simbaUpdated at Mar 23, 2021, 18:42
Depois de minha primeira viagem, eu tinha decidido passar o resto de meus anos tranqüilamente em Bagdá, mas um dia comecei a me aborrecer com aquela vida monótona e de novo tive vontade de navegar. Comprei mercadorias para vender ou trocar e parti com outros mercadores. Embarcamos num bom navio, pedimos a proteção de Deus e soltamos as velas.
Fomos de ilha em ilha, fazendo negócios muito vantajosos. Um dia paramos numa pequena ilha. Enquanto meus companheiros colhiam flores e frutas, sentei-me perto de um riacho, tomei a minha refeição e depois adormeci. Quando acordei, vi que nosso navio tinha partido, deixando-me sozinho naquele lugar desconhecido! Achei que ia morrer de dor e desespero, arrependendo-me amargamente de não ter me contentado com minha primeira viagem. Finalmente, aceitei, conformado, a vontade de Deus e subi numa grande árvore para ver se avistava alguma coisa que pudesse me trazer esperança de salvação.
Lançando a vista ao mar, meus olhos só viram água e céu. Mas de repente enxerguei uma coisa branca em terra e decidi ir até ela. Desci da árvore e caminhei em direção àquilo. Ao chegar a certa distância, pude observar que se tratava de um globo cuja altura e diâmetro eram espantosos. Procurei uma abertura para poder entrar ali, mas não havia nenhuma. Pensei em subir naquele globo, mas era liso demais.
O sol já ia se pondo no horizonte, quando de repente escureceu de uma vez, como se uma nuvem gigantesca cobrisse sua luz. Fiquei mais espantado ainda quando descobri a causa daquela escuridão repentina: um pássaro enorme, que voava na minha direção! Lembrei que os marinheiros costumavam falar de uma ave assim, chamada rukh. Então compreendi que o globo branco era o ovo daquele pássaro.
Eu estava num vale cercado de montanhas muito