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O evangelho anunciado pelo apóstolo Mateus, o publicano

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OBRA INDEPENDENTE! NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A COBRAR POR ESTA OBRA!

Inicialmente o livro aborda sobre as peculiaridades do ministério que o apóstolo Mateus, o publicado passou a seguir, anunciando a chegada do reino de Deus aos homens! Uma análise dos versos bíblicos a luz dos demais evangelhos e livros do antigo e do novo testamento. A bíblia é um livro de postura cristã, cheia de chaves e passagens que levam ao reino de Deus. Vamos ler para compreender?

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01 – INTRODUÇÃO: O COLETOR DE TRIBUTOS MATEUS, O PUBLICANO .
O Novo Testamento, independentemente de a versão ser católica ou evangélica, é iniciado com o livro escrito pelo apóstolo Mateus, que inicialmente foi discípulo e depois, após concluir o aprendizado, foi escolhido como um dos 12 apóstolos, por Nosso Senhor Jesus Cristo. 9 E ao sair dali, durante a caminhada, viu sentado em uma coletoria, um certo cobrador de tributo chamado Mateus, a quem lhe dirigiu a palavra dizendo: segue-me. O servidor público Mateus imediatamente levantou-se e, atendendo ao chamado de Jesus, passou a segui-lo. (MATEUS 9:9) O apóstolo Mateus, quando fora chamado para iniciar o ministério, ocupava um cargo público importante concedido pelo Império, assentando-se na coletoria para exercer a função pública de arrecadador de tributos. Nos dias autuais seria como um auditor fiscal da fazenda pública. 16 Vocês foram escolhidos por mim, e não o contrário. Eu os constituí para ensinarem a Palavra de Deus, produzirem frutos eternos e, receberem do Pai tudo aquilo que pedir no meu nome. (JOÃO 15:16) Vale lembrar que a coletoria da época era uma repartição pública com a função de recolher os tributos devidos pelos hebreus aos Romanos, tributos repassados pelo tetrarca da Galileia, Herodes. Como naquele tempo não havia concurso público, conclui-se que, dentre os israelitas, Mateus foi indicado para o cargo público pela confiança que tinha de alguma autoridade local, afinal, para controlar a arrecadação de tributos não poderia ficar aos cuidados de alguém que não fosse da confiança dos governantes da região. Como antes do ministério o evangelista exercia essa função pública, em alguns versos é chamado de “Mateus, o publicano” e, devido a função de cobrador de tributos, era malvisto pelos fariseus e pelo povo que não concordavam com a carga tributária ao qual eram submetidos, considerando que os publicanos serviam o Império Romano e não o povo israelita. 2 Estes eram os nomes dos doze escolhidos para o apostolado: o primeiro, Simão, conhecido como Pedro (Cefas) e André, o seu irmão. Tiago e João, filhos de Zebedeu. 3 Filipe e Bartolomeu. Tomé o gêmeo e Mateus o publicano. Tiago, o filho de Alfeu, e Tadeu. 4. Simão, o canaanita, e Judas Iscariotes, quem o traiu. (MATEUS 10:2-4) 5 Estes doze apóstolos, foram enviados por Jesus em missão, após instruí-los: rejeitem as orientações tortuosas dos pecadores e não entrem nas cidades dos samaritanos. 6 Procurem pelas ovelhas perdidas em Israel. 7 Ensine-os com base nessa premissa: o reino de Deus encontra-se ao alcance de vocês. (MATEUS 10:5-7) Essa aversão do povo israelita contra os cobradores de tributos é verificada em diversos versos bíblicos, sendo que os mestres intérpretes da Lei de Deus, seguidores das doutrinas dos fariseus, acusavam Jesus perante os seus discípulos, afirmando que em Israel, os justos não se sentariam à mesa com os publicamos. 10 Quando Jesus e os discípulos estavam sentados à mesa, na casa de Mateus, chegaram outros cobradores de impostos e pecadores, que se juntado sentando-se também à mesa. 11 Os fariseus que presenciavam o fato questionaram os discípulos: por que o Mestre de vocês come com esses publicanos e pecadores? 12 Ouvindo os questionamentos dos fariseus, Jesus respondeu-lhes: quem necessita dos médicos são os enfermos e não os saudáveis. (MATEUS 9:10-12) Esses mestres intérpretes das escrituras bíblicas, conforme as orientações do líder sacerdotal fariseu, pregavam que os justos não conversariam com “pecadores”, colocando-se como superiores, por serem os únicos cumpridores dos mandamentos. Jesus censurava o comportamento deles, comparando-os a “lindos sepulcros”, de majestosa aparência externa e interior infestados com diversas espécies de sentimentos e pensamentos malignos (Mateus 23:25-28). Jesus seguia os ensinamentos de Jeová, o Pai celestial e, conforme apregoava, não veio para salvar os são, mas trazer os pecadores ao arrependimento que promove a reconciliação com Deus, ensinando aos evangelizadores não fazer distinção de pessoas e, como exemplo, caminhava na companhia dos pecadores, afinal, os seus discípulos e apóstolos eram formados por remissos pecadores. 17 Atento aos questionamentos dos fariseus, Jesus respondeu: quem procura os médicos são os enfermos e não os saudáveis. Desta forma, fui enviado para ensinar os pecadores a respeito do arrependimento que conduz a remissão dos pecados, e não para advertir os justos. (MARCOS 2:17) Os líderes sacerdotais ditavam as regras sociais, e apregoavam a segregação de certos israelitas que atendiam aos romanos e não os obedeciam. Como exemplo temos a perseguição aos coletores de tributos, que serviam aos governantes e não pagavam dízimo as igrejas. Vendo que alguns publicanos abandonaram o posto público e passaram a difundir o evangelho das boas novas do reino de Deus com Jesus, alguns herodianos e fariseus, acusavam Jesus, perante Pôncio Pilatos, governador da Judeia, como sendo um “líder da revolta”, e se fazia o novo “Rei dos judeus”. 15 Ao retirar-se, os fariseus reuniram-se para traçar um plano e incriminar Jesus em alguma palavra que proferisse. 16 Então decidiram enviar alguns dos seus servos fiéis com os herodianos, com orientações para fazerem o seguinte questionamento a Jesus: Mestre, sabemos que instrui a verdade, pois, com imparcialidade ensina a palavra de Deus conforme anunciam as escrituras, sem querer agradar ninguém, visto que não olhas para os homens com distinção. 17 Diga-nos, a sua opinião: É certo pagar o tributo a César? 18 Jesus, conhecendo a malícia presente na pergunta, respondeu: hipócritas! Por que com cinismo me tentam? 19 Mostrem a moeda com o qual vocês pagam o tributo. E apresentaram um denário. 20 Jesus questionou-lhes: a quem pertence esta imagem e inscrição? 21 responderam-lhe: pertence a César. E Jesus explicou-lhes: então, deem a César aquilo que pertence a César, e a Deus o que é de Deus. 22 Quem ouviu a resposta ficou encantado, porém, os farsantes, retiraram-se do local. (MATEUS 22:15-22) Jesus aproveita o momento para pregar-lhes, a respeito da distinção de pessoas, e prega que Jeová não ensina que devemos tratar com desigualdade, conforme a conveniência. Todos são iguais perante Jeová. Para reforçar a mensagem, direcionada aos líderes sacerdotais dos fariseus, Jesus conta uma história onde descreve a postura de um “fariseu” um “publicano, cobrador de impostos”, durante a oração. A verdade enfurecia os sacerdotes, que queriam ser bajulados por todos. 9 Jesus, conhecendo o íntimo do pensamento de alguns soberbos, que se consideravam que os demais, contou-lhes a seguinte história ilustrativa: 10 dois homens foram ao templo para orar. Um deles era fariseu e o outro, um humilde cobrador de tributos. 11 Em pé, o soberbo fariseu assim orava: oh Deus! Agradeço-lhe por não me associar aos desonestos, aos avarentos, aos imorais, nem como este cobrador de impostos. 12 Diferente deles, faço jejuns duas vezes por semana e dou dízimo de todo o meu honesto ganho. 13 Enquanto isso, bem distante do soberbo fariseu, o humilde cobrador de impostos, cabisbaixo, e batendo no peito assim orava: Oh meu Deus! Pela tua imensa misericórdia, peço-te perdão, pelas transgressões praticadas! 14 E o Senhor Jesus concluiu a explicação, dizendo: pelo espírito da verdade que há em mim, afirmo a vocês que este humilde cobrador de impostos voltou para casa em paz com Deus, enquanto o soberbo fariseu não. Quem exageradamente se exalta, será humilhado. Os humildes serão exaltados. (LUCAS 18:9-14) O fato de Jesus ter escolhidos os “pecadores” e não os “mestres intérpretes da lei” ou os “sacerdotes fariseus”, fez com que estes o rejeitassem sob o argumento difamador: quem anda, come e bebe com pecadores, um deles é. É de se lembrar que Jesus andava na companhia de pecadores e não conforme as transgressões dos pecadores. Jesus andava “com os pecadores” e os sacerdotes “como os pecadores”. 1 Não julguem se não desejam ser da mesma forma julgados. 2 Quem julga receberá o mesmo julgamento. A mesma medida que usar para culpar o próximo, será também usada no seu julgamento. (MATEUS 7:1-2) Quem julga o seu próximo, considerando-o inferiores, comportando-se como o deus da “bondade”, esquece que ao acusar, associam-se com os acusadores deste mundo, e juntar-se-á a eles e o mesmo fim, anunciado na bíblia, receberão. 10 Ouvi no céu uma voz alta que anunciava: chegada é a salvação, o poder e o Reinado do nosso Deus nos céus, a autoridade do seu Cristo, porque foi expulso o acusador, que diuturnamente acusava pessoalmente os nossos irmãos diante do nosso Deus. 11 Pelo sangue do Cordeiro e da palavra do testemunho anunciada, eles venceram-no, enfrentando a morte, sem recear pela própria vida. 12 Oh! Todos vocês que habitam o Reino de Deus nos céus, alegrem-se com essa vitória! Cuidado habitantes da terra e do mar, porque o d***o, o acusador, desceu até vocês cheio de ira, pois, sabe que lhe resta pouco tempo. (APOCALIPSE 12:10-12) Jesus mostra que os sacerdotes fariseus tornaram-se mais acusadores que resgatadores. Se a igreja que tem o dever de restaurar o que foi perdido passa a segregar por meio de acusações e condenações, perde a essência de edificar. Quanto a esse sentido, considerando isso ao fermento da hipocrisia, Jesus ensina os discípulos e apóstolo sobre o fato de serem o sal da terra, que restaurará o sabor da vida para quem estava desanimado no vale da sombra da morte. E adverte: se o sal perder o poder de dar sabor, não servirá para temperar o que é insípido! Se vocês que são o sal na vida dessas pessoas perderem o dom de restabelecer o sabor para a vida deles, perderão a utilidade e, com isso, serão lançados no chão e desprezados pelas pessoas (Mateus 5:13). A mensagem do reino de Deus, anunciada por nosso Senhor Jesus não consegue alcançar os soberbos, que se autodenominam justo, pois não buscam o arrependimento pelas condutas desaprovadas na Lei de Deus, mas a todo custo procuram meios de justificá-las, por técnicas infundadas como a acusação mútua (Gênesis 3:10-13), caminho adotado por Adão e Eva, que o levaram a penalização (Gênesis 3:16-21). Jeová deixa claro que não adianta atirar pedra no próximo para encobrir os erros que não adianta. Alguns discípulos dos sacerdotes fariseus entenderam isso quando Jesus ilustrou a história e questionou que quem não tem pecado para arrepender, seja o primeiro a atirar a pedra (João 8:3-11). O reino celestial de Deus somente fica acessível por meio da humildade e verdadeiro arrependimento, presente naqueles que estão conscientes das transgressões cometidas e procuram o perdão por meio da mudança de comportamento, abandonando a vida de pecado. Primeiro eu tenho que me corrigir para depois querer corrigir o próximo. 12 Dentre aqueles que queriam ser batizados por João, o batista, estava alguns publicanos, que lhes questionavam como deveriam proceder para não pecar mais. 13 E João assim respondeu-lhes: não cobrem nada além daquilo que foi prescrito. 14 Da mesma forma, os soldados que também estavam ali para serem batizados, questionaram: E quanto a nós, como devemos proceder? E João, o batista, orientou-lhes: não ajam com violência, nem pratiquem a extorsão e nem denunciem falsamente o próximo. E ainda, advirto que se contentem com o soldo (salário) que recebem. (LUCAS 3:12-14) Era notório que os publicanos, arrependidos com as coisas erradas que fazia ou viam outros fazerem, procuraram João, o batista, para receberem o perdão por meio do batismo do arrependimento. Da mesma forma Jesus advertia os fariseus quanto as hipocrisias, alertando-os para buscar o arrependimento, contudo, sabia que, por serem dominados pela soberba, que o faziam ser superiores ao demais pecadores, minoravam os seus erros, inclusive desprezavam o batismo do arrependimento, instituído por João, o batista, conforme orientação divina. 32 Então Vejamos! Vocês não acreditam que João, o batista, foi enviado para ensinar o caminho da justiça, contudo, os cobradores de tributos e as prostitutas acreditam. Vocês, mesmo tendo testemunhado os acontecimentos, não se arrependem das más condutas e desprezam o batismo do arrependimento ensinado por ele. (MATEUS 21:32) Jesus quando assim procedia, não o fazia com o fim de acusar os sacerdotes fariseus, mas lembrá-los que o Cristo foi enviado por Jeová para chamar ao arrependimento os pecadores, mensagem ouvida e compreendida pelo “mestre da lei” Nicodemos, mas ignoradas pelos principais líderes sacerdotais, que também se enquadravam no rol de pecadores. 1 Nicodemos, mestre fariseu e m****o da mais alta corte dos judeus, 2 no cair da noite procurou Jesus e o saudou dizendo: Mestre, após ouvirmos os vários testemunhos a respeito das maravilhas que tem realizado, estamos convencidos de que és o Cristo enviado por Deus. As escrituras revelam-nos ser impossível alguém realizar as maravilhas que vem fazendo sem estar em união com Deus. 3 Jesus respondeu-lhe: pelo espírito da verdade que há em mim, afirmo a você, que deseja ver o Reino de Deus no céu, ser necessário primeiro renascer. 4 Sem compreender, Nicodemos argumenta: é possível um homem, assim como eu, após alcançar uma idade avançada renascer? É possível alguém retornar ao ventre materno para nascer novamente? 5 Jesus mais uma vez falou, complementando: pelo espírito da verdade afirmo a você ser impossível entrar no Reino de Deus, nos céus, sem que antes o homem obtenha a aprovação pelo renascimento, no batismo das águas e no batismo pelo Espírito Santo de Deus. 6 Quem nasceu pela vontade da carne, é carnal, enquanto quem nasceu da vontade do espírito, é espiritual. 7 Não se espante por ensinar a você sobre a necessidade de renascer. 8 Por onde o vento soprar, você conseguirá ouvir o seu som, no entanto, não saberá de onde ele vem ou para onde ele vai. A explicação aplica-se igualmente para quem nasce pela vontade do espírito. 9 Então Nicodemos replicou-lhe: como é possível essas coisas acontecerem? 10 Jesus questionou: você é líder espiritual (mestre) em Israel e não consegue compreender as coisas espirituais? 11 Em verdade digo a você: nós testemunhamos aquilo que presenciamos, mas vocês, mestres intérpretes da lei, as tem rejeitado. 12 Não acreditam quando são advertidos a respeito das coisas próprias deste mundo físico, como acreditarão se explicar as coisas próprias do reino de Deus, situado no plano espiritual? (JOÃO 3:1-12) É evidente que Jesus, quando chamou o apóstolo Mateus, um publicano coletor de tributos, o fez quando este estava ainda desenvolvendo as suas funções públicas, na coletoria. 27 Depois disto, Jesus dirigiu-se a região próxima ao mar e viu sentado, numa coletoria, um cobrador de tributo conhecido como Levi (Mateus), o publicano, e o chamou para o ministério da Palavra de Deus dizendo-lhe: Segue-me! 28 Imediatamente ele levantou-se e deixando tudo, o seguiu. (LUCAS 5:27-28) Esses fatos confirmam na prática o que Jesus afirmava, não ser enviado pelos justos, pois, estes não precisam arrepender-se para alcançar o reino de Deus no plano espiritual superior, por não serem pecadores, que traz a maldição como consequência. Ele veio para ensinar os pecadores conscientes, que se sentiam condenados e sem perspectivas de perdão, sendo inclusive execrados pelos sacerdotes fariseus que, por acusações, o faziam sentir-se pior e mais afastados de Deus. O evangelizador não acusa, mas mostra o caminho do arrependimento que leva a libertação das maldições e devolve ao pecador, o sentido da vida em comunhão com Deus. Quem somente acusa perdeu o sal que dá o sabor a vida em abundância e será cobrado por isso. Não há possibilidade de alguém servir a dois senhores (Mateus 6:24; Lucas 16:13): ou você serve a Deus, como irmão que restabelece a fé do próximo (Ezequiel 33:7; Ezequiel 10:17; Atos 20:28), ou serve ao maligno, como acusador (Apocalipse 12:10-12) do irmão que errou. 17 Filho do homem, você foi escolhido para ser guardião da casa de Israel. Você transmitirá a eles as palavras conforme as ouvir da minha boca. (EZEQUIEL 10:17) Os sacerdotes da época usavam o perdão como mercadoria de barganha, tornando-se “comercializadores do perdão”, sendo este concedido conforme o tamanho da oferta. Quanto maior a oferta, maior era o perdão e a devoção, e mais amado e maior atenção tinha por parte dos sacerdotes. 13 Inicialmente, necessário é compreender o significado da mensagem do Pai anunciado pelos profetas: prefiro que a bondade seja bem mais exercida que as ofertas! Portanto, não vim para proclamar o arrependimento aos justos, porém, aos pecadores. (MATEUS 9:13) Podemos presenciar isso nos versos onde Jesus narra a história da pobre viúva e a sua oferta de duas pequenas moedas de cobre, ignorada pelos fariseus. 1 Jesus observou quando os ricos depositavam suas ofertas nos cofres de coleta do templo. Observou ainda uma pobre viúva colocar duas pequenas moedas de cobre. E disse aos discípulos: em verdade afirmo a vocês que esta pobre viúva depositou mais do que todos os outros ofertantes, pois, esses ofertantes doaram daquilo que lhes sobrava, e esta pobre viúva, do pouco que tinha, ofertou daquilo que servia para o seu sustento. (LUCAS 21:1-4) Muitos são os versos nesse sentido. Quanto a esses ricos ofertantes, advertia que não receberam o perdão, afirmando ser difícil um rico entrar no reino de Deus (Lucas 18:18-25), por acreditar que poderiam comprar o perdão com as riquezas que possuíam, ignorando o arrependimento divino instituído por Jeová e ensinado por nosso grande mestre Jesus. Em uma ilustração, ainda sob o tema, ensina os fariseus por meio de uma história sobre o Rico e o Lázaro (Lucas 16:19-31), no qual o Rico, amigo de sacerdotes, acreditando ter comprado com as riquezas vaga no reino de Deus no plano espiritual superior, acaba se vendo no hades, o plano espiritual inferior, onde há muito choro de amarguras e ranger de dentes pelas dores. Essas histórias contadas por Jesus, que simplificava o perdão com o arrependimento e ajudar os necessitados acima de qualquer outra oferta, representava uma afronta ao “marketing sacerdotal”, embasado na maximização da arrecadação: quanto maior a oferta, maior o perdão e a fé. Quando menor a oferta, menor o esforço para Deus e menor o perdão. 3 Quando ajudares alguém, faça discretamente, para que a tua mão esquerda não saiba as realizações da tua mão direita. Assim agindo, teu Pai, Jeová, que te observa secretamente, recompensar-te-á publicamente. (MATEUS 6:3) Os ricos ofertantes gostavam de ser reverenciados pelas suas generosas ofertas, anunciadas pelos sacerdotes, e isto era bom para os negócios de ambos: os sacerdotes mantinham os luxos por cauda das ofertas e os ofertantes aumentavam a clientela para seus negócios. Isso gerava um círculo vicioso, o qual Jesus tentou acabar, inclusive com o conhecido evento no templo. 13 Com a proximidade da Páscoa dos judeus, Jesus seguiu para Jerusalém, 14 encontrando na Casa de Deus comerciantes de animais usados tradicionalmente na purificação dos pecados, como bois, ovelhas e pombas. Viu ainda os cambistas assentados nas suas mesas de negociação. 15 Indignado com o cenário de desrespeito ao templo de Deus, após ter feito um chicote de cordas, expulsou do templo os comerciantes com os seus animais, bem como derrubou as mesas dos cambistas, espalhando, consequentemente, as suas moedas pelo chão. 16 E disse aos vendedores: saiam daqui com essas coisas! Não transformem a casa do meu Pai, destinada à oração, em casa de comércio! 17 Depois da sua morte na cruz, os discípulos lembraram-se desse fato ao encontrar nas escritas sagradas, os salmos do profeta: o zelo pela Tua casa me consumirá. (JOÃO 2:13-17) 9 Fui consumido pelo cuidado que tenho pela tua Casa, e sobre mim, recaíram as ofensas daqueles que te desrespeitam. (SALMOS 69:9) Os versos bíblicos revelam que Jesus conhecia o íntimo pensamento de Mateus, o publicano, e sabia que ele estava arrependido das condutas excessivas que praticava como coletor de impostos e buscava seguir as orientações que João Batista deu aos publicanos. Mateus estava entre os publicanos batizados nas águas do rio Jordão, visto que, conforme as escrituras narram, Mateus não hesitou em aceitar o convite de Jesus. (Leia MARCOS 2:13-14) Pelo fato de ter ocupado tal cargo público, era comum, mesmo após ter largado o cargo público, haver ainda quem, ao se referir a ele, o chamasse Mateus, o publicano coletor de tributos. Não podemos esquecer que o título de publicano não era exclusivo apenas aos coletores de tributo, como também as pessoas nomeadas pelos governantes para assumir funções públicas. (Leia LUCAS 6:13-16) É sempre bom também lembrar que o Apóstolo Mateus era conhecido como Levi, o filho de Alfeu, dependendo do evangelista que faz a narrativa do fato. Contudo, em ambas, Mateus ou Levi, é reconhecido como o publicano, coletor de tributos. Corroborando com o citado verso bíblico, verifica-se que o evangelista Lucas o considera como Mateus, quando relata a escolha dos (Leia JOÃO 15:16) Uma questão que devemos considerar é que estes 12 apóstolos foram escolhidos dentre setenta e dois discípulos, que acompanhavam o nosso Senhor Jesus. (Leia LUCAS 10:17-20) O evangelista Lucas relata que Jesus enviara 72 discípulos para levar a palavra de Deus as pessoas que moravam em regiões próximas, e foi dentre estes, conforme o destaque na evangelização, que escolhe doze para exercerem o ministério, na condição de apóstolos (Marcos 3:16-19; Lucas 6:13-16). (Leia MARCOS 3:16-19) Outros textos bíblicos, escritos por apóstolos ou discípulos têm narrativa que seguem o mesmo sentido, inclusive explicam que, com a escolha, Jesus deu-lhes autoridade para agir no seu santificado nome. (Leia MATEUS 10:1) Mateus foi chamado, primeiramente para compreender e buscar o arrependimento pelas transgressões cometidas e, instruído com o ensinamento de Jesus, acerca do caminho que conduz a Salvação, exercer o ministério da evangelização, transmitindo o conhecimento recebido a outras pessoas. Primeiro, na condição de discípulo, recebeu a instrução, e depois, nomeado apóstolo, passou a instruir com base no aprendizado. (Leia EZEQUIEL 33:7-9) Embasado nesse ensinamento bíblico, o apóstolo Paulo faz diversas orientações para quem recebeu o ministério da evangelização (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:6-9): 1) Comportamento exemplar e irrepreensível (não alcoólatra, não violento, não ambicioso, não avarento, não lascivo, não soberbo, não mentiroso...); 2) Boa reputação social (hospitaleiro, generoso, respeitoso, amigável, prudente, humilde, mediador, fiel, com autocontrole sobre os desejos carnais...); 3) Bom administrador do lar (fiel, cumpridor dos deveres conjugais, bom educador e agregador, amado pelos entes familiares); 4) Sábio e experiente na palavra de Deus; bem como produzir os frutos espirituais dignos de diligente ouvinte e praticante das orientações de Deus registradas nas escrituras sagradas (Gálatas 5:22-23). (Leia 1 TIMÓTEO 3:1-7) Não precisamos de muito para entender que, Jesus escolhera Mateus por considerar digno em entender que a humildade é fundamental para o exercício do ministério da palavra de Deus. Mateus era apontado pelos fariseus como pecador condenado, sem direito a perdão, visto que se consideravam os únicos que poderiam conceder o perdão na terra. (Leia 1 CORÍNTIOS 9:19-23) O misticismo doutrinado pelos líderes sacerdotais começa a cair entre o povo, quando Jesus, por meio do perdão, livrava das maldições os aflitos por quaisquer enfermidades, como a citada mulher que padecia de contínuo sangramento por doze anos (Marcos 5:25-34), ou o homem com a mão atrofiada (Lucas 6:6-11), ou ainda o paralítico. (Leia MATEUS 9:6-8) Quando Jesus se aproximou de Mateus, e inclusive comeu com ele e outros publicanos, os fariseus, que os consideravam pecadores condenados, tentaram persuadir os discípulos do nosso Senhor Jesus, a não seguí-lo, afirmando ser impossível alguém, que se apresenta enviado de Deus, andar, comer e beber na companhia de pecadores. (Leia MATEUS 9:10-12) É evidente que a escolha dos doze apóstolos não se deu de forma aleatória e sem critérios, sendo Mateus, o publicano, escolhido por buscar o arrependimento, inicialmente pelo batismo nas águas, mesmo já estando condenado pelos líderes sacerdotais, cujo pecado praticado estava associado ao fato de ser coletor de impostos e não comprar o perdão com ofertas regulares. (Leia MATEUS 22:14) Mateus sabia na prática, como era ser ignorado pelos sacerdotes, viver como condenado e desprezado pela sociedade israelita, com convivência restrita a familiares e pessoas que não discriminavam os publicanos. (Leia MARCOS 2:17) Jesus nos mostra que, para iniciar o ministério, é importante primeiro aprender, para depois ensinar com humildade. Os escolhidos pecadores passaram por todo tipo de humilhação, e com isso, pela experiência vivida, não ousariam fazer o mesmo com quem se apresentasse pedindo perdão. Foi necessário que passassem por toda essa exposição pública para compreender o sentimento de um servo arrependido. (leia MATEUS 25:14-28) Esses pecadores arrependidos não usariam da mesma arrogância dos sacerdotes, que lhe ocasionaram amarguras. Jesus sabia que os escolhidos seriam diligentes em aprender e compartilhar o aprendizado, usando de brandura e humildade em ensinar. Jesus contou essa história para contextualizar aquilo que presenciava, onde aqueles que se consideravam mestres na interpretação da lei de Deus ou líderes religiosos, não queriam compartilhar as escritas, para não perder a exclusividade e continuarem o monopólio quando a interpretação das escrituras bíblicas. Entenda a história ilustrativa dos talentos (Mateus 25:14-28), compreendendo ser você o servo de Deus que recebeu o dom espiritual (1 Coríntios 12:4-11) para ministrar a palavra de Deus e compreender as escrituras bíblicas. Se Senhor Deus te deu um dom espiritual (talento), não seja imprudente e esconda do mundo por medo, mas utilize-o para edificar a fé das pessoas próximas a você, pois quando tiver se se apresentar diante de Deus, apresente as obras da fé a Deus. Muitos baterão a porta para entrar (Mateus 25:1-13; Mateus 7:21-23; Lucas 13:23-28), quando no tormento das trevas chegar, como a narrada pelo Rico no hades (Lucas 16:19-31). Atualmente essa exclusividade não existe mais, e as bíblias popularizaram-se sendo distribuídas com diversas narrativas, as quais conservam a essência da palavra de Deus. Já percebeste que quando nos reunimos para conversar sobre os versos bíblicos, e compartilhamos o conhecimento, aprendemos muito mais? (leia 2 TIMÓTEO 3:16-17) Acontece que, para aprender, conforme os ensinamentos existentes na bíblia, é necessário que exerçamos primeiro o ler, depois o refletir para entender e por fim o exercer, que inclui o ensinar. (Leia DANIEL 4:27) É evidente que Mateus consegue ser efetivo em repassar, com brandura e humildade, os ensinamentos adquiridos, por meio do evangelho que escreveu, por viver as situações, ter compreendidos os acontecimentos vivenciados e testemunhado por meio de registros, que hoje estão devidamente encartadas na bíblia, como sendo o primeiro dos evangelhos existentes. (Leia SALMOS 51:13) Não há a necessidade de vivermos toda a maldição compreender, apenas precisamos ler, ouvir, compreender, e exercer, compartilhando o conhecimento adquirido. Aquele que busca corrigir os outros sem antes corrigir os próprios erros, equipara-se aos fariseus, que apedrejavam os pecadores com o fim de mostrar-se puros e combatente de pecados, mas ocultavam os próprios pecados, como os acusadores, que se reuniram em volta de Maria Madalena com o fim de apedrejá-la. (Leia JOÃO 8:3-11) É evidente que essas condutas não são aprovadas por Jesus, o Cristo de Deus, que clama aos justiceiros que Deus prefere mais a misericórdia que as ofertas (Mateus 9:13). Ora, quem estava ali para executar o apedrejamento havia aprendido que maior é a oferta que qualquer coisa, sendo inclusive apregoado que a oferta estaria acima do dever de amparar os pais na velhice (Mateus 15:5-9). Ora, esses ensinamentos de Jesus ocasionavam prejuízos aos bolsos dos sacerdotes, que passavam a combatê-lo por meio de notícias mentirosas, no qual o colocava como Belzebu, o príncipe de demônios (Mateus 12:22-24; Lucas 11:14-16), como insurgente “Rei dos Judeus”, que se tornou o principal motivo da sua morte (Mateus 27:37; Marcos 15:26; Lucas 23:38; João 19:19-22). Jesus buscava fazer com que os apóstolos entendessem serem pessoas escolhidas para exercer a misericórdia acima de tudo e jamais adotassem a postura de julgadores. É Jeová quem julgará os pecadores conforme as condutas executadas. (Leia EZEQUIEL 18:30-32) Essa posição vem sendo ensinada desde os tempos de Adão e Eva, onde é cristalino que Jeová, quando os chamou, oportunizou momento para mostrassem arrependimentos e não para se acusarem, como se apontar o erro do próximo serviria como perdão. (Leia GÊNESIS 3:12-13) Deus não quer que nos justifiquemos apontando para o erro dos outros, como vimos na oração do orgulhoso fariseu, que se exaltava apontando para os erros do publicano pecador (Lucas 18:9-14). Da mesma forma, não receberá o perdão, quem acusa/apedreja o próximo nas redes sociais, pelo erro cometidos. Jesus convocou apóstolos e os enviou para levar a palavra de Deus aos necessitados e não os acusar ou condená-los. O apóstolo Paulo entendeu a essência do ministério, e nas suas epístolas adverte os leitores para pararem de encobrir os próprios erros e seguir a retidão. (Leia 1 CORÍNTIOS 15:34) Não há nada que permaneça oculto aos olhos de Jeová (Provérbio 21:2; Romanos 8:27; 1 Crônicas 28:9). Lembre-se que somos porção do espírito de Deus, e ele conhece os nossos pensamentos (Lucas 8:16-17; Jeremias 17:10). (Leia ROMANOS 8:27) Não podemos nos transformar em acusadores deste mundo, mas orientador daqueles que ainda se encontram perdidos e sentados nas trevas do conhecimento da palavra da salvação. (Leia APOCALIPSE 12:10-12) Assim como enviou os 72 discípulos para anunciar a chegada do reino de Deus aos que a desconheciam, é nossa responsabilidade ir até aqueles que ainda não conheceram a verdade a respeito da Palavra de Deus e tentar, de forma branda e humilde, ajudá-los, mesmo que sejamos bem recebidos. Lembrem-se de, ao sair da presença do agressor, não guardar a menor poeira de ressentimento da memória e perseverar apenas nos bons sentimentos (Mateus 10:14; Lucas 10:1-11). Não carreguem com vocês qualquer sentimento de amargura que a situação ocasionou e siga ajudando, visto que, se estes irmãos que te apedrejaram no passado se arrependerem e te procurarem para ouvir a palavra de Deus, sem as mágoas e qualquer ressentimento no coração, o ajude. (Leia MATEUS 10:14) Mateus era apóstolo, mas isso não o livrou de ser perseguido pelos fariseus e os seus líderes sacerdotais, rotulado de “publicano cobrador de impostos”. Isto, não importunava Mateus, pois, sabia quem era e o que queria ser e seguir. *Disponibilizado em outras plataformas conteúdo completo sem limitador de número de palavras

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