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Aquila Nera e o Palhaço do Crime

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Julietta Salvatore é uma espiã, que trabalha para uma organização chamada Irmandade e atende pelo codinome de Aquila Nera. A vida de Julietta muda, quando ela recebe o serviço de ajudar a Cicala, uma das máfias mais antigas de Roma, a investigar o assassinato de três dos seus integrantes, que morreram de forma brutal e misteriosa em menos de 24 horas.

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A nova missão.
Há 23 anos, Julietta Salvatore recebeu de seus pais o seu nome. E além disso, recebeu deles a força e garra para se tornar uma pessoa maravilhosamente espetacular. Por mais que eles quisessem uma vida digna para a filha, Juli, para os íntimos, acabou seguindo os passos deles, se tornando uma espiã e assassina de aluguel, considerada por muitos, a melhor de sua geração.  Certo, ela nunca vai admitir, mas no fundo ela gosta do que faz. É, tudo na vida dela foi cuidadosamente planejado pela sua família e pelo seu padrasto, o atual líder da organização secreta chamada Irmandade. Ele herdou o cargo do pai dele, que havia herdado do pai dele e era assim a mais de 50 anos, remetendo até o fundador da Irmandade. Ou seja, por lógica, um dia seria a vez de Julietta, era ela a única herdeira. Mas Julietta não se preocupava com esse assunto. Seu padrasto estava com a saúde em dia, e ficaria por muito tempo ainda no comando da organização. Para Julietta, o legal de sua vida eram as coisas que ela não tinha planejado. Mas eu sei, você quer saber da Irmandade, pois bem... A Irmandade é uma organização, que desde a época de Benito Mussolini*, tem a função de investigar e neutralizar qualquer possível ameaça a Roma e aos seus mafiosos ou a qualquer um que precise de ajuda e pague bem.  E acreditem, pessoas assim realmente não conseguem se proteger.  Isso tudo claro, sem que a polícia ou governo italiano saiba. O que os olhos não veem, o coração não sente. Para que tudo flua em segurança, a Irmandade mantém agentes infiltrados nessas instituições.  Bom, voltando a nossa garota. O dia de Julietta começou cedo, literalmente. Ela sempre acaba recebendo mais missões que os outros agentes. Julietta era a melhor entre os agentes e todos sabiam disso e sempre a queriam nas missões.  Naquela noite, ou seria… naquele dia, ela havia chegado em seu apartamento, localizado perto do Coliseu, apenas algumas horas antes do Sol nascer, depois de uma longa noite seguindo os passos de um traficante químico, que estava planejando distribuir um novo tipo de droga na cidade. Não que Julietta concordasse com aquilo, tudo tinha que ter um limite. Mas Roma tinha suas normas, ainda mais quando se tratava de narcóticos. Os únicos autorizados pela Irmandade a fazer isso são a Cicala (Cigarra), uma das mais antigas máfias de Roma. A Irmandade e a Cicala possuíam um acordo: Um não interferiria nos negócios do outro e ambos se ajudariam no que fosse necessário. Julietta passou boa parte do dia dormindo. Ela precisava descansar, seu trabalho estava consumindo demais de seu corpo e seu espírito. Quando acordou, já passava da hora do almoço, Julietta aproveitou o sol alto e enviou o relatório de sua investigação ao seu chefe, recebendo em troca a resposta que estava torcendo para não receber: concluir o serviço. Sim, aquilo só significava uma coisa. Bom, coisa simples para a mais temida no submundo, a Aquila Nera ou Águia n***a. - Merda! – Ela disse suspirando fundo e obrigando-se a levantar da cama. Ainda sonolenta, Julietta foi para seu closet, tirou seu pijama e vestiu sua roupa de trabalho: macacão longo, com proteção nos braços e nas pernas, botas, um colete a prova de balas, sobretudo e luvas. É claro, tudo preto. Por fim, uma máscara em tecido, com a estampa de uma caveira em cinza para esconder sua verdadeira identidade. Julietta ainda pegou da primeira gaveta da cômoda do seu quarto uma Glock 9mm com munição e silenciador.  - Isso serve. – Murmurou enquanto colocava a arma no coldre de sua perna direita e saía porta a fora.  Dentro do elevador, ela viu pelo GPS em seu celular onde seu alvo da vez estava e o sinal aponta para uma lanchonete perto da Igreja de Santa Maria del Popolo*. - Merda! Um lugar público? – Ela reclama guardando o celular no bolso do casaco. – Vou precisar de um plano. Enquanto pensava no que fazer, a jovem chegou na garagem e seguiu até seu jeep preto, entrando e dando a partida, saindo da garagem e indo para a rua. O jeep não era blindado, mas Julietta adorava ele. Era uma relíquia de sua família.                                                                              * Julietta não demorou a chegar no local marcado, parando o carro do outro lado da rua. Ela viu pelo vidro da janela do seu carro, o "patinho" sentado em uma mesa perto da porta. Perfetto, será fácil, ela pensou, sacando sua arma. Julietta abaixou alguns centímetros a janela do jeep até ter uma mira limpa. Bang. O vidro da janela da lanchonete se estilhaçou em mil pedacinhos e o homem caiu no chão. Julietta levou o vidro do carro e tirou o dali, parando algumas esquinas adiante Ela tirou a máscara e pegou o celular, voltando à lanchonete a pé. Julietta passou pelas pessoas aflitas que estavam no lugar, desesperadas com a cena e tirou uma foto de prova, saindo rapidamente antes que alguém a visse.  Caminhando de volta pelo beco escuro, ela enviou a foto para seu colega de trabalho Enzo, o responsável por verificar se as missões foram cumpridas.  Em alguns segundos, ele a respondeu: "Bello trabalho, Aquila Nera. Nosso cliente agradece. O pagamento estará na sua conta até de manhã. - E." Julietta o respondeu antes de entrar no jeep: "Grazie. Qualquer coisa, só chamar. - A." Ela guardou o celular novamente no casaco e entrou no carro, o ligando e retornando para a rodovia. Estava anoitecendo e as ruas começaram a ficar ainda mais movimentadas. Pouco tempo depois, seu celular tocou e ela atendeu diretamente pressionando um botão no painel do carro.:  - Aquila Nera. – Ela falou sem tirar os olhos da rua. - Sou eu, Lorenzo. – O homem responde do outro lado da linha. Lorenzo era os olhos e ouvidos de Julietta quando ela não estava na base da Irmandade. Além de seu secretário particular. - Mudança de planos. Marcaram uma reunião com você, às pressas aqui na base às 19h. Pelo que escutei na rádio corredor, alguma merda séria aconteceu.  - Mas... quem marcou? – Julietta pergunta desconfiada, fazendo seu cérebro imaginar várias hipóteses possíveis.  - Foi o Mr. Salvatore. - Lorenzo murmurou baixinho. Julietta apenas soltou um suspiro cansado. Aquela seria uma longa noite.  - Va bene. Estou indo aí. – Julietta respondeu desligando a chamada. - Eu tenho um mau pressentimento sobre isso.                                                                           * Em pouco tempo, Julietta passou pela ponte Sant’Angelo*, sobre o Rio Tibre* e seguiu até a lateral direita do Castelo Sant’Angelo*. A base da Irmandade era localizada no subterrâneo do castelo, um emaranhado de túneis construídos ainda na idade média e que ligavam a várias regiões da cidade, facilitando o deslocamento e a descrição dos agentes.  Julietta parou o jeep na frente do portão e o segurança abriu o portão no mesmo momento em que reconheceu o carro dela. Ela entrou pelo túnel, descendo ao subterrâneo e seguindo até o estacionamento. Lá, Julietta tirou sua roupa de Aquila Nera, deixando-a no banco de trás do carro e colocou seu paletó preto e a gravata cinza. Todos os agentes da Irmandade andavam com o mesmo uniforme e claro, eles gostavam de uma boa aparência. Ela manteve consigo a pistola e então, saiu do estacionamento, seguindo pelo túnel à esquerda até a sala de Salvatore.                                                                            * Sem bater na porta, Julietta entrou na sala como sempre fazia, sem cerimônias e acabou tendo uma surpresa: Salvatore estava acompanhado por um homem loiro, alto, de boa aparência. Com olhos verdes claros e vestindo um terno cinza claro. - Buonasera. -  Ela falou para eles – Scusa mi pela demora. - Aquila Nera. Só estávamos aguardando. – Salvatore falou a ela, abrindo um sorriso, sentando na cadeira atrás de sua mesa de carvalho escuro. Salvatore era sem dúvidas um típico homem italiano. Tinha mais de 60 anos, ar de aristocrata. Possuía os cabelos grisalhos, penteados para trás e sempre vestia belos ternos de grifes famosas. – Acho que já conhece o Mr. Romeu Aquino, filho de Don Aquino. – Ele falou, enquanto apresentava com a mão o outro homem. Cicala? Pensa Julietta consigo mesma.  - Buonasera. - Romeu falou com calma, com sua voz rouca, enquanto levantava e esticava a mão direita para cumprimentar Julietta.  - Sì, já estou familiarizada com o nome. – Julietta responde séria, enquanto apertava a mão de Romeu. Eles se encaram por um tempo. Atraídos um pelo outro, mesmo ainda sem saber.  - Buono... sentem-se, per favore. - Salvatore murmurou para eles. Romeu voltou a sentar na poltrona marrom perto da estante de livros. - Non, grazie. – Julietta responde, recusando a oferta. Ela já estava sentindo o clima tenso que estava no ar, e queria sair dali o mais rápido o possível. - Qual é a missão?  Salvatore suspira um pouco e lhe entrega alguns arquivos. - Bom... o Mr. Romeu nos procurou essa tarde porque aconteceu uma série de assassinatos de vários integrantes de sua máfia. – Salvatore explicou a ela, lhe entregando os atuais relatórios.   - Quantos até agora? – A jovem perguntou enquanto folheava os papéis em suas mãos.  - Três em menos de 24 horas. – Romeu respondeu a sua pergunta. Ela olhou para ele, o analisando. Depois voltou sua atenção novamente para os papéis, pensando que era um número bem significativo. Mas guardou essa informação para si. - Algum suspeito? - Por enquanto só foi encontrado essa carta de baralho no local de um dos crimes. - Salvatore explicou, enquanto lhe passava a pista que estava dentro de um saco plástico. Era a carta do coringa. - Coringa. – Julietta disse examinando a carta contra a luz fraca da sala.   - Estão brincando com nós! – Romeu exclamou com raiva, batendo o pulso esquerdo no braço da poltrona. Julietta apenas o ignorou, voltando-se a Salvatore, deixando a carta e os relatórios sobre a mesa.  - Quais são as ordens?  - Você e sua equipe farão a segurança de Romeu e o ajudarão a descobrir quem está fazendo isso. Terão o auxílio da Irmandade. Lorenzo está lhe esperando para entregar o equipamento. – Salvatore respondeu, levantando da cadeira e indo até ela. Romeu também se levantou e aproximou-se dos outros dois. Ah, perfetto. Virei babá agora? A que ponto cheguei... Julietta pensou consigo, deixando escapar um suspiro ainda mais cansado. - Sì signore. – Ela acabou respondendo, concordando, sem ter muito o que fazer. - Como você está? – Salvatore perguntou a ela preocupado, colocando a mão direita no ombro da jovem.  - Na medida do possível. – Julietta murmurou, dando um leve sorriso - E você? - Cansado. – Disse ele dando uma risadinha tímida. - Sinto sua falta. - Eu também... mas procure trabalhar menos e descansar mais, pai. Cuide um pouco mais de sua saúde, Francesco. – Ela fala o advertindo, dando um leve sorriso.  - Claro, claro. – Salvatore murmurou por fim, dando um abraço nela. - Cuide-se.  Ela concorda com a cabeça, se afastando dele e abre a porta da sala saindo para o corredor, com Romeu logo atrás dela. Os dois seguem para a sala de Julietta. É, a noite ia ser realmente longa.                                                                         * *Nota: Benito Mussolini foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista de 1922 a 1943.  A Igreja de Santa Maria del Popolo ou Basílica de Santa Maria do Povo está localizada no lado norte da Piazza del Popolo (praça do povo), é uma das mais famosas de Roma.  O Rio Tibre é um dos principais rios da Itália. Ele passa por várias regiões como a Toscana e o Lácio (onde fica a cidade de Roma) e deságua no mar.  A Ponte de Sant'Angelo fica sobre o Rio Tibre e dá acesso ao Castelo Sant'Angelo.  O Castelo Sant'Angelo é atualmente um museu.                                                             

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