Sakura entrou a passos rápidos no hospital soltando um suspiro aliviado. Se ficasse mais um segundo dentro daquele carro iria enlouquecer.
Qualquer um enlouqueceria.
— Bom dia Senhora Uchiha. — Uma enfermeira passou por ela a cumprimentando.
Agora havia outro pequeno problema, a rosada estava perdida no meio do hospital com um bebê nos braços. Algumas enfermeiras passaram apressadas e a rosada tentou pedir ajuda mas foi ignorada.
Não fique chateada, eu mesmo sou ignorada o tempo todo.
Virou para o outro lado e quase foi atropelada por uma maca que vinha em alta velocidade, uma mulher grávida estava deitada gritando e dois enfermeiros viam atrás.
— AAAAAAAAAAAAAAAAA TIRA ESSA COISA DE DENTRO DE MIM. — A mulher gritava desesperada.
— Tadinha. — Sakura a olhou com pena e virou o corredor subindo para o segundo andar.
— Sakura o que faz ai parada? vêm logo a paciente já esta indo para a sala de cirurgia. — Uma mulher loira puxou a rosada pelo braço a guiando pelo corredor a passos rápidos.
— Ino? — Sakura perguntou com os olhos esbugalhados.
Ino estava a mesma, o rosto apenas estava mais maduro. Sakura estava confusa por ver a loira ali, pois a mesma tinha um sonho de ser modelo não enfermeira. O Sonho de Ino foi por água abaixo quando ela percebeu que não tinha altura suficiente para ser modelo, o que restou foi trabalhar de enfermeira. Na época a loira chorou rios de lágrimas mas hoje esta ai firme e forte.
— Me da a Aiko. — Ino pegou a bebê e a bolsa abrindo a porta ao lado, onde era um quartinho de bebê.
Ela deixou a menina brincando sozinha em um tapete cheio de brinquedos, encostou a porta e puxou Sakura as pressas para a sala de cirurgia.
Que mulheres responsáveis.
Sakura apenas seguia Ino igual uma barata tonta. Tinha tanto branco que ela estava ficando zonza. Pararam em frente a uma porta branca e ela ouviu gritos conhecidos, Ino a entregou um jaleco, luvas, toca e uma mascara de rosto.
Depois de vestida a rosada sorriu se olhando, sonhava com o dia em que vestiria aquelas roupas azuis e brancas.
Estava se sentindo poderosa. Até eu me sentiria.
— Esta na hora. — Ino abriu a porta empurrando Sakura e entrando junto.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. — Sakura reconheceu os gritos da mulher que passou por ela no corredor e arregalou os olhos.
Ela iria fazer um parto.
Toda animação de antes evaporou e agora a rosada olhava apavorada para a mulher escandalosa.
— Eu não consigo. — Ela olhou para Ino apavorada.
Concordo, ela não consegue.
— Que papo é esse? claro que consegue você é medica. — A loira revirou os olhos e Sakura negou.
Engano seu loira, nossa rosada de médica não tem nada.
— Vai logo Sakura. — Ino a empurrou para frente da mulher e Sakura engoliu em seco olhando para o pano que cobri as pernas arregaçadas.
— O QUE VOCÊ TA ESPERANDO? TIRA ISSO DE MIM. — A mulher gritou curvando o corpo fazendo Sakura dar um pulo de susto.
— Calma Senhora. — Sua voz saiu tensa e a mulher a fuzilou com os olhos.
Resposta errada.
— NÃO ME PEDE CALMA, NÃO É VOCÊ QUE ESTA SENTINDO UMA MELANCIA SAINDO POR SUA v****a. — A mulher gritou estérica.
Só nessas horas pra alguém comparar um bebê com uma melancia.
— Tudo bem, qual o seu nome? — Sakura tentou quebrar o clima tenso.
— JUREMA. — Respondeu em um grito de dor.
Sakura engoliu em seco e respirou fundo levantando a toalha.
— KAMI, TEM UMA CABEÇA SAINDO DA SUA v****a. — Ela gritou com a boca escancarada.
Imagina, achou que era uma melancia?
— JURA? ME DIGA ALGO QUE EU NÃO SAIBA.
Jurema estava prestes a botar os bofes pra fora.
— Sakura faça logo isso o bebê esta nascendo. — Ino bufou perdendo a paciência.
Oh mulher lerda.
— EMPURRA. — Sakura gritou e a mulher gritou fazendo força.
A Haruno olhava para a v****a da Jurema fixamente como se sua vida dependesse disso, até fazia uma expressão de dor como se ela que estivesse parindo.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAA — O último grito foi ouvido e o bebê saiu caindo nos braços da Haruno que abriu a boca em um "O".
— NASCEU, EU CONSEGUI, EU CONSEGUI. — A doida começou a pular com o bebê no colo chorando rios de lágrimas.
Até parece que foi ela que colocou o bebê no mundo.
— Ufa. — Jurema suspirou aliviada caindo na maca.
— OLHA COMO SEU FILHO É LINDO JUREMA. — Sakura entregou o bebê a mulher que sorriu.
Ela olhava para mãe e filhos com um grande sorriso, estava se sentindo uma doadora de vidas.
— Foi tão lindo. — A Haruno comentou para Ino quando saíram da sala de cirurgia.
— Não sei por que tanta euforia, você faz isso todos os dias. — Ino murmurou a olhando de canto de olho.
Sabe de nada inocente.
— É tão lindo que eu nunca vou parar de me emocionar. — A rosada sorriu e Ino balançou a cabeça assentindo.
— Hoje o Gaara vai me levar ao lanterna de papel. — A loira comentou e Sakura parou de andar.
Abriu a boca quando as suas últimas memórias voltaram.
— Lanterna de papel. — Ela sussurrou ao se lembrar que foi o último lugar que esteve com o Uchiha.
Lembrou se da briga, da Senhora, o bolo, as velas que assopraram. Eles tinham que voltar naquele restaurante.
Ainda bem que alguém pensa, se dependesse de Sasuke eles ficariam ali para sempre.
— Algum problema Sakura? — Ino perguntou confusa.
— Não, não é nada. — Murmurou voltando a andar.
Elas seguiram em direção a sala em que deixaram a Aiko e quando Ino abriu a porta ela estancou no lugar engolindo em seco.
— Por que parou Ino? entra logo eu quero conversar com você. — Sakura disse tentando passar mas Ino a impediu.
— Testuda não olha agora mas, sua filha esta prestes a pular do segundo andar. — Ino mordeu os lábios nervosa e Sakura arregalou os olhos empurrando a loira e entrando na sala.
Irresponsáveis.
Arregalou os olhos ao ver Aiko de joelhos na janela olhando para baixo.
— AIKO. — Sakura gritou correndo até a menina mas já era tarde de mais.
A menina se assustou e caiu janela abaixo. Trágico, quem manda deixar um bebê sozinho em uma sala?
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. — As duas mulheres gritaram juntas correndo em direção a janela.
Logo o suspiro de alívio se fez presente ao notarem que a garota havia caído nos braços de um homem.
— SASORI VOCÊ É NOSSO HERÓI. — Ino gritou com lagrima nos olhos.
O homem lá embaixo sorriu olhando para a menina em seu colo.
Sakura abriu a boca surpresa olhando para o ruivo lá embaixo e soltou um suspiro apaixonado segurando no batente da janela para não desmaiar.
— Vêm testuda. — Ino a puxou pelo braço correndo para fora do hospital.
Sakura não estava acreditando que havia encontrado seu grande amor.
Quando chegaram ao lado de fora ela sorriu para ele o analisando por inteiro, estava do jeito que se lembrava, talvez mais bonito. Ele vestia um jaleco branco e Sakura quase gritou ao constatar que ele também era médico.
Agora a vontade de se matar era maior, Sasori tinha tudo para ser seu marido. Por que a vida era tão c***l com ela?
Pergunto isso pra mim todos os dias.
— Acho que esse bebê é seu. — Ele sorriu entregando a menina para Sakura.
— É. — Respondeu toda boba.
Olha a baba escorrendo.
— Tomem cuidado, se eu não tivesse aparecido o pior aconteceria. — Ele murmurou olhando para Aiko preocupado.
— Nós cuidaremos, obrigada Sasori temos que ir agora. — Ino disse com um sorriso forçado puxando Sakura pelo braço.
Sasori acenou e Sakura sorriu acenando de volta.
— Que merda foi essa Sakura? ficou doida? — Ino a olhou confusa de senho franzido.
Deixa a menina, paixão não mata. Ou mata?
— O quê? — A Haruno perguntou boba e Ino suspiro a puxando para dentro do hospital.
Acho melhor você ir pensando em algumas desculpas rosada.
— Por um momento achei que aquela Sakura boba apaixonada da adolescência havia voltado. — Ino murmurou abrindo a porta da sala de Sakura.
A rosada piscou os olhos desconcertada e analisou a sala. Era mediana da cor branca, tinha uma mesa com duas cadeiras em frente e um sofá com alguns brinquedos.
Se aproximou da mesa onde haviam dois porta retratos e pegou um, estava abraçada com Sasuke e Sarada estava nas costas do pai.
— Aquilo foi muito estranho. — A loira continuou a falar e Sakura soltou um suspiro colocando Aiko em uma cadeirinha de bebê que estava ao lado da sua.
— Bobagem, fiquei apenas admirada pela pessoa que Sasori é. — Ela sorriu sonhadora se encostando na mesa.
Admirada, sei.
— Você ficou doida, deixa o Sasuke ouvir você falando isso. — Ino balançou a cabeça se sentando em uma cadeira em frente a mesa.
— O que têm o Sasuke? — Sakura perguntou sem interesse rodeando a mesa se sentando em sua cadeira confortável.
Sorriu fechando os olhos, havia conseguido tudo o que sonhara. Quer dizer, quase tudo.
O encosto do Uchiha não estava nos seus planos pro futuro.
— Parece até que se esqueceu do marido ciumento que têm. — Ino comentou lixando as unhas e Sakura abriu os olhos.
— Ciumento? — Perguntou confusa.
— Ficou boba Hoje Sakura? acho melhor você parar de olhar assim para Sasori, ou ele vai aparecer com o braço quebrado igual o Dereck.
— Braço quebrado? Dereck? — Ela sussurrou baixo e balançou a cabeça.
Ela não queria saber, mas como eu sou boa eu conto a vocês. Nosso querido Uchiha como todo bom marido que se preze foi buscar a esposa no trabalho, e quando chegou lá encontrou a mesma conversando com um enfermeiro. E como ele era uma pessoa muito controlada e discreta, o mesmo apenas cumprimentou o homem e arrastou a mulher para casa. No dia seguinte o enfermeiro apareceu com o braço quebrado e não queria ver Sakura nem pintada de ouro, o coitado até pediu demissão e se mudou de cidade.
Trágico.
— Ino, por que eu me casei com o i****a do Uchiha? — Ela perguntou fazendo bico, talvez sua amiga pudesse responder.
— Brigaram de novo é? quando você começa a xinga-lo quer dizer que o negócio ficou feio.
— Sempre brigamos, só queria entender o por que deu ter me casado com ele, logo com ele. — Ela soltou um suspiro frustado olhando para sua filha que brincava com uma caneta.
Ino olhou para a amiga e pegou a foto na mesa entregando para a rosada.
— Olha. — Ela mandou e Sakura pegou o porta retrato.
— O quê?
— Mesmo com todos os problemas e brigas, você é feliz com ele, são felizes juntos. — A loira murmurou e Sakura olhou para o sorriso que tinha em seu rosto, até Sasuke sorria. Era um sorriso verdadeiro, não tinha deboche, nem mesmo ironia.
— Impossível. — Ela sussurrou com um olhar perdido.
Nada é impossível minha cara.
(...)
O carro parou em uma freada brusca e Sarada foi a primeira a sair se jogando na grama.
Estava prestes a cantar aleluia.
— Obrigada Kami por ter me livrado da morte mais de dez vezes em apenas dez minutos. — Ela sorriu levantando as mãos para o céu.
Agradeça Sarada, só Kami para te salvar do Sasuke dirigindo.
— Que menina dramática. — Sasuke revirou os olhos saindo do carro.
Saito saiu do carro com sua mochila e passou por eles entrando na escola sem falar nada. Sarada suspirou e se levantou pegando sua mochila.
— Tchau pai, até mais tarde. — Ela acenou e também entrou na Escola.
O Uchiha acenou sem ânimo e suspirou indo até a porta de trás do carro, ele parou na porta e olhou para o bebê que batia palmas sorrindo.
— O que eu faço com você criatura? — Perguntou passando as mãos nos cabelos olhando em volta.
Até parece que o bebê vai responder.
— Tsc. — Ele entrou dentro do carro e tirou Ryan da cadeirinha.
Fez uma cara de nojo ao sentir o fedor que vinha de trás do garoto e pegou a bolsa azul ao lado.
— O que a doida da Sakura te deu em? eco que fedor. — Ele fechou a porta do carro e seguiu com o menino para dentro da escola.
Detalhe, ele segurava o menino bem longe dele.
Passou no meio de alguns alunos e entrou no pátio da Escola olhando tudo a sua volta, ele estava literalmente perdido.
— Sasuke, precisa de ajuda? — Ouviu uma voz feminina e se virou vendo uma mulher morena com um grande sorriso no rosto.
Essa ele não conhecia.
Ela vestia um vestido preto decotado e um salto alto, a maquiagem escura no rosto e o sorriso malicioso deixava claro que era uma v***a oferecida.
O Uchiha olhou para a mulher e depois para o bebê.
— Sabe trocar frauda? — Perguntou lhe dando um sorriso amarelo.
Jura que tu vai pedir ajuda pra essa oferecida? Claro que vai, homens.
— Prontinho, limpinho em folha. — Ela vestiu a calça no menino e Sasuke suspirou aliviado.
Me surpreende uma oferecida dessas saber trocar a frauda de um bebê. Ela havia os levado para o banheiro feminino e lá trocou o bebê.
— Valeu, não sei como te agradecer. — Ele sorriu se aproximando da mulher pegando o bebê no colo.
Não precisa agradecer, na próxima troca a frauda do teu filho sozinho inútil.
— Eu sei como. — Ela mordeu os lábios o olhando com um sorriso malicioso.
Não disse que era uma v***a oferecida?
Sasuke como não era i****a e era o maior mulherengo, entendeu na hora o que a mulher queria. Desceu o olhar para os s***s da mulher que estavam quase saltando para fora e mordeu os lábios.
— E o que você quer? — Ele sorriu entrando no jogo dela e por um momento ela ficou surpresa.
Deixa eu explicar, aquela era Yumi professora de ciências. Ela vive dando em cima de Sasuke mesmo sabendo que o Uchiha é casado, mas o moreno nunca deu bola para suas investidas e até lhe dava patadas, mas não desistia. Essa é a primeira vez que ele dá moral pra ela, imagina como a p**a está se sentindo.
O sorriso dela aumentou e a v***a se aproximou ainda mais de Sasuke prestes a lhe dar um beijo, mas seu plano foi por água abaixo quando Ryan lhe deu um tapa no rosto e começou a chorar.
— Ai. — Ela olhou feio pro menino e ele deu língua pra ela.
Isso Ryan mostra quem manda na bagaça. Proteja a honra de sua mãe.
— Liga pra mim. — Ela entregou um papelzinho para o Uchiha e saiu do banheiro com um bico maior que a cara.
O i****a olhou para o número e depois para o bebê.
— Você é empata f**a igual sua mãe. — Disse olhando pro menino com repreensão e guardou o papel no bolso.
É um vadio mesmo.
— Mama. — Ryan sorriu batendo palmas.
Sasuke o olhou de senho franzido.
— Fala papai. — Pediu soletrando.
— Mama. — O bebê repetiu.
— Papai.
— Mama.
— PAPAI. — Gritou começando a se irritar.
— MAMA. — Ryan gritou fazendo bico.
Perdeu playboy.
— ARG DESISTO, SERÁ QUE ESSA IRRITANTE GANHA EM TUDO? — Gritou revoltado saindo do banheiro com o menino nos braços.
Alguém avisa pra esse doido que ele esqueceu a bolsa no banheiro?
— Ei Sasuke, o diretor mandou lhe avisar que hoje você não precisará treinar os meninos. — O Uchiha ouviu uma voz masculina conhecida e se virou para trás.
— Shikamaru. — Murmurou analisando o homem a sua frente.
Ele estava igual, só estava um pouco mais alto e com os traços mais maduros. Shikamaru era professor de matemática.
— Ouviu o que eu disse? o diretor lhe deu folga hoje. — Shikamaru murmurou bocejando.
Sasuke assentiu e se aproximou do amigo.
— Cara, o que você fez da sua vida? — Perguntou curioso, queria saber o que aconteceu com seus amigos.
Shikamaru ergueu uma sobrancelha e soltou outro bocejo.
— Minha vida está ótima, estou atrasado para a aula, até depois. — Murmurou se virando deixando o Uchiha com cara de taxo.
— Hn. — Sasuke murmurou e voltou a andar analisando tudo em volta.
A escola estava diferente da sua época, estava mais nova. Ficou zanzando pela escola pensativo até chegar no carro, iria aproveitar o dia e dar um jeito de descobrir o que havia acontecido. Talvez encontrasse seus amigos e pedisse ajuda.
Entrou no carro com o bebê no colo e o colocou no banco do passageiro. Sim minha gente ele colocou um bebê no banco do passageiro e detalhe, não colocou cinto no menino.
— Eco esse carro tá um fedor. — Ele murmurou olhando para o vômito da Sarada.
É, só limpar bocó.
— Tô com fome, você tá? — Perguntou olhando para o bebê que ficou o olhando.
Sério que tu ta esperando que ele responda?
— Vamos dar um passeio. — Disse ligando o carro pisando fundo no acelerador.
Ryan sorriu e escorregou para frente caindo sentado no chão. E se vocês acham que o doido percebeu estão enganados, ele continuou a dirigir feito louco e só parou quando chegou em frente ao mercado.
Sorte que o mercado não era longe.
— Foi rápido. — Disse tirando o cinto e olhou para o banco do passageiro vazio.
Ficou com cara de tacho e depois arregalou os olhos.
— BEBÊ CADÊ VOCÊ? — Gritou procurando o menino por todo canto e suspiro aliviado quando o viu sentado no chão sorrindo.
— O que esta fazendo ai embaixo? não sabe que é perigoso? — Repreendeu o pegando no colo e o colocando sentado no banco.
Vou fingir que não ouvi isso.
— Agora fica ai quietinho que eu vou ali e já volto. — Disse saindo do carro fechando a porta.
Detalhe, a chave estava na ignição. Senhor me livre de um pai como esse.
O Uchiha entrou no mercado atraindo a atenção de algumas pessoas, inclusive mulheres. Pegou um carrinho e saiu o enchendo de besteiras.
Crianção.
— O senhor irá pagar em dinheiro ou cartão? — A mulher do caixa perguntou sorrindo.
Foi ai que o retardado se lembrou que não tinha dinheiro, tateou os bolsos da calça e só encontrou uma moeda.
— Fiado serve? — Perguntou dando um sorriso sem graça e a mulher sorriu.
— Além de lindo é engraçado. — Ela o olhou de cima abaixo arrancado um sorriso sacana do tarado comedor.
Será que todas as mulheres dessa cidade são oferecidas?
— Você ainda não viu nada. — Ele fez charme.
Sim ele estava dando em cima dela.
— O que acha de me mostrar?
— Moço. — Um homem o cutucou e ele ignorou.
— Quando você quiser. — Murmurou com um sorriso sedutor.
— Moço aquele carro é seu? — O Homem continuou o cutucando e Sasuke bufou olhando em direção ao carro rapidamente.
— Sim. — Respondeu voltando a atenção para a mulher.
— E o bebê também? — O Homem continuou a perguntar.
— É. — Respondeu e a mulher do caixa franziu o senho olhando em direção do carro.
— Então acho melhor você correr pois o carro ta indo embora.
— O QUE? — Ele gritou olhando em direção ao carro que descia lentamente, e Ryan estava na janela sorrindo dando tchau com as mãozinhas.
Não quero nem ver essa cena.
— POR QUE NÃO ME DISSE LOGO? — Ele gritou correndo feito doido em direção ao carro.
— E o que eu estava fazendo? — O homem bufou olhando para a mulher do caixa que fez um olhar decepcionado.
— Ele não levou as compras e têm um filho. — Ela fez bico soltando um suspiro frustado fazendo o homem balançar a cabeça.
Voltando a cena, o Uchiha corria atrás do carro feito louco, e para piorar sua situação o carro desceu uma ladeira.
— AAAAAAAAAAAAAA KAMI EU VOU MORRER. — Ele gritou apavorado olhando o carro descer do alto da ladeira.
Quem vai morrer é teu filho que ta dentro daquele carro desgovernado, seu doido.
Sem pensar duas vezes o doido correu ladeira abaixo, mas naquele ritmo não alcançaria o carro nunca. Parou ofegante ao lado de um garoto que estava com um Skate em mãos e o tomou das mãos do menino.
— MEU SKATE — O Garoto gritou chorando vendo seu brinquedo indo embora.
— DEPOIS EU DEVOLVO. — Gritou descendo a ladeira em alta velocidade.
Não se iluda criança, ele não vai devolver, pode contar pra sua mãe.
Voltando a perseguição, Sasuke estava quase alcançando o carro desgovernado, para sua sorte a rua estava vazia. Ele quase caiu em um buraco e quase atropelou outro gato.
Passou por um homem que vendia balões e o derrubou, fazendo todos os balões voarem.
— FOI m*l. — Gritou escultando o homem o xingar.
Oh homem que trás prejuízo.
Depois de muito esforço ele alcançou o carro e conseguiu se pendurar na porta, e a abriu pulando dentro do carro. Ele olhou para Ryan rapidamente e voltou o olhar para estrada vendo um lago mais a frente. Arregalou os olhos e freou o carro que parou centímetros da água.
— TO SALVO. — Ele gritou respirando fundo e Ryan sorriu batendo palmas.
Vai ter sorte assim lá na china.
— Você é problema. — Ele apontou o dedo para o bebê tentando normalizar sua respiração.
Ryan piscou os olhinhos e subiu em cima do pai o abraçando.
— Papa.
— Você disse papai? — Ele perguntou olhando para o bebê surpreso.
— Papa. — Ryan repetiu fazendo cara de choro e os olhos do Uchiha brilharam.
Ele olhou para o menino e sorriu o abraçando.
Na verdade Ryan estava com fome e estava pedindo papa, mas não fala pra ele, deixa o coitado se iludir.
Depois daquele susto ele foi direto para casa, deixou o bebê assistindo no sofá e foi para cozinha fazer algo para comerem.
A única coisa que ainda conseguiu fazer foi pipoca de microondas, pegou uma jarra de suco na geladeira e seguiu para a sala onde encontrou Ryan deitado no sofá chupando dedo.
Ele se sentou no sofá e colocou as coisas na mesinha de centro.
— Vamos assistir um filme? — Perguntou ligando a televisão.
Ficou mudando de canal até encontrar um filme de terror.
Não acredito que ele vai fazer isso.
— Esse é bom. — Ele colocou o menino sentada e pegou a pipoca enchendo as mãos do bebê.
Sim ele deu pipoca pro bebê, se ele se engasgar não vêm perguntar o por que.
Ryan levou a pipoca a boca e olhou para TV com os olhinhos vidrados.
As cenas de terror começaram a passar e Sasuke começou a rir, Ryan o olhou e começou a rir também. Parece que a demência tá no sangue.
Tal pai, tal filho.
Quando o filme acabou Sasuke sentiu um cheiro conhecido, olhou para o bebê lentamente e fez uma careta.
— De novo? — Perguntou bufando e Ryan o olhou fazendo bico.
Se ele soubesse falar essa seria a frase que sairia da sua boca " Até parece que você também não caga"
Pegou o menino a contra gosto e o levou para o andar de cima. Abriu um monte de portas procurando o banheiro e encontrou um no corredor. Colocou o menino na pia e tirou sua roupa o deixando apenas de frauda.
— Você consegue Sasuke, lembre-se de como a morena gostosa fez. — Murmurou pra si mesmo abrindo a frauda do menino.
Tirou a frauda e colocou o menino em pé no chão, como ele já tinha um ano ele já andava um pouco.
— Eco. — Ele fez cara de nojo e embolou a frauda a jogando no lixo.
Pegou o menino pelo braço e o arrastou para de baixo do chuveiro o ligando.
— O que esta esperando? se lava. — Ele mandou quando viu que o menino só o olhava parado debaixo da água.
Ryan começou a pular e jogar água para todos os lados.
— Parece que você é burro igual sua mãe. — Ele revirou os olhos pegando o garoto no colo e tentou dar banho nele.
Eu acho que a burrice veio do pai. Alguém concorda comigo?
— Prontinho, eu sou demais. — Ele enrolou o menino na toalha e saiu a procura de seu quarto.
Super demais.
Quando encontrou o quarto do menino o colocou na cama e pegou a primeira roupa que encontrou.
Se estão perguntando, se ele vestiu o menino sem frauda a resposta é sim. Ele vestiu.
Logo ele voltou a sala com Ryan nos braços e colou o menino sentado no tapete.
— Fica quietinho que o papai vai descansar os olhos. — Disse e se jogou no sofá bocejando.
Descansar o olhos, sei.
Se ele iria dormir? Sim ele iria, e se estava na hora do almoço? Sim estava, Ryan estava com fome? Sim estava, e ele deixou o menino sozinho? Sim deixou, e a porta estava aberta? Sim estava.
Se ele era incompetente? Ryan estar indo em direção a porta responde essa pergunta. E só para lembrar, eles tem uma piscina próximo a entrada, mas isso é apenas um detalhe de nada.