Capítulo 06
1240 자
Raphael
Receber a visita da Beatriz foi uma surpresa, eu não estava querendo vê-la por tão cedo, mas parece que o amigo destino está fazendo de tudo para nos encontrarmos com frequência. Claro que não só o destino, mas uma pequena arteira com seu jeito sapeca que me encanta todas as vezes que a vejo.
Não sei o que acontece comigo quando estou perto dela, mas parece que não consigo me controlar e acabo tendo que ser um pouco mais grosso com ela.
Não fiquei muito tempo ao seu lado, já peguei a Luna e a levei para conhecer o caminhão, mas meus pensamentos não saia daqueles olhos verdes, aquele corpo escultural e aquela boca rosada.
Mostro tudo a Luna e quando volto vejo a Dani conversando com a Beatriz, me aproximo e fico vendo a interação das duas para minha surpresa as duas já se conheciam.
Mais uma novidade da mulher que está mexendo com meus pensamentos desde o dia do incêndio, saber que ela é viúva e cria a Luna sozinha, foi uma surpresa para eu aí eu vejo o quanto ela é uma mulher forte e decidida e entendo a sua luta para sair do prédio protegendo a sua filha.
Ela se despede e sai e eu fico com a Dani.
__ Você não está tentando juntar a Beatriz com o James ou o Ryan, está ?
A ideia de um dos meus irmãos tocando em um só fio de cabelo da Beatriz estava me deixando furioso.
__E por que não? Ela é meiga e inteligente, não acha? E pelo o estou vendo você não está interessado nela, então porque não posso apresentar aos nossos irmãos.
Não respondi a essa pergunta, pois não deixaria que minha irmã soubesse que eu achava a Beatriz a coisa mais linda do mundo e que eu não consigo me controlar ao seu lado.
__ Eles vão engoli-la e depois cuspi-la, você parece que não conhece os irmãos que tem.
__ Ela perdeu um marido e cria uma filha sozinha. E parece estar se recuperando muito bem depois de perder tudo naquele incêndio. Acho que só essas duas coisas já provam o quanto ela é forte. Quem sabe? Talvez ela seja o furo na armadura do James ou do Ryan, ou quem sabe do Diego também.
Nem pensar. Não quando ela já tinha penetrado a minha pele. Eu não a queria impregnada na pele de meus irmãos também.
__Sei o que está fazendo, Dani.
__ A Bia é uma amiga da faculdade. Gosto muito dela. Quero vê-la mais vezes e convida-la a ir a festa da nossa família.
__ Então, convidá-la para a festa não tem nada a ver comigo?
__ Você é quem me diz, Rafa. Tem alguma coisa a ver com você? Pelo o que vi você foi bem distante com ela.
Já mudo de assunto, não quero a Dani me fazendo um interrogatório agora.
__Obrigado pelo café da manhã. Tenho que voltar ao trabalho.
Antes que pudesse virar e me afastar da Dani, de quem eu normalmente gostava muito, peguei-a sorrindo. E sabia exatamente o que ela estava pensando.
Dani achou que eu estava começando a ficar loucamente apaixonado pela Beatriz e sua linda filhinha. Estava enganada. Ou não? Será que eu estava me apaixonando por ela e não queria admitir.
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Sábado a noite
Beatriz
Hoje era o dia da festa da mãe da Dani e depois de um dia cheio de tarefas voltamos para casa para nos arrumamos e ir, mas ao chegar no prédio fui estacionar o carro na garagem subterrânea quando senti o carro bater em alguma coisa. O zunido do ar foi alto o bastante para conseguirmos ouvi-lo, mesmo com as janelas fechadas. Sabendo que a oficina já estaria fechada a uma hora dessa, tive que dizer a Luna que não poderíamos dirigir os sessenta quilômetros até a casa da mãe da Dani.
Eu nunca fiquei tão feliz com um pneu furado em toda minha vida.
Foi triste falar com a Luna que não íamos a decepção dela por perder a festa de Natal da mãe da Dani, mas, bem, fazer o quê? Era assim que as coisas aconteciam na vida.
Apesar da Luna ser elétrica, ela normalmente era compreensiva com coisas desse tipo, mas fiquei surpresa quando a Luna teve um ataque por não poder ir à festa.
__ Será só um monte de adultos nessa festa minha filha.- Eu não entendia qual era o problema. Ou melhor, eu não queria entender. — Não entendo o que há de tão importante com essa festa.
__ Você sabe exatamente o que há de tão importante nessa festa.
Ela fala e sai pisando duro em direção ao quarto e bate a porta com toda a força.
__ A essa hora já deveríamos estar lá, mas você nos atrasou com suas tarefas estúpidas, que nem precisávamos fazer esta noite!
Tive que respirar fundo muitas vezes para me manter calma.
Não funcionou. Não quando eu tinha passado o dia todo com os nervos à flor da pele pensando em como ir à festa e ver o Raphael de novo.
__Não ouse bater a porta na minha cara, mocinha! É melhor você abrir agora mesmo.
Alguns segundos depois, a porta abriu um pouquinho. Eu estava prestes a escancará-la e exigir desculpas, mas parei bem a tempo, estávamos fazendo uma tempestade em copo d'água. Em algumas horas, tudo voltaria ao normal e estariamos enroscadas embaixo do cobertor no sofá vendo um filme.
Voltei para a cozinha e peguei o telefone para avisar a Dani que não conseguiria ir à festa, que, àquela hora, deveria estar no auge. Achei que deixaria apenas um recado na caixa postal, mas fiquei surpresa quando ela atendeu ao telefone.
__ Bia, você e a Luna estão com problemas para achar a casa?
__ Na verdade, não conseguiremos ir.
__Ah, não. Por que não? Nenhuma de vocês duas ficou gripada, não é?
__Não, estamos em perfeito estado de saúde. Meu carro é que não está muito bem. Estou com um pneu furado e não conseguirei arrumá-lo até segunda-feira.
__Posso ligar de volta daqui a pouco?
Concordei e desligo o telefone. Enquanto esperava tocar de novo, tive um mau pressentimento, um pressentimento que tentava convencer a mim mesma ser ridículo.
Dois minutos depois o telefone toca novamente.
__ Ótimas notícias! Rafa ainda não saiu e adoraria passar aí para pegá-las.
__É muita gentileza dele, mas não gostaria de fazê-lo vir até aqui. Estamos tristes por perder a festa, mas...
__ Ele mora bem perto de vocês. Não tem problema nenhum. Posso passar o seu endereço para ele?
Não! Pensei na hora, mas não poderia fazer isso com a minha amiga.
__Tudo bem.Obrigada, Dani. A Luna vai ficar muito feliz em saber que vamos a festa.
Desligo o telefone e vou falar com a Luna.
__Boas notícias, Luna! Parece que, depois de tudo, vamos mesmo à festa.
Minha pequena soltou um gritou de felicidade e correu para a cozinha para cortar em pedacinhos o doce de chocolate que havia feito para a festa ela estava radiante. Agora eu, estava a confusão em pessoa, encontrar o Raphael novamente sera que eu vou conseguir disfarçar a tensão que fica em todo meu corpo quando ele se aproxima, quando escuto sua voz, seria tão bom se minha bela menina desistisse de ir a festa, assim eu evitaria ver o homem que anda deixando minha mente e meu coração confuso.
- 작가
