bc

Liliana - Quando me encontrei

book_age16+
236
FOLLOW
1K
READ
love-triangle
independent
drama
sweet
bxg
female lead
city
office/work place
lies
self discover
like
intro-logo
Blurb

Uma moça esforçada, forte, com objetivos muito bem traçados. Perde seus pais muito cedo e não está totalmente só por contar com a companhia de Roberta, sua melhor amiga.

Parece não ter sorte para o amor também.

Conseguir emprego naquela empresa tão conhecida é o melhor que ela pode ter no momento. Recém formada e sem experiência, ali seria uma escalada para sua carreira. Lili só não espera conhecer um chefe tão atraente, que lhe atrai tanto e a deixa desconcertada ao mesmo tempo. Parece que enfim ela conseguirá ser a mais feliz das mulheres...

Mas não contava em ver suas esperanças de um casamento maravilhoso, destroçadas logo após a cerimônia. Escândalo e revelações mudarão tudo...

Lili terá que usar toda sua força interior para reorganizar a vida e seus sentimentos, para finalmente conseguir realizar seus sonhos.

Até onde a resiliência é capaz de fazer uma ponte para a tão desejada felicidade?

chap-preview
Free preview
Um
Lili… 1 Eu tinha vinte e seis anos... Recém formada e com medo de não chegar a lugar nenhum na vida. No cenário em que vivia, e de origem pobre, as coisas eram sempre muito difíceis. Foram seis longos anos sonhando e planejando chegar finalmente a algo. Entrava em vários tipos de trabalho para que pudesse custear meus estudos e ajudar em casa no tempo que mamãe ainda era viva. Eu não me dava ao luxo de escolher. Não importava se recebesse menos que o merecido, o importante era chegar ao meu objetivo, ter uma formação acadêmica, uma profissão. Ter alguma segurança na vida. Abri mão de muitos gastos que julgava desnecessários, meus próprios momentos de lazer, e se quer me atrevia a entrar em um relacionamento amoroso com alguém, pois isso com certeza se tornaria uma distração. O conto de fadas não era uma opção. Afinal, um milionário não viria me resgatar da pobreza ou um príncipe para me amar e cuidar até o fim, como eu costumava ler desde mocinha nos mais variados romances. Desde criança, sempre fui muito aplicada nos estudos. Estava sempre entre as melhores notas, salvo um tempo na adolescência, em que as relações em casa eram as piores e tudo que eu queria era estar o mais longe possível de tudo aquilo. Aquele tempo ditou muita coisa, mostrando quão dura a vida pode ser para algumas pessoas. Enfim, consegui vencer uma etapa. Me formei em Administração e estava indo fazer uma entrevista para o cargo de auxiliar administrativo na empresa Móveis do Sul. Não era o que eu realmente queria, mas precisava começar e essa foi a oportunidade que tive depois de seis meses sem uma resposta às candidaturas anteriores. Naquela tarde, tentei ficar o mais confiante possível, mesmo querendo roer as unhas de tanto nervosismo. - Será que essa roupa caiu bem? Esses sapatos apertam tanto! Para a entrevista decidi usar uma calça preta de alfaiataria, blusa de alcinha, bege, e por cima um blazer preto que ganhei de uma das minhas melhores amigas, Roberta. A bolsa rosè, combinando com os scarpins na mesma tonalidade. Era a primeira vez que eu usava aquele tipo de sapato, na verdade, seria minha primeira entrevista para um cargo de tanta importância. Eu não queria que nada desse errado, inclusive na aparência. Cheguei com vinte minutos de antecedência. Eu estava acostumada a comparecer a seleções onde havia pelo menos uma turma de candidatos para as vagas ofertadas. Quando vi uma sala de espera vazia, fiquei surpresa. Me apresentei na a uma moça muito bonita, mas sem nenhuma amabilidade, sentada em sua mesa, sem sequer olhar em meu rosto ela informou que logo o chefe me atenderia. Quando por fim pareceu dar pela minha presença me avaliou da cabeça aos pés e logo entrou para anunciar minha chegada. A mulher atravessou por porta que ficava de frente para a sala de espera. Tomei um tempo para observar o lugar. O ambiente era elegante apesar de não ser especificamente grande. O escritório tinha paredes em cor marfim e verde água , as cadeiras também em marfim e o chão de granito cinza, muito brilhante. Havia pouca decoração, mas tudo de muito bom gosto, alguns quadros e duas ou três miniaturas de móveis em madeira. Haviam quatro portas, cada uma com sua descrição, três de vidro fantasia e uma em madeira envernizada, esta última parecia muito grossa, de forma a isolar o espaço interior do resto do mundo. De lá saiu novamente a recepcionista. - Você já pode entrar. Disse sem nenhuma simpatia. Levantei meio sem jeito e entrei na sala, acreditei que fosse cair assim como aconteceu com a Anastasia Steele em Cinquenta Tons de Cinza, pois escorreguei bem na entrada. Ufa! Ao menos ele não viu. Entrei fechando a porta atrás de mim, bem pesada, como pude comprovar. Por dentro, a sala seguia com o mesmo padrão de decoração, exceto que tinha janelas com vista panorâmica para o mar da Baía de Guanabara. Também tinha um toque diferente, mais masculino. Eu podia sentir um perfume amadeirado no ar. Ele estava encostado na em sua própria mesa me esperando. Vestindo uma camisa cor creme com um tailleur masculino cinza e calça brim escura que estava justa na medida certa para suas pernas bem feitas, por último uns sapatos mocassins bege. Nossos olhares se cruzaram, não sem que eu sentisse algo diferente em seus olhos. Porém quando ele falou, em seu tom não havia nada além de simpatia. - Bom dia. Liliana? Me cumprimentou com um sorriso que fez parte de mim esquecer que ele seria meu provável futuro chefe. Fiquei parada por uma fração de segundos olhando aquela covinha na bochecha esquerda e os olhos que sorriam junto. Como se não bastasse, ainda tinha uma barba escura muito bem aparada e o par de olhos castanhos acobreados que fazia seu rosto harmonioso e muito másculo ao mesmo tempo. - Bom dia. Sim. Fiquei ainda mais nervosa. Minhas mãos suavam muito. Já era difícil estar em uma entrevista tão importante que bem poderia dar início a minha carreira profissional. Mas aquele homem tão charmoso e másculo piorava meu estado de inquietação. - Pode sentar, por favor. Ele deu a volta para seu lugar atrás da mesa de vidro e apontou a cadeira à sua frente. Analisou meu currículo, perguntando coisas a respeito, tirando dúvidas e sempre que podia, olhava diretamente em meus olhos fazendo com que eu sentisse minhas faces pegando fogo. Em um momento parou analisando meu rosto e voltou a olhar o papel. Enfim perguntou: - Por que decidiu pela Administração? - Como? Desculpe, não entendi o sentido da pergunta. Notei em seus olhos, um leve interesse, que não era de todo profissional. - Vi sua foto no currículo. Não me leve a m*l, você é muito bonita, poderia muito bem ter escolhido uma carreira artística ou visual. Aqui vai ficar em uma sala, fechada grande parte do tempo. Comecei a sentir um certo desconforto. Fui demitida por duas vezes após receber e recusar propostas nada gentis de meus antigos chefes, homens casados que desejavam me ter como sua “namorada”. - Nem todas as mulheres bonitas desejam a exposição. Gosto de organizar coisas, contribuir para o crescimento e a continuação de algo. De números também e processos. - Pausei tentando me tranquilizar. - Eu não conseguiria falar duas palavras em público sem gaguejar. Respondi. Ele sorriu. Um sorriso de dentes brancos certinhos em lábios tão bem desenhados, o tom leve de vermelho. Aquele sorriso me deixou sem ação mais de uma vez. Eu já não tinha mais tanta certeza quanto a querer realmente aquela vaga. Algo gritava perigo dentro de mim. - E por qual motivo escolheu minha empresa? Ele era o dono!! Uma empresa de porte nacional e fui entrevistada por ninguém mais que o dono! - Na verdade, tenho procurado emprego desde que me formei e fazem já seis meses. Quando recebi a chamada para comparecer a essa entrevista, foi a oportunidade que vi de iniciar minha carreira. Recebi um daqueles olhares sem expressão que todo entrevistador usa. Foi quando consegui me sentir mais à vontade. O homem me contou a história da empresa. Ele havia se formado como contador, mas com o tempo foi se apaixonando pela profissão do seu avô já falecido que era marceneiro e começou sua fabricação de móveis com apenas uma peça. Sem que eu percebesse, já tinha passado uma hora de relógio. Quando por fim acabou a entrevista ele apertou minha mão e me olhou novamente com uma pontada de algo que não consegui identificar. Ainda assim, provocou em mim um misto de calor e frio, ao mesmo tempo. Além de sentir uma leve pontada no estômago. Em nossa despedida, veio aquela conversa que faria novamente a análise do currículo, disse também que seria ótimo se eu não fosse recém formada, mas de todas as formas avaliaria com atenção. *** - E então. Roberta perguntou ansiosa, quando cheguei em nosso apartamento compartilhado naquele dia. Ela sempre estava na torcida por mim. Quando a conheci, eu trabalhava como supervisora em uma rede de fast food. No início não a suportava e o sentimento era recíproco, porém quando mudamos para o mesmo turno, foi impossível guardarmos a inimizade por muito tempo. Ela era louquinha, tinha uma personalidade decidida, muito forte e doce ao mesmo tempo. Amava festas e tinha um coração que parecia se entregar a várias paixões e a nenhuma ao mesmo tempo. Beta vivia me recriminando por não sair para “aproveitar a vida”. - Você é muito nova Lili! Vai ficar maluca de tanto estudar. - Assim como você? Perguntava a ela sorrindo. Em minha formatura, ela compareceu toda orgulhosa como se fosse a irmã que não tive. E foi como um alento depois da morte de minha mãe naquele mesmo ano. - Nada. Disse que era uma pena eu ser recém formada, mas que vai analisar meu currículo com cuidado. Eu respondi, com uma boa dose de cansaço, fora o desânimo. - Calma Lili, você acabou de fazer a entrevista, ele deu algum prazo? -Não. - Mesmo assim, espera um pouquinho, breve a resposta vem. Além do mais você não desiste fácil de nada. - Não tenho outra opção, não é? Falei dando de ombros. - Você vai à festa de noivado amanhã? Ela me perguntou. - Ah vou sim… Ver meu ex namorado muito contente, noivando com outra depois de dizer que não servia para mim, que eu era muito melhor que ele? E mais, não queria me fazer sofrer? Engraçado como ele achou que eu ficaria muito feliz em ser convidada! Respondi com ironia, acompanhada de uma careta, fazendo Beta rir como se tivesse ouvido a melhor das piadas. - Ele deve estar querendo se desculpar com você. Além do mais, não quero ir só. Tenho aquele vestido lindo que comprei e graças ao trabalho que me consome, ainda não tive o gosto de usar. Beta trabalhava como supervisora em uma empresa de call center. - Sei… Seu único interesse é usar o vestido. Não quer ver ninguém em especial? Ela me deu um sorriso maroto e depois fez o maior ar inocente. Meu ex namorado se chamava Eduardo e o seu amigo Léo. Um rapaz alto de pele clara, cabelos pretos enrolados, uma certa cara de bobo, mas sempre muito legal comigo, era louco pela minha amiga. E claro que ela se fazia de difícil! Beta era do tipo atraente, pele morena bronzeada, olhos verdes que chamavam atenção com relação ao seu tom de pele, nariz um pouco arredondado mas pequeno, boca carnuda em um rosto oval e cabelos ondulados negros. Com um corpo exato em medidas bem distribuídas em seus um metro e setenta, era bonita mas não com exagero, sempre a olhavam uma segunda vez. Além de ser muito carismática. - Ah Beta, não quero ir. Não sinto mais nada por ele, mas achar que vou me sentir no melhor dos lugares é demais! - Vamos Lili, Edu ainda acha que você não esqueceu tudo. Mostra que você superou e vai bem linda para ele ver o que perdeu. - Depois daquela atitude infantil eu tinha realmente que esquecer? Lembrando a história já passada, percebi minha tendência a fazer escolhas que me levaram a experimentar algumas experiências amargas. Conheci meu ex dois anos antes quando ainda estava na faculdade. Havia começado a trabalhar em uma loja de roupas de grife e em pouco tempo fui promovida para o cargo de gerente. Numa tarde, Lídia, a dona do lugar, pediu que eu fosse a sua casa buscar uma encomenda, pois por engano de correspondência as peças haviam chegado em seu endereço residencial. Conversei com as atendentes e solicitei que a mais antiga ficasse responsável pelas outras. Informei que não iria demorar. Lídia era muito cordial comigo, mantinha um tratamento afetuoso, às vezes dava a impressão que eu era sua funcionária preferida. Quando cheguei a sua casa recebi um beijinho na face e fui apresentada a seu filho, que ficou encarregado de me levar até a loja com as peças extraviadas. O rapaz era Eduardo. Desde esse dia ele começou a aparecer duas a três vezes por semana na loja, quando antes nem dava sinal de interesse pelo negócio da mãe. Fazia de tudo para conversar comigo, me chamava para sair, levava pequenos mimos e depois de tanto insistir, começamos a namorar. Eduardo era muito divertido mas passava uma imagem de irresponsabilidade que por um tempo não enxerguei. Ficávamos às vezes uma semana completa dormindo juntos, e ele se dizia apaixonado por mim. Infelizmente eu não era a mulher ideal para o filhinho da mamãe. Lídia passou a me tratar com frieza. No trabalho exigia metas acima da capacidade de vendas do mês, prejudicando o desempenho da equipe. Assim, os funcionários passaram a me tratar de forma tolerável, por saberem que eu era sua superior, mas o clima começou a ficar desagradável. Como sua possível nora, não queria de forma alguma me receber em casa Ou nos víamos na casa da minha mãe, ou no apê onde nessa época eu morava só. Quando percebeu que não terminaríamos o namoro, Lídia me chamou em seu escritório e anunciou que eu estava sendo demitida sem nenhum motivo aparente. Eduardo para minha decepção, ficou ao seu lado, segundo ele, talvez eu tivesse feito algo que a desagradou. Ainda assim, continuei o relacionamento, mas passado um ano ele começou a mudar, entramos numa rotina fria e distante. Ele passava pouco mais de dois dias por semana comigo, vivia em farras e viagens com seus amigos e quando eu tentava falar em seu celular não tinha sucesso. Algumas vezes me contentava, afinal eu precisava estudar, mas comecei a me sentir cada vez mais solitária. Naquela mesma época perdi minha mãe, vítima de um acidente de carro. Um rapaz imprudente ultrapassou o sinal vermelho em alta velocidade enquanto ela atravessava a rua. Depois de resgatada, mamãe ficou uma semana em coma até que seus órgãos pararam de funcionar. Parte de mim parecia ter morrido também, meu porto seguro era Beta e deveria ter encontrado apoio nele, mas foi alguém com quem não pude contar. Estávamos cada vez mais distantes até que um dia fui novamente à loja de Lídia. Desejava encontrar uma amiga que trabalhava lá, mas assim que cheguei, vi uma moça conversando de forma alegre e bastante íntima com ninguém menos que Edu. Estavam muito imersos na conversa. Quando já achava muito toda aquela i********e, ele acariciou um dos s***s da mulher por cima da roupa e a beijou com boa dose de empolgação, considerando que aquele era o local de trabalho dela. Não tive ação para nada, além de dar meia volta e sair, sem conseguir tirar aquela cena da mente. Enfim, quando uma semana depois nos encontramos em meu apartamento questionei o motivo de sua mudança. Em resposta ouvi que de nós dois eu era a melhor e merecia mais, disse que seria um péssimo marido e caso eu desejasse, me deixaria livre. Contei o que havia visto e ele agiu como se não tivesse ouvido nada, tomou banho, vestiu seu pijama e dormiu. No dia seguinte, de noite, quando voltei da aula, ele já não estava, assim como nenhuma de suas coisas. Agora, seis meses depois eu deveria saltar de alegria em receber o convite? - Não amore, ouvi dizer que ele vai casar com a escolhida da mamãezinha, mas nunca te esqueceu. Vamos Lili, por favor... Ela implorou. - Pelo menos você vai poder ver o desgosto na cara daquela cobra disfarçada que era sua sogra. - Às vezes tenho medo de você, sabe? Ela sorriu e já foi me arrastando para escolher as roupas. - Ok, ok, vamos... No casamento tudo estava muito bonito, inclusive a noiva que avistei logo ao chegar. Incrivelmente ela combinava com Eduardo, até seus nomes eram parecidos. Após uns cinco minutos tive que ficar de frente com o frouxo do noivo e sua amada mãe. E para minha surpresa a mulher me tratou como uma princesa! Ainda melhor do que antes de namorar seu filho. Roberta, mui amiga, me deixou para acompanhar Léo, então na primeira oportunidade Eduardo se aproximou . - Lili, eu queria me desculpar pela minha atitude. Me arrependo tanto de termos terminado. - Desculpe mas não terminamos. Você me traía e depois não teve a coragem de terminar, achou mais cômodo sair da minha vida como um covarde. Ainda se achou no direito de me convidar para sua festa de noivado. - Respondi da forma mais branda e racional possível. - E além do mais você irá se casar, deve estar muito feliz. - Não Lili, não estou feliz. Não quero me casar com Edna. Amo você, sei que agi errado, mas se você me aceitar de novo, quando esse jantar acabar, vou conversar com ela. Nesse momento senti pena da moça, considerando o tipo de homem com quem em breve ela estaria casada.. - Como é? Sua mãe fez da minha vida um inferno! E também não tem mais a possibilidade de acontecer nada entre nós. Você sumiu no pior momento da minha vida, Eduardo! - Vou falar com minha mãe e ela vai ter que aceitar, ela não pode mais me dizer o que fazer. Sou um homem adulto. - O tempo de fazer isso já passou. Espero que seja feliz e a moça também. Antes que ele pudesse falar algo, saí para procurar minha amiga. Agora depois de tudo passado, percebo que eu não o amava. A convivência era boa e havia uma i********e muito estimulante, mas nunca fiz um esforço real para me apaixonar, era bom ser paparicada por Eduardo, ter alguém para encontrar no fim de um dia cansativo. Mas quando eu o via ser governado por sua mãe, parte do carinho que eu tinha por ele diminuía. Muitas vezes me sentia cansada em ter que suportar aquilo. Prezava tanto minha independência que não conseguia entender aquela prisão enfeitada na qual Lídia mantinha seu filho. Enfim, foi melhor ter terminado mesmo e a forma como aconteceu só me mostrou como seria caso tivéssemos permanecido juntos. Naquela noite não exigi explicação, deixou de importar, simplesmente agradeci por ser Edna e não eu sua futura esposa. Depois da sexta que foi o dia da entrevista, veio o aborrecido noivado, passou a primeira semana e a segunda. Quando já tinha perdido as esperanças, recebi a ligação de Mirian, a secretária antipática da Móveis do Sul, agora muito mais doce do que eu esperava. Pediu que comparecesse novamente ao escritório na segunda-feira seguinte para uma nova conversa com o chefe. Dessa vez eu deveria levar os documentos necessários para a contratação e me preparar para permanecer todo o dia. Contei o acontecido a Beta que esbanjava felicidade, como se ela mesma fosse iniciar em um novo emprego. - Eu disse que você é muito competente Lili. Só você duvida disso! Me dizia sorrindo, enquanto arrumava a roupa que usaria sábado pela tarde para ir com Léo à casa que ele pretendia comprar. - Acho que essa sua alegria tem mais a ver com o encontro de amanhã do que com minha possível contratação. Falei em rom de suspeita. - Nada disso. Respondeu a sonsa. - Não é um encontro. Só vou porque ele precisa da opinião de uma amiga. Beta se justificou, encolhendo os ombros. - Sei. Uma amiga... Passei aquele final de semana em casa. Beta voltou calada de sua saída com Léo, coisa que não acontecia muito. Mesmo que eu insistisse em perguntar o que havia acontecido, ela negava, dizendo que não tinha acontecido nada. Para minha surpresa, negou uma o convite do rapaz para uma festa no dia seguinte. Decidi então que iríamos passar os dois dias juntas, tomando sorvete e assistindo a filmes de comédia para passar o tempo. Aproveitei parte da tarde de domingo para pesquisar algo mais sobre a empresa e conhecer tudo o que pudesse sobre a Móveis do Sul. Encontrei a foto do dono associada a conta. Como pode ser tão jovem e já tão bem sucedido? Por curiosidade procurei sobre o homem em si e não do empresário dono de talvez a maior cadeia de móveis do país. Por que não “investigar” um pouquinho? Precisamos conhecer as pessoas para quem trabalhamos. Pura decepção! Não havia nada sobre sua vida, algo que indicasse a presença da família, menos ainda de uma esposa ou filhos.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

INESPERADO AMOR DO CEO

read
37.1K
bc

Atraída por eles.

read
60.4K
bc

Atração Perigosa

read
8.7K
bc

Chega de silêncio

read
2.4K
bc

O NOVO COMANDO HERDEIROS DO ALEMÃO ( MORRO)

read
14.3K
bc

Querido TIO.

read
9.9K
bc

O plano falhou: O Retorno da Filha Abandonada

read
8.9K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook