Padre Vergas Eu me olhava no espelho do banheiro da casa de Samantha, refletindo sobre a imagem que via diante de mim. Sem a batina, parecia outra pessoa, alguém que eu via todas as noites antes de repousar. Contudo, agora a situação era diferente. Estava vestido com roupas de dormir — não qualquer roupa, mas aquelas que ela mesma havia guardado, em sua casa, no espaço dela. Juntamente com os pertences dela. Minha primeira namorada… Meu primeiro e único amor. Esse pensamento me atingiu com a força de uma confissão profunda. Suspirei, pressionando a mão contra meu peito, sentindo a suavidade do algodão da camisa branca que ela me entregara. Era uma sensação estranha, amassar aquele tecido simples, tão diferente da rigidez das vestes sacerdotais. Ao baixar o olhar, me deparei com as minha