Capítulo 04 - Intrigada.

1209 Palavras
Ao chegar em casa, deixei a minha mochila na sala e andei em direção a cozinha, em seguida peguei um prato colocando uma fatia de bolo. Peguei o meu celular no bolso e avistei uma mensagem da Carla, a sua mensagem dizia que neste sábado irá acontecer um baile de máscaras, fiquei empolgada com a novidade, eu gostava de ir a festas. Ao terminar de comer, subi para o quarto, entrei no mesmo e fechei a porta, em seguida deitei-me. Ao anoitecer, ouvi os meus pais abrindo a porta, levantei-me e desci as escadas indo em direção a sala. — Oi querida — falou a minha mãe cansada. — Oi mãe. — Não tenho condições de cozinhar hoje, o seu pai poderia fazer a janta, mas estamos cansados demais, então pedirei uma pizza novamente. — Tudo bem... mãe, posso ir ao baile de máscaras neste sábado? — Vai ser aonde? — No colégio. — Tudo bem, pode ir — falou subindo as escadas. Assim que os meus pais subiram para os seus quartos, sentei-me no sofá esperando a pizza chegar. Queria ter conversado com eles sobre o dia, mas ambos estavam cansados demais e não queria incomodá-los, talvez domingo dê para conversar um pouco com os mesmos. Na manhã seguinte, levantei-me da cama e fui ao banheiro fazer as minhas higienes. Assim que saí do mesmo, abri o guarda-roupa e peguei o meu uniforme, vestido o mesmo, em seguida calcei o meu tênis e penteei os meus cabelos. Ao descer as escadas, peguei o meu lanche que estava em cima da mesa e guardei na minha mochila. Peguei a mesma, abri a porta e a fechei, em seguida caminhei até a escola com a Carla. Ao chegarmos, andamos em direção a quadra, enquanto caminhávamos fomos conversando sobre o baile. — Está animada para o baile? Eu estou. — Muito! Amo uma festa. — Não vejo a hora de chegar sábado. — Nem eu, espero que essa festa seja ótima! — E vai ser. Ao chegarmos, fomos para o vestiário, vestimos os nossos uniformes apropriados para a Educação Física e saímos indo em direção a quadra. — Muito bem turma, hoje vocês irão fazer um jogo de queimada, irei separar as equipes — exclamou a professora. Assim que a professora separou as equipes, a mesma apitou o seu apito e começamos a jogar. — Odeio jogar esses jogos — bufou Carla. — Não é tão chato, até que é legal. — Qual foi, eu sempre perco! — Você tem que se movimentar mais — sorri. Estávamos jogando e percebi Ian olhar-me novamente, isso deixava-me um tanto incomodada, mas sempre relevava o fato dele sempre ficar-me olhando pelos cantos. Ian era da minha equipe, o mesmo sempre me ajudava a não ser queimada, mas eu gostava de ganhar sozinha, confesso que sou um pouco orgulhosa. Assim que a aula acabou, respirei um pouco de ar puro e em seguida andei pelo campo indo em direção ao vestiário, logo atrás de mim, Ian vinha vindo na minha direção. — Você joga bem — sorriu. — Valeu, você ajudou-me um pouco. — Sim... enfim, posso almoçar contigo hoje? — Claro — sorri levemente. — Então até mais tarde — seguiu em direção ao vestiário masculino. — Até. Ao chegar no vestiário, abri o meu armário e peguei o meu uniforme, em seguida Bella e Carla aproximaram-se. — Uau, Ian está realmente interessado em você — disse Carla vestindo a sua blusa. — Claro que não, ele apenas quer ser meu amigo. — Não seja modesta Luna, ele está e sabe disso. — Não estou sendo "modesta", estou sendo realista. — Uau, muito realista — ironizou Bella. — Estou falando sério! Enfim, bora ir para aula de inglês. Saímos do vestiário e seguimos para a aula. Assim que entramos na classe, nos sentamos e começamos a fazer os exercícios passados na lousa. Ao tocar o sinal, nos levantamos e fomos em direção ao refeitório. Eu era muito tímida e almoçar com um garoto que gostava de mim e sempre me olhava, era muito mais envergonhoso. Nos sentamos na mesa e sentei-me de frente para o Ian, no seu lado estavam Carla, Bella e Lúcia, ao meu lado estava Aarón. Começamos a comer e a conversar, Carla, Bella e Lúcia ficavam fazendo perguntas e tentando puxar assunto com Ian, deu para ver que na sua fisionomia havia muito incômodo, as garotas estavam o incomodando com tantos diálogos. O mesmo olhava-me com o semblante de ajuda, mas eu apenas dava de ombros. Ao tocar o sinal, nos levantamos e fomos em direção aos nossos armários. Assim que me levantei, segui para o bebedouro e Ian andou rapidamente vindo na minha direção. — Okay, eu definitivamente não irei mais almoçar na sua mesa. Dei risada. — Se eu fosse você nem eu iria querer, até parecia que você era um alienígena. — Nem me fale, acho que eu fiquei traumatizado — riu. — Até eu ficaria. — Queria ter sentado ao seu lado, mas não consegui. — Dá próxima, quem sabe — sorri sem jeito. — Quem sabe, espero que as suas amigas não estejam. — Enfim, preciso ir pegar o meu livro no armário. — Tudo bem, também já vou. Cheguei ao meu armário e o abri, pegando o meu livro para a próxima aula. Em seguida Carla se aproximou. — Ele de perto é mais lindo ainda, continue assim Lu, traga mais vezes Ian para almoçar connosco. — Deixa disso — ri. — Hoje não poderei ir com você para casa. — De novo? Por que? — Tenho dentista hoje, está marcado depois da escola. — Tudo bem. Ao tocar o sinal para irmos embora, guardei o meu material e segui indo em direção à porta, saí do colégio e despedi-me de Carla. Assim que comecei a andar, ouvi Ian chamar-me. — Oi Ian. — Posso-lhe acompanhar até a sua casa? — Tem certeza? — Claro, você parece não gostar de ir sozinha. — Tudo bem. Estava nervosa com a sua presença, pois não sabia o que dizer, mas era a timidez que me deixava assim. Ian era legal para conversar, mas ao mesmo tempo continuava me dando arrepios. — Os seus pais trabalham muito? — perguntou Ian. — Sim, eles não têm muito tempo e os seus? — Também, quando o meu irmão não está eu fico sozinho, sinto-me solitário às vezes. — Nem me fale, eu sinto-me exatamente assim, mas são diariamente. — É horrível. — Muito mesmo. — Enfim, chegamos na sua casa — sorriu. — Sim... como sabe que essa é a minha casa? Não disse onde morava. — Disse sim, não está lembrada? — Acho que não, eu lembraria se tivesse dito. — Sim, você disse, acho que você está com problemas de esquecimento Luna — riu. — É, realmente eu devo estar — ri engolindo em seco. — Enfim, até amanhã — sorriu me dando um beijo na bochecha. — Até mais — forcei um sorriso. Assim que entrei em casa, coloquei a minha mochila num canto e sentei-me no sofá confusa. Eu não havia dito o meu endereço para Ian, tenho certeza! Isso havia me deixado assustada, como ele poderia saber onde moro? Isso havia me deixado intrigada.
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