com ele, por conta das atitudes que ele tem, e sinceramente por alguns instantes eu pensei sim em terminar tudo e ir seguir minha vida longe dele, mas não consegui.
Querendo ou não eu amo esse homem pra c*****o!
L2: Eu juro pra tu que tô tentando mudar, mas é f**a, pô...
Marina: Não quero que você mude, apenas que melhore comigo. - falei baixo, suspirando, e ele continuou ali fumando.
Me ajeitei na cama de baixo das cobertas e fui tentar dormir por que estava cansada pra c*****o. Luan continuou lá fumando, e não vi a hora que ele veio pra cama, capotei legal ali.