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Proibido t*****r

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Blurb

Depois que os pais de Nana anunciam que vão partir em uma viagem ao redor do mundo sem data para acabar ela terá que decidir o que fazer com a própria vida sem o apoio financeiro deles. Com a pressão das amigas de que o que atrapalha a vida de Nana é a turbulência da sua vida amorosa, ela promete ficar seis meses sem t*****r para focar apenas em sua vida profissional. Ela só não contava com o surgimento de Felipe, para atrapalhar todos os seus planos.

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Prólogo
Primeira coisa que você precisa saber sobre mim, eu sou leonina. Porque isso é importante? Bom, porque acredito que todos os meus defeitos são justificados pelo meu signo. Não que eu ache que sejam defeitos, mas é o que as minhas amigas acham. E segundo elas, eu me tornei em uma pessoa que compensa todas suas frustrações com s**o e isso chegou em um ponto que não tenho energia mais para coisa alguma além disso. “Foque no seu futuro, Luty”, “trace seus objetivos”, “se coloque em primeiro lugar” são as frases que elas repetem dia e noite para mim. E a verdade é que eu não sei quais são meus objetivos e sempre fui péssima em fazer planos. Se eu me sinto m*l hoje preciso fazer algo a respeito imediatamente. O amanhã quem sabe? E sim, garotos me fazem sentir bem. E talvez, eu esteja negligenciando minha carreira no momento. Se você está se perguntando: que carreira, Luciana? Eu digo, nenhuma. Isso mesmo, eu estou desempregada a três meses, desde que me formei e fui jogada no mercado de trabalho sem nenhum tipo de preparo. Todos querem alguém com experiência, mas ninguém quer me dar a oportunidade de começar. E o meu tempo está se esgotando, meus pais não vão me sustentar em outra cidade por muito tempo. Só de pensar nisso meu estômago embrulha e só me resta buscar meu único refúgio, s**o. Mas é tão bom se sentir amada e desejada mesmo que por apenas algumas horas. O mundo parece cor de rosa novamente e todos os meus problemas somem quando estou apenas me divertindo. É terapêutico. Minhas amigas dizem que eu sou a única pessoa que elas conhecem que teria um contatinho por dia, se precisasse. Antigamente elas costumavam falar sobre isso como se fosse uma grande vantagem que elas até invejavam, mas agora com todas trabalhando, ganhando seu própria dinheiro, sendo adultas, elas me jogaram no limbo das categorias de pessoas que não querem crescer, que fazem da vida uma grande festa, sem compromisso algum. Isso não é verdade! Só preciso me animar para não ser engolida pela depressão. Inclusive posso provar todos os currículos que enviei e nunca obtive uma resposta. Eu estou tentando! Juro! Mas sou formada em jornalismo. Quantos jornalistas ricos você conhece? Não vale falar William Bonner. Além da minha área ser muito ampla e eu nunca soube bem onde melhor me encaixava. São tantas possibilidades! Ao invés de escolher uma, não escolho nenhuma. Muito típico da minha parte. Fiz diversos estágios durante a graduação em empresas júnior da faculdade, mas de nada serviram para as empresas fora do ambiente acadêmico. Todos me veem como uma criança recém saída das fraldas, sem a menor experiência no ambiente corporativo. Mas eu não sou só defeitos. Sou muito comunicativa, faço amizades com muita facilidade, algumas das minhas maiores amigas conheci em banheiro de festa. Inclusive a Gabi, minha fiel escudeira, minha alma gêmea, com quem eu divido o aluguel do nosso pequeno apartamento. Ela cursava engenharia e eu estava na calourada do curso dela. Depois de 4 horas de festa estávamos as duas vomitando no banheiro, minha galera já tinha ido embora e ela tinha se perdido da galera dela. Terminamos a noite sentadas no meio-fio filosofando sobre as dificuldades das mulheres da geração Z e as expectativas da sociedade em sermos o grande estandarte feminino da independência s****l, financeira e pessoal. Um mês depois estávamos morando juntas e garimpando objetos de decoração nas ferinhas da cidade. Hoje, Gabi era quem mais se preocupava comigo. Ela trabalhava em uma construtora multinacional, ganhava cinco salários mínimos, queria fazer coisas de adulto como sair para jantar em restaurantes caros, enquanto sua melhor amiga se alimentava de miojo e pão. Ela continuava sendo meu anjo na terra, fazia questão de me levar para o cinema e todo rolê que eu não podia bancar Gabi o fazia sem pestanejar. Isso criou em mim um sentimento de dívida. Eu estava em dívida com os meus pais, estava em dívida com a Gabi e com todos os meus outros amigos. Odiava essa sensação de que as pessoas estavam olhando para mim como se eu fosse “café com leite”. Mas se todo herói tem seu ponto de virada, o meu também chegou. E foi em um domingo dublado. Meus pais tinham vindo me visitar e aproveitamos para almoçar fora. Eles adoravam vir passear na cidade grande, embora tivessem passado a vida inteira no interior, na cidade onde nasci e que eles viviam até hoje, perto dos amigos e dos outros familiares. Meus pais eram de hábitos simples, trabalhavam duro, gastavam pouco. A casa e a filha formada eram suas maiores conquistas. Tudo na cidade grande era um evento para eles, minha mãe achava os shoppings o luxo do luxo, desfilava pelo piso de mármore como se estivesse em um tapete vermelho e acreditava que tudo que ficava dentro de um shopping era sinônimo de bom gosto. As comidas eram as melhores, as roupas as mais bonitas, até os vendedores ela achava diferenciados. Já o meu pai amava os supermercados gourmet. Era sempre ele quem fazia as compras lá de casa, então sabia todos os preços de cabeça. Ficava extasiado quando um item era muito mais barato do que na cidade dele, se deixasse levava um estoque de volta para casa. Meus pais eram o oposto de mim. Tinham optado por uma vida calma, segura e confortável numa cidadezinha que não chegava a 100 mil habitantes, a pacata Serra Alta. Já eu era a filha descompensada, imediatista, imprudente e aventureira. Mas acreditava que em nenhum momento eles deixaram de sentir orgulho de mim, a paternidade é aquela coisa louca que te faz vibrar por qualquer coisa mediana que seu filho faça. Embora, ainda dependesse financeiramente deles mesmo depois de meses de formada, eles ainda me achavam a melhor coisa que tinham feito. Naquele dia fomos almoçar no restaurante preferido deles. Tinham até um prato fixo ali, sempre que vinham pediam a mesma coisa. Dessa vez pediram vinho também, o que não acontecia sempre. Se olharam por alguns longos segundos antes de começarem a falar: – Estamos muito felizes em te ver bem – disse mamãe com um sorriso terno nos lábios. Mesmo que eu estivesse m*l era importante para mim fingir para acalmá-los. – Sua formatura foi uma grande conquista para nós – continuou meu pai me fazendo ficar em um ping-pong com a cabeça para acompanhar aquela conversa estranha. – Trabalhamos muito para que você alcançasse seus objetivos. – Agora que acabou nos vimos sem propósito, sabe. Sem ter pelo que trabalhar. – Oh mãe... – meu coração se derreteu, coloquei minha mão por sobre a dela para consolá-la. – Por isso decidimos viajar pelo mundo – completou ela. – O QUE? Aquela frase me pegou desprevenida e soava sem pé nem cabeça. – Como assim viajar pelo mundo? – Viajar, pegar o avião e ir até lugares que nunca fomos antes. – Eu conheço o conceito de viajar, mas vocês nunca nem foram para fora do estado, sequer falam inglês e o trabalho do papai? – Aposentado – levantou a mão para corrigir. – E estou fazendo aulas de inglês online – disse mamãe. Me cabeça dava longas voltas, estava completamente confusa. – Por quanto tempo? – Não sabemos, - explicou mamãe. – Um ano, dois... – Dois anos? – Eu estava perplexa. – Ou para sempre – completou papai. – E eu? – Fiz a pergunta que mais me interessava. – Minha querida, já fizemos tudo que podíamos por você, agora é a hora de seguir sozinha – falava sem nunca perder a ternura, a mamãe. – Deixaremos a casa livre para você e uma indicação para trabalhar na empresa do seu Arlindo, ele sempre gostou muito de você e disse que será um prazer tê-la com eles. Ou você pode conseguir um emprego e continuar aqui mesmo. Seu destino está em suas mãos. – Eles já tinham todo o meu futuro traçado, mas queriam que eu acreditasse que tinha escolha. O almoço foi arruinado para mim, claro que não fiz nenhuma cena ou qualquer desfeita. Por mais que a sensação fosse que o meu mundo estava desabando, não podia colocar a culpa nos meus pais. Enquanto eles continuaram contando os preparativos e os planos de cruzar a Europa em seis meses, eu me concentrava em conseguir segurar minhas lágrimas e o desespero. Agora eu não tinha um emprego, uma renda e nem os meus pais. O que iria fazer da minha vida? ************** Fica ligado que amanhã tem mais! Não se esqueça de deixar seu comentário e compartilhar com as amigas :) E me siga nas redes sociais: Instagram, Twitter e Tik Tok: @thaisolivier_ Instagram, Twitter e Tik Tok: @thaisolivier_

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