ARROGÂNCIA

1293 Palavras
Sai correndo quando meu telefone apitou de novo marcando que eu já estava além da hora. Aaah merda eu iria me atrasar no primeiro dia sem contar que o pessoal daqui odeia atrasos,  -cala a boca você também. Gritei com meu celular e depois balancei a cabeça em negação. Eu estou ficando louca e só de pensar que iria pegar o elevador de novo ficando naquele espaço apertado já me faltava ar, infelizmente tava em cima da hora não tinha como descer às escadas, já estou atrasada e esse é o 12° andar. Que agonia... tinha tudo planejado como meus planos ficou de pernas pro ar tão rápido.. Perguntei a algumas pessoa no caminho e também coloquei meu GPS infelizmente ele estava mais atrapalhado que eu. Cheguei até suada da corridinha que fiz, realmente o sedentarismo aqui tá difícil, minha nossa... eu já tinha visto essa faculdade por fora, mas agora caminhando com por esses corredores feito uma boba, o que deixava mais evidente que eu não era daqui percebi o quão lindo ela é, claro as faculdades dos EUA também são bonitas, no entanto nada se compara a elegância e o charme de Londres, as pessoas estão sempre bem vestidas, e falam tão chique, pra elas é algo natural... aiiiii eu adorei isso aqui, minha barriga dava até voltas. Aí c****e eu to atrasada né? Tinha que pegar meu horário e perguntei a alguém que passava onde ficava a sala da diretoria e por azar era lá em cima, deu nem tempo de choramingar subir escadas( o povo que gosta de escada) e cheguei, bati à porta e depois entrei. -vó? O que tá fazendo aqui? -hora, Eu esperei você ir até minha casa, mas você não foi e aliás eu to velha não sem cérebro posso trabalhar muito bem. -ok ok dona Grace. Fui até ela é a abracei dando beijinho e ela continuava resmungando kkkk -eu disse que iria hoje à tarde. -e se Eu morrer pela manhã? -vó! -que foi? Eu to velha. -ninguém te segura né? -não mesmo. -eu vim buscar meus horários. Ela pegou umas folhas e me entregou. -também preciso fazer um pedido. Ela fez um sinal com a mão pra eu continuar. -pode não contar que sou sua neta aqui? -por que não? -bem, eu quero ser uma pessoa normal. -e você não é? Não to vendo uma calda ou orelhas de burro... -kkkk não nesse sentido, não quero só ser uma pessoa rica, cujo a vó tem uma faculdade incrível. -sua avó é incrível. -kkkk eu sei, nem que o avô tem uma empresa que todos aqui conhece, o pai delegado... enfim.. por favor, sou péssima em fazer amizades, acho que eu afasto as pessoas de mim e não entendo o por que isso me deixa... não sei. Acho que as pessoas só gostam de mim pelo o que eu tenho não por quem sou, quero conhecer pessoas reais verdadeiras que não me olham estranho o que faz minha barriga da voltas e ter vontade de vomitar. Eu sei que pode parecer um exagero, mas por anos isso aconteceu gente de todos os meus lado assim e acabei criando uma barreira ou um trauma e isso me prejudica de mais, só pra saber eu nunca fui em um boliche com amigos, ou fiz uma noite de alguma coisa, nunca me diverti desse jeito com amigos... acabei desenvolvendo uma ansiedade e minha família me ajudava da forma que podia, mas em um país praticamente sozinha eu mesma quero vencer isso. Com muito custo minha avó entendeu e acabou aceitando. -tudo bem tudo bem, mas você acabou com meus planos de me gabar com minha neta. -a gente pode sair, caminhar um pouco por aí e você não vai mais ficar emburrada. -eu caminho devagar e bom sua paciência não ter mudado. -está intacta. Sorri pra ela e minha avó retribuiu. -vá jantar lá em casa amanhã. -tudo bem. Pisquei e sai da sala. Olhei pra ver minha primeira aula e nem fazia ideia de onde ficava a sala, perguntei de novo. Aliás quem tem boca vai a Roma, se bem que ela podia ser mais perto né, ficava lá onde judas perdeu as botas e se vai eu feito uma doida até a sala. *** Havia passado uma semana, e hoje era domingo, passou tão rápido. Bem o curso como eu imaginava é ótimo, ainda não conheci ninguém, as pessoas daqui são simpáticas, porém bem reservadas. Fui jantar na casa da vovó dois dias e caminhamos um pouco pelo jardim. Ah sobre Tyler ele não apareceu depois daquele dia, nenhuma vez era como se ele simplesmente sumisse. Minha avó me convidou pra jantar lá de novo e eu adorava a comida, pois era mais americanizada pode-se dizer, ainda não tinha acostumado com o tempero local, mas eu irei com certeza! Já tinha feito uma geralzinho na casa coitada passou a semana toda revirada, mas em minha defesa tinha tanto trabalho pra fazer e acompanhar as matérias que quase nem eu tinha tempo pra tomar banho. O pessoa que cursa medicina está bem mais avançado que eu. Coloquei minhas musicas pra tocar bem auto e decidi fuçar o andar de cima. Sinceramente nem eu sei por que ainda não tinha ido bisbilhotar, na verdade na verdade eu subi e só vi algumas salas trancadas então nem entrei. Subi até às escadas e caminhava pelo corredor e vi uma sacada incrível depois que abri a imensa cortina, devia ser essa a qual Tyler se referiu pra mim não entrar quando ele estiver, e por acaso eu iria querer entrar porquê? Ele deve achar que é um alecrim dourado. A vista era incrível, porém aquele sol do começo da semana já estava querendo da adeus O tempo ficava mais frio e o clima mudava de forma lenta como uma flor que desabrochava ou uma borboleta em um casulo pedindo pra sair. Pra mim realmente não havia problemas eu gostava, embora achasse solitário o inverno sozinha. Sai da sacada e tentei abrir outras portas, mas todas estavam fechadas, então pensei: não é possível que ele carregue tantas chaves consigo, devem estar aqui em algum lugar. Voltei à sala e fiquei procurando dentro de alguma gaveta ou em algumas decorações e enfim a sonsa eu mesma, lembrei que ele sempre pega a chave do carro perto do balcão em uma decoração de ferro bem sofisticada, olhei e vi não uma, mas 3 chaves penduradas. Então qual escolher? Peguei todas e levei ao andar de cima. Fui tentando e a primeira porta abriu se tratava de uma sala de box, bem vazia na verdade, com alguns sacos e outros equipamentos. Talvez seja por esse esporte que ele tem aquele corpo, aff. Outra porta havia uma biblioteca com tantos livros com uma mesa enorme no fundo iria fuçar tudo depois, quem ver assim acha que aqui mora um senhor de 50 e lá vai cacetada. Normalmente pessoas da sua idade teria uma grande sala de vídeo game. Na próxima estava fazia e a última não abria de jeito nenhum. Depois de muito tentar eu me conformei e voltei ao meu quarto pra pegar uma toalha e ir tomar banho. ** Havia pegado um táxi pra minha avó e mesmo sendo longe o moço correu tanto que logo eu tinha chegado. Paguei e caminhei até a porta cumprimentei o segurança e entrei, fiquei totalmente parada quando de longe Tyler olhou pra ver quem era e fixou seus olhos nos meus. Acho que tinha acabado de chegar do trabalho já que ainda usar aquele tipo de roupa e lia com meu avô alguns documentos. Ele parou de me olhar e voltou sua atenção aos papéis também me alinhei e fui até meu avô.
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