Capítulo 2

1319 Words
Então Leda segue seu caminho normalmente. Estava com pressa, tinha que chegar logo até o salão de recrutamento. Já haviam 10 chamadas perdidas de Malka no seu celular. Andou o mais rápido que pôde até que chegou. — você está 15 minutos atrasada! Qual vai ser a sua desculpa? — perguntou Malka, com um olhar feroz vidrado em Leda. — perdão pelo atraso.— diz apenas isso no tom calmo que sempre fala e senta numa cadeira ao lado de Karl. Não há tantas meninas querendo entrar para o Grêmio pois já sabem o quão difícil é, então neste momento diante da mesa de Malka há apenas 12 meninas almejando uma vaga. — Meninas eu irei no banheiro rapidinho, por favor não façam merda até eu voltar— disse Malka e logo após se retirou. Karl sabe que a decisão de quem será o novo m****o deve ser feita em conjunto, mas mesmo assim aproveitou a ausência de Malka e sentou-se em sua cadeira tentando tomar as rédeas da situação. — Ei! Você não pode sentar aí, é o lugar da Malka— disse Sean num tom alto e firme. — enquanto ela não voltar do banheiro eu sou a líder aqui, afinal eu sou a vice presidente. — Então qual vai ser seu critério para avaliar essas essas meninas? —perguntou Leda, enquanto brincava com um lápis em seus dedos. — Observe!— ficou em pé— Todas as meninas com pelo menos uma nota inferior a 9 no boletim podem sair!— gritou para todas ouvirem. Restaram apenas duas meninas Yelena e Kethura. Então restou apenas vocês duas—Apesar de Karl já conhecer Kethura, a muito tempo não se falavam, então tratou ela com indiferença assim como estava tratando Yelena que acabara de conhecer.— deixa eu avaliar as notas de vocês duas pra ver quem tem mais "10" em matérias.—após uma pequena análise, observou que as notas de Yelena eram melhores.—pode se retirar Kethura você perdeu pra Yelena por um "9" a mais, ou eu poderia dizer um "10" a menos. Kethura se retira deixando soltar alguns baixos escarnios para Yelena, estava nítido em seu rosto a raiva que estava sentindo. — "Yê" posso lhe chamar assim?— perguntou Karl — prefiro que me chame pelo meu nome, odeio apelidos. — Ah então você fica bravinha se eu te chamar de "Yê"? Mas eu gostei, decidi que vou lhe chamar a partir de hoje. Karl falou brincando, não achou que Yelena fosse ficar irritada, afinal de contas "Yê" é apenas uma abreviação de Yelena. — Você está debochando da minha cara? Você acha que só porque você faz parte do Grêmio você pode me tratar assim? O olhar das duas se choca e de repente uma aura sinistra paira no ambiente. Karl não aceitaria que uma novata que nem faz parte do Grêmio se demonstrasse intolerante a ela que é a vice presidente. — Quer saber... Não vamos aceitar você no Grêmio, pois não tem espaço pra gente paranóica como você, que não sabe lidar com uma brincadeirinha. Pode vazar daqui!— seu rosto branco vermelha-se de raiva. — Você não deveria decidir isso!— chega Malka de repente. — bem... eu já eliminei todas que estavam aqui, só restou ela, usei o mais justo critério, o critério das notas— levantou da cadeira da presidente e move-se para a sua. Malka se sente confrontada por Karl pois ela não obedeceu sua ordem de ficar quieta e tomou controle da situação. sua mão vai direto na cara de Karl dando-lhe um tapa— eu não dei ordem para selecionar os candidatos, porquê fez isso?— sua raiva está nítida. — Eu só queria ajudar... Quem você acha que é pra me dar um tapa?— Karl também levanta sua mão para dar o troco com a mesma moeda, mas de repente se lembra da presença de Yelena, parecer uma vítima agora é melhor do que confrontar a presidente, caso a diretora saiba do ocorrido ela estaria em vantagem por não revidar. Yelena está paralisada ao ver tudo àquilo. A vontade que tinha de entrar para o Grêmio já havia passado, queria sair de lá o mais rápido possível. O Grêmio era bem diferente do que haviam lhe contado, todas as meninas aparentavam ser egocêntricas. — Então Yelena, suas notas são boas e você parece ser uma pessoa... bem... uma pessoa correta, mas o processo de escolher um novo m****o é bem demorado, a gente tem que analisar bastante. Você me entende né?— disse Malka para Yelena. Yelena apenas acenou com a cabeça em sinal de concordância, a cena que ocorreu anteriormente a deixou sem palavras. — Então você está liberada— continuou Malka—qualquer coisa a gente te avisa. Yelena saiu do auditório mas o clima continuava tenso por lá. Karl então resolve soltar algumas bruscas palavras: – Nunca mais faça isso! ouviu Malka!? Nunca mais!– seu olhar cheio de fúria vai se soltando aos poucos, de repente ela levanta de sua cadeira e sai andando em direção a saída. –Onde você vai?–perguntou Malka. – Eu tenho treino de Vôlei agora, por acaso tenho que pedir permissão para você!?— Karl grita de longe. Malka não ousa falar mais nada já que não pretende deixar Karl ainda mais nervosa. —Com licença... eu também preciso ir — Leda fala num tom lento e vulnerável— a gente se ver mais tarde na sala de aula.—Leda saiu apressadamente. Então resta apenas Malka e Sean naquele ambiente grande e silencioso. —Você não acha que pegou pesado demais dando um tapa na Karl? E se isso chegar nos ouvidos da diretora?— diz Sean após chegar um pouco mais perto de Malka. —Eu realmente não me importo, e... ela não vai falar, ela prefere resolver as coisas sozinha eu sei bem como ela é— ela olha fixo para Sean e se inclina um pouco em sua direção— Você deveria estar mais preocupada com você, como a gente vai fazer para você virar a próxima presidente quando eu sair do colégio? Sean morde seus lábios e começa a ficar pensativa. Ter o apoio da presidente já é um grande passo pra ela se tornar a próxima. Porém Karl que é a vice presidente, então suas chances diminuem, já que geralmente o as vice presidentes quem assumem após o ano letivo da presidente acabar. E assim como Karl, Malka já foi uma vice presidente. Ao Olhar o rosto de Sean pensativo Malka solta uma leve risada— não precisa pensar muito deixa que eu faço isso por você, eu arranjo um jeito...relaxa! Sean continua em silêncio quando a mão de Malka passa pela sua testa. — Você é tão bon...bobinha— quase que a frase não sai de sua boca, aproveita a chance e dá um peteleco na testa de Sean. —Aiiii, porquê fez isso?— Sean passa a mão em sua testa para tentar aliviar a dor. Malka não se segura e ri novamente— Você tem a testa bem dura também, você acha que meu dedo não doeu?. De repente se ouve um celular tocando, é o celular de Malka, o nome do contato que está ligando está salvo como "amor". — É só meu namorado. Nossa ele tá me ligando de novo! é a segunda vez hoje, mais tarde eu atendo ele— desliga o celular e começa a organizar alguns papéis que estão na mesa. — você não tinha me dito que começou a namorar. Desde quando?— continua imóvel e com o olhar fixo em Malka. — já faz um tempinho...— olha para Sean novamente e logo desvia o olhar— Bem... já organizei tudo aqui, vamos?— tenta se desviar um pouco do assunto. Sean acena positivamente com a cabeça e as duas saem daquela sala.
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